sexta-feira, 4 de maio de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 05 de Maio de 2012
Sábado da 4ª semana da Páscoa

Santo Ângelo, presbítero, mártir, +1220,  S. Vicente Ferrer, presbítero, +1419



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado João Paulo II : «Quem Me vê, vê o Pai»

Leituras

Actos 13,44-52.


No  segundo sábado em que Paulo e Barnabé estiveram em Antioquia da Pisídia, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.
A presença da multidão encheu os judeus de inveja, e responderam com blasfémias ao que Paulo dizia.
Então, desassombradamente, Paulo e Barnabé afirmaram: «Era primeiramente a vós que a palavra de Deus devia ser anunciada. Visto que a repelis e vós próprios vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os pagãos,
pois assim nos ordenou o Senhor: Estabeleci-te como luz dos povos, para levares a salvação até aos confins da Terra.»
Ao ouvirem isto, os pagãos encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor; e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé.
Assim, a palavra do Senhor divulgava-se por toda aquela região.
Mas os judeus incitaram as senhoras devotas mais distintas e os de maior categoria da cidade, desencadeando uma perseguição contra Paulo e Barnabé, e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos pés, foram para Icónio.
Quanto aos discípulos, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.


Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.


Cantai ao Senhor um cântico novo,  
porque Ele fez maravilhas!  
A sua mão direita e o seu santo braço  
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos  olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.








João 14,7-14.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se ficastes a conhecer-me, conhecereis também o meu Pai. E já O conheceis, pois estais a vê-lO.»
Disse-lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta!»
Jesus disse-lhe: «Há tanto tempo que estou convosco, e não me ficaste a conhecer, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como é que me dizes, então, 'mostra-nos o Pai'?
Não crês que Eu estou no Pai e o Pai está em mim? As coisas que Eu vos digo não as manifesto por mim mesmo: é o Pai, que, estando em mim, realiza as suas obras.
Crede-me: Eu estou no Pai e o Pai está em mim; crede, ao menos, por causa dessas mesmas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o Pai,
e o que pedirdes em meu nome Eu o farei, de modo que, no Filho, se manifeste a glória do Pai.
Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu o farei.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado João Paulo II
Encíclica « Dives in Misericordia » § 2 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Quem Me vê, vê o Pai»

Em Cristo e por Cristo, Deus torna-Se particularmente visível na Sua
misericórdia; isto é, põe-se em evidência o atributo da divindade a que já
o Antigo Testamento, servindo-se de diversos conceitos e termos, tinha
chamado «misericórdia». Cristo confere um sentido definitivo a toda a
tradição do Antigo Testamento relativa à misericórdia divina. Não somente
fala dela e a explica recorrendo comparações e parábolas, mas sobretudo
encarna-a e personifica-a. Ele próprio é, em certo sentido, a misericórdia.
Para quem a vê n'Ele — e n'Ele a encontra —, Deus torna-se particularmente
«visível» como Pai «rico em misericórdia» (Ef 2,4).A mentalidade
contemporânea, talvez mais do que a do homem do passado, parece opor-se ao
Deus de misericórdia, e tende a separar da vida e a tirar do coração humano
a própria ideia da misericórdia. A palavra e o conceito de misericórdia
parecem causar mal-estar ao homem, o qual, graças ao enorme desenvolvimento
da ciência e da técnica, nunca antes verificado na história, se tornou
senhor da terra, a subjugou e a dominou. Tal domínio sobre a terra,
entendido por vezes de forma unilateral e superficial, parece não deixar
espaço para a misericórdia. [...] A situação do mundo contemporâneo não só
manifesta transformações que fazem esperar um futuro melhor do homem sobre
a terra, mas apresenta também múltiplas ameaças, que ultrapassam largamente
as conhecidas até agora. [...]A verdade revelada por Cristo a respeito de
Deus «Pai das misericórdias» (2 Cor 1,3) permite-nos vê-l'O particularmente
próximo do homem, sobretudo quando este sofre, quando é ameaçado no próprio
coração da sua existência e da sua dignidade. Por este motivo, na actual
situação da Igreja e do mundo, muitos homens e muitos ambientes, guiados
por um vivo sentido de fé, voltam-se quase espontaneamente, por assim
dizer, para a misericórdia de Deus. São certamente impelidos a fazê-lo pelo
próprio Cristo, o qual, mediante o seu Espírito, continua a operar no
íntimo dos corações humanos.




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