segunda-feira, 7 de maio de 2012

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 08 de Maio de 2012
Terça-feira da 5ª semana da Páscoa

Santo Acácio da Capadócia, centurião, mártir, +304 ,  Santa Madalena de Canossa, virgem, fundadora, +1835,  São Vítor, soldado africano, mártir, +303



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI] : «Eu vou, mas voltarei a vós»

Leituras

Actos 14,19-28.


Naqueles dias, apareceram, vindos de Antioquia e de Icónio, alguns judeus que aliciaram o povo, apedrejaram Paulo e, julgando-o morto, arrastaram-no para fora da cidade.
Mas, como os discípulos o tivessem rodeado, ele ergueu-se e voltou para a cidade. No dia seguinte, partiu para Derbe com Barnabé.
Depois de terem anunciado a Boa-Nova àquela cidade e de terem feito numerosos discípulos, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, Icónio e Antioquia.
Fortaleciam a alma dos discípulos, encorajavam-nos a manterem-se firmes na fé, porque, diziam eles: «Temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus.»
Depois de lhes terem constituído anciãos em cada igreja, pela imposição das mãos, e de terem feito orações acompanhadas de jejum, recomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham acreditado.
A seguir, atravessaram a Pisídia, chegaram à Panfília e,
depois de anunciarem a palavra em Perga, desceram a Atália.
De lá, foram de barco para Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para o trabalho que agora acabavam de realizar.
Assim que chegaram, reuniram a igreja e contaram tudo o que Deus fizera com eles, e como abrira aos pagãos a porta da fé.
E demoraram-se bastante tempo com os discípulos.


Salmos 145(144),10-11.12-13ab.21.


Graças Vos dêem Senhor, todas as criaturas
e  bendigam-Vos os vossos fiéis. 
Proclamem a glória do vosso reino  
e anunciem os vossos feitos gloriosos.    

Para mostrar aos homens as tuas proezas
e o esplendor glorioso do teu reino.  
O teu reino é um reino para toda a eternidade
e o teu domínio estende-se por todas as gerações.

Cante a minha boca os louvores do Senhor,
e todo o ser vivo bendiga o seu santo nome para sempre!






João 14,27-31a.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração nem se acobarde.
Ouvistes o que Eu vos disse: 'Eu vou, mas voltarei a vós.' Se me tivésseis amor, havíeis de alegrar-vos por Eu ir para o Pai, pois o Pai é mais do que Eu.
Digo-vo-lo agora, antes que aconteça, para crerdes quando isso acontecer.
Já não falarei muito convosco, pois está a chegar o dominador deste mundo; ele nada pode contra mim,
mas o mundo tem de saber que Eu amo o Pai e actuo como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]
Meditationen zur Karwoche, 1969

«Eu vou, mas voltarei a vós»

O evangelista João faz remontar ao momento da cruz os dois sacramentos [do
baptismo e da eucaristia]: vê-os jorrar do lado aberto do Senhor (19,34) e
aí descobre o cumprimento de certas palavras de Jesus no Seu discurso de
despedida: «Eu vou, mas voltarei a vós» (grego). «Partindo, venho; sim, a
Minha partida – a morte na cruz – é também a Minha vinda.»


Enquanto estamos vivos, o corpo não é apenas a ponte que nos liga uns aos
outros, é também a barreira que nos separa, que nos encerra no reduto
intransponível do nosso eu. [...] O Seu lado aberto torna-se o símbolo da
nova abertura que o Senhor adquiriu na morte. Desde então, a barreira do
Seu corpo desapareceu: o sangue e a água correm do Seu flanco, através da
história, numa imensa onda; enquanto Ressuscitado, Ele é o espaço aberto
que a todos nos convida.


O Seu regresso não é um acontecimento longínquo situado no fim dos tempos;
iniciou-se já à hora da Sua morte quando, ao partir, Ele veio de forma
completamente nova para o meio de nós. Assim, na morte do Senhor,
cumpriu-se o destino do grão de trigo: se o grão de trigo, lançado à terra,
não morrer, fica só; mas, se morrer, dará muito fruto (Jo 12, 24). Todos
nós vivemos ainda do fruto deste grão que morreu. No pão da eucaristia,
recebemos a inesgotável multiplicação dos pães do amor de Jesus Cristo,
rico o bastante para saciar a fome por todos os séculos.




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