segunda-feira, 14 de maio de 2012

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 15 de Maio de 2012
Terça-feira da 6ª semana da Páscoa

S. Manços, bispo lendário de Évora, mártir (séc. I),  S. Frei Gil de Santarém, presbítero, +1265,  Santa Joana de Lestonnac, viuva, religiosa, fundadora, +1640



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bernardo : «É melhor para vós que Eu vá»

Leituras

Actos 16,22-34.


Naqueles dias, a multidão dos habitantes de Filipos amotinou-se contra Paulo e Silas; e os estrategos, arrancando-lhes as vestes, mandaram-nos açoitar.
Depois de lhes terem dado muitas vergastadas, lançaram-nos na prisão, recomendando ao carcereiro que os tivesse sob atenta vigilância.
Ao receber tal ordem, este meteu-os no calabouço interior e prendeu-lhes os pés no cepo.
Cerca da meia-noite, Paulo e Silas, em oração, entoavam louvores a Deus, e os presos escutavam-nos.
De repente, sentiu-se um violento tremor de terra que abalou os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e as cadeias de todos se desprenderam.
Acordando em sobressalto, o carcereiro viu as portas da prisão abertas e puxou da espada para se matar, pensando que os presos se tinham evadido.
Paulo, então, bradou com voz forte: «Não faças nenhum mal a ti mesmo, porque nós estamos todos aqui.»
O carcereiro pediu luz, correu para dentro da masmorra e lançou-se a tremer, aos pés de Paulo e de Silas.
Depois, trouxe-os para fora e perguntou: «Senhores, que devo fazer para ser salvo?»
Eles responderam: «Acredita no Senhor Jesus e serás salvo tu e os teus.»
E anunciaram-lhe a palavra do Senhor, assim como aos que estavam na sua casa.
O carcereiro, tomando-os consigo, àquela hora da noite, lavou-lhes as feridas e imediatamente se baptizou, ele e todos os seus.
Depois, levando-os para cima, para a sua casa, pôs-lhes a mesa e entregou-se, com a família, à alegria de ter acreditado em Deus.


Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.7c-8.


Dou-Te graças, Senhor, de todo o coração,
porquer ouviste as palavras da minha boca.
Na presença dos anjos
hei-de cantar-Te e adorar-Te
voltado para o teu santo templo
Hei-de louvar o teu nome,
pela tua bondade e pela tua fidelidade,
porque foste mais além das tuas promessas.  
Quando te invoquei, atendeste-me
e aumentaste as forças da minha alma.

A vossa mão direita me salvará,
O Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos.







João 16,5-11.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Agora vou para aquele que me enviou, e ninguém de vós me pergunta: 'Para onde vais?'
Mas, por vos ter anunciado estas coisas, o vosso coração ficou cheio de tristeza.
Contudo, digo-vos a verdade: é melhor para vós que Eu vá, pois, se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas, se Eu for, Eu vo-lo enviarei.
E, quando Ele vier, dará ao mundo provas irrefutáveis de uma culpa, de uma inocência e de um julgamento:
de uma culpa, pois não creram em mim;
de uma inocência, pois Eu vou para o Pai, e já não me vereis;
de um julgamento, pois o dominador deste mundo ficou condenado.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja
3º sermão para o Pentecostes

«É melhor para vós que Eu vá»

O Espírito Santo estendeu sobre a Virgem Maria a Sua sombra (Lc 1,35) e, no
dia de Pentecostes, fortificou os apóstolos; a Ela, fê-lo para suavizar o
efeito da vinda da divindade ao seu corpo virginal e a eles, para os
revestir com a força do alto (cf. Lc 24,49), isto é, com a mais ardente
caridade. [...] Como teriam eles, na sua fraqueza, podido cumprir a sua
missão de triunfar sobre a morte sem «esse amor, mais forte que a morte», e
de não permitir que «as portas do abismo prevalecessem sobre eles» sem esse
amor mais inflexível que o abismo? (cf. Mt 16,18; Ct 8,6) Ora, ao ver esse
zelo, alguns julgavam-nos ébrios (cf. Act 2,13). Efectivamente, estavam
ébrios, mas de um vinho novo [...], aquele que a «verdadeira videira»
deixara derramar do alto do céu, aquele que «alegra o coração do homem»
(cf. Jo 15,1; Sl 103,15). [...] Era um vinho novo para os habitantes da
terra mas, no céu, encontrava-se em abundância [...], jorrava em golfadas
pelas ruas e pelas praças da cidade santa, por onde espalhava a alegria do
coração. [...]


Assim, havia no céu um vinho especial que a terra desconhecia. Mas a terra
tinha também qualquer coisa que lhe era própria e que era a sua glória — a
carne de Cristo — e os céus tinham uma grande sede da presença dessa carne.
Quem poderia impedir essa troca tão certa e tão rica em graça entre o céu e
a terra, entre os anjos e os apóstolos, de forma que a terra possuísse o
Espírito Santo e o céu a carne de Cristo? [...] «Se Eu não for, o Paráclito
não virá a vós», disse Jesus. Quer dizer, se não deixais partir aquilo que
amais, não obtereis o que desejais. «É melhor para vós que Eu vá» e que vos
transporte da terra ao céu, da carne ao espírito; pois o Pai é espírito, o
Filho é espírito e o Espírito Santo é também espírito. [...] E o Pai «é
espírito; por isso, os que O adoram devem adorá-Lo em espírito e verdade»
(Jo 4,23-24).




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