quinta-feira, 24 de maio de 2012

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 25 de Maio de 2012
Sexta-feira da 7ª semana da Páscoa

S. Beda, o Venerável, Doutor da Igreja, +735,  São Gregório VII, papa, +1085,  Santa Maria Madalena de Pazzi, virgem, +1607



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-Aventurado João Paulo II : «Apascenta as Minhas ovelhas»

Leituras

Actos 25,13b-21.


Alguns dias mais tarde, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram apresentar cumprimentos a Festo.
Como se demorassem vários dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: «Está aqui um homem que Félix deixou preso,
e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, pedindo a sua condenação.
Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de homem algum, antes de o acusado ter os acusadores na sua frente e dispor da possibilidade de se defender da acusação.
Vieram, pois, comigo e, sem mais demoras, sentei-me, no dia seguinte, no tribunal e mandei comparecer o homem.
Postos em frente dele, os acusadores não alegaram nenhum dos crimes que eu pudesse suspeitar;
só tinham com ele discussões acerca da sua religião e de um certo Jesus, que morreu e Paulo afirma estar vivo.
Quanto a mim, embaraçado perante um debate deste género, perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém, a fim de lá ser julgado sobre o assunto.
Mas Paulo apelou para que a sua causa fosse reservada à decisão de Augusto e eu ordenei que o mantivessem preso até o enviar a César.»


Salmos 103(102),1-2.11-12.19-20ab.


Bendiz, ó minha alma, o Senhor,    
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.    
Bendiz, ó minha alma, o Senhor,   
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.   

Como é grande a distância dos céus à terra,
assim são grandes os seus favores para os que o temem.  
Como o Oriente dista do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.

SENHOR estabeleceu nos céus o seu trono e o seu reino estende-se a tudo o que existe.
Bendizei o SENHOR, todos os seus anjos, poderosos mensageiros, que cumpris as suas ordens, sempre dóceis à sua palavra.


João 21,15-19.


Quando Jesus se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades, depois de terem comido, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta os meus cordeiros.»
Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?» Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.»
E perguntou-lhe, pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras meu amigo?» Pedro ficou triste por Jesus lhe ter perguntado, à terceira vez: 'Tu és deveras meu amigo?' Mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» E Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres.»
E disse isto para indicar o género de morte com que ele havia de dar glória a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: «Segue-me!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-Aventurado João Paulo II
Encíclica «Ut unum sint» §§ 90-93 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Apascenta as Minhas ovelhas»

O Bispo de Roma é o Bispo da Igreja que conserva o testemunho do martírio
de Pedro e de Paulo. [...] O Evangelho de Mateus traça e especifica a
missão pastoral de Pedro na Igreja. [...] «Também Eu te digo: Tu és Pedro,
e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja» (16,18). Lucas põe em
evidência que Cristo recomenda a Pedro que confirme os irmãos, mas ao mesmo
tempo dá-lhe a conhecer a sua fraqueza humana e a sua necessidade de
conversão (22,32). É como se, sobre o horizonte da fraqueza humana de
Pedro, se manifestasse plenamente que o seu particular ministério na Igreja
provém totalmente da graça. [...]


Logo a seguir à sua investidura, Pedro é repreendido com rara severidade
por Cristo, que lhe diz: «Tu és para Mim um estorvo» (Mt 16, 23). Como não
ver, na misericórdia de que Pedro tem necessidade, uma relação com o
ministério daquela misericórdia que ele foi o primeiro a experimentar?
[...] Também o Evangelho de João sublinha que Pedro recebe o encargo de
apascentar o rebanho com uma tríplice profissão de amor, que corresponde à
sua tríplice negação. [...] Quanto a Paulo, conclui a descrição do seu
ministério com a surpreendente afirmação que lhe foi concedido ouvir dos
lábios do Senhor: «Basta-te a Minha graça, porque é na fraqueza que a Minha
força se revela totalmente», podendo em seguida exclamar: «Quando me sinto
fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 9-10). [...]


Herdeiro da missão de Pedro [...], o Bispo de Roma exerce um ministério que
tem a sua origem na misericórdia multiforme de Deus, a qual converte os
corações e infunde a força da graça onde o discípulo sente o sabor amargo
da sua fraqueza e miséria. A autoridade própria deste ministério está posta
totalmente ao serviço do desígnio misericordioso de Deus e há-de ser vista
sempre nesta perspectiva. É nela que se explica o seu poder. Ligado como
está à tríplice profissão de amor de Pedro, que corresponde à tríplice
negação, o seu sucessor sabe que deve ser sinal de misericórdia. O seu
ministério é um ministério de misericórdia, nascido de um acto de
misericórdia de Cristo. Toda esta lição do Evangelho deve ser
constantemente relida, para que o exercício do ministério petrino nada
perca da sua autenticidade e transparência.




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