sábado, 2 de junho de 2012

Profecia do Dia

Domingo, dia 03 de Junho de 2012
SANTÍSSIMA TRINIDADE - solenidade - Ano B

Domingo da Santíssima Trindade (semana II do saltério)
Beato João XXIII, papa, +1963,  São Carlos Lwanga e companheiros, mártires do Uganda, +1885-87,  Santo Ovídio, bispo lendário de Braga, mártir, séc. I



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Basílio : «Concedei-nos que na profissão da verdadeira fé reconheçamos a glória da eterna Trindade»

Leituras

Deut. 4,32-34.39-40.


Moisé falou ao seu povo dizendo: «Na verdade, interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra. Pergunta se jamais houve, de uma extremidade à outra do céu, coisa tão extraordinária como esta, ou se jamais se ouviu coisa semelhante.
Sabes, porventura, de algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha continuado a viver?
Algum experimentou Deus a escolher para si um povo dentre outros povos, por meio de milagres, sinais e prodígios, combatendo com mão forte e braço estendido, com terríveis portentos, conforme tudo o que fez por vós o Senhor, vosso Deus, no Egipto, diante dos teus olhos?
Reconhece, agora, e medita no teu coração, que só o Senhor é Deus, tanto no alto do céu como em baixo, sobre a terra, e que não há outro.
Cumprirás, pois, as suas leis e os seus mandamentos, que eu hoje te prescrevo, para seres feliz, tu e os teus filhos depois de ti, e para que se prolongue a tua existência sobre a terra que o Senhor, teu Deus, te dará para sempre».


Salmos 33(32),4-5.6.9.18-19.20.22.


As palavras do Senhor são verdadeiras,
as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a rectidão e a justiça;
a terra está cheia da sua bondade.

A palavra do Senhor criou os céus,
e o sopro da sua boca, todos os astros.
Porque Ele disse e tudo foi feito,
Ele ordenou e tudo foi criado.

Os olhos do Senhor estão voltaos
      para os que O temem
para os que esperam na sua bondade
para libertyar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome.

A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor








Romanos 8,14-17.


Irmãos: De facto, todos os que se deixam guiar pelo Espírito, esses é que são filhos de Deus.
Vós não recebestes um Espírito que vos escravize e volte a encher-vos de medo; mas recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: Abbá, ó Pai!
Esse mesmo Espírito dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus.
Ora, se somos filhos de Deus, somos também herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, pressupondo que com Ele sofremos, para também com Ele sermos glorificados. A glória que nos espera


Mateus 28,16-20.


Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado.
Quando o viram, adoraram-no; alguns, no entanto, ainda duvidavam.
Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: «Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra.
Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Basílio (c. 330-379), monge e bispo de Cesareia na Capadócia, doutor da Igreja
Homilia sobre a fé, 1-3

«Concedei-nos que na profissão da verdadeira fé reconheçamos a glória da eterna Trindade»

A alma que ama a Deus nunca está saciada, embora falar de Deus seja tanto
mais audacioso quanto o nosso espírito se encontra muito longe de tão alta
tarefa; [...] e, quanto mais avançamos no conhecimento de Deus, tanto mais
sentimos a sua impotência. Assim foi com Abraão, assim com Moisés, que,
quando puderam ver a Deus, pelo menos do modo como tal visão é concedida
aos homens, tanto um como o outro se faziam o mais pequeno de todos: Abraão
considerava-se «cinza e pó» (Gn 18,27) e Moisés dizia de si próprio que
tinha «a boca e a língua pesadas» (Ex 4,10), comprovando a fraqueza das
suas palavras em traduzir a imensidão d'Aquele que a sua alma
experimentava, já que não falamos de Deus tal como Ele é, mas como somos
capazes de O alcançar.


Quanto a ti, se quiseres dizer ou escutar seja o que for de Deus, abandona
a tua corporalidade, repudia os teus sentidos [...], eleva a tua alma acima
de tudo o que foi criado e contempla a natureza divina: encontrá-la-ás
imutável, indivisa, a luz inacessível, a glória resplandecente, a bondade
almejada, a beleza inigualável que fere a alma sem que ela possa
explicá-La.


Assim encontrarás o Pai, o Filho e o Espírito Santo. [...] O Pai como
princípio de tudo, causa do ser de tudo quanto existe e raiz de todos os
seres vivos; d'Ele corre a Fonte da vida, a Sabedoria e o Poder (1Cor
1,24), a Imagem perfeita e fiel do Deus invisível (Heb 1,3): o Filho gerado
do Pai, o Verbo eterno que é Deus e voltado para Deus (Jo 1,1). Por este
nome de Filho temos a certeza de que Ele partilha a mesma natureza, uma vez
que não foi criado por uma ordem, mas brilha sem cessar a partir da Sua
substância, unido ao Pai desde toda a eternidade, igual a Ele em bondade,
igual em poder, compartilhando da Sua glória. [...] E quando a nossa
inteligência for purificada das paixões terrenas e puser de lado toda e
qualquer criatura sensível, qual peixe que emerge das profundezas até à
superfície entregue à pureza da sua criação, então contemplará o Espírito
Santo onde estão o Filho e o Pai. Este Espírito, sendo da mesma essência
segundo a Sua natureza, possui também todos os bens: a bondade, a rectidão,
a santidade e a vida. [...] E, tal como queimar é próprio do fogo e alumiar
da luz, também do Espírito Santo são próprias a bondade e a rectidão, e não
Lhe pode ser tirada a capacidade de santificar ou fazer viver.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org