sábado, 9 de junho de 2012

Profecia do Dia

Domingo, dia 10 de Junho de 2012
10º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Santo Anjo da Guarda de Portugal



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-Aventurado João Paulo II : O pecado contra o Espírito Santo

Leituras

Gén. 3,9-15.


Depois de Adão ter comido da árvore, o Senhor Deus chamou-o  e disse-lhe: «Onde estás?»
Ele respondeu: «Ouvi a tua voz no jardim e, cheio de medo, escondi-me porque estou nu.»
O Senhor Deus perguntou: «Quem te disse que estás nu? Comeste, porventura, da árvore da qual te proibi comer?»
O homem respondeu: «Foi a mulher que trouxeste para junto de mim que me ofereceu da árvore e eu comi.»
O Senhor Deus perguntou à mulher: «Por que fizeste isso?» A mulher respondeu: «A serpente enganou-me e eu comi.»
Então, o Senhor Deus disse à serpente: «Por teres feito isto, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre os animais selvagens. Rastejarás sobre o teu ventre, alimentar-te-ás de terra todos os dias da tua vida.
Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta esmagar-te-á a cabeça e tu tentarás mordê-la no calcanhar.»


Salmos 130(129),1-2.3-4ab.4c-6.7-8.


Do fundo do abismo clamo por ti, Senhor,
Senhor, ouve a minha prece.
Estejam teus ouvidos atentos
à voz da minha súplica.

Se tiveres em conta os nossos pecados,
Senhor, quem poderá resistir?  
Mas em ti encontramos o perdão;
por isso te fazes respeitar.  

Eu espero no Senhor!  
A minha alma confia na sua palavra.
A minha alma volta-se para o Senhor,
mais do que a sentinela para a aurora.

No Senhor está amisericórdia
e com Ele abundante a redenção.
Ele há-de livrar Israel
de todos os seus pecados.  










Marcos 3,20-35.


Naquele tempo, Jesus chegou a casa com os seus discípulos. E de novo a multidão acorreu, de tal maneira que nem podiam comer.
E quando os seus familiares ouviram isto, saíram a ter mão nele, pois diziam: «Está fora de si!»
E os doutores da Lei, que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.»
Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás?
Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar;
e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir.
Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim.
Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa.
Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado;
mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.»
Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.»
Nisto chegam sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, o mandam chamar.
A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.»
Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?»
E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão minha mãe e meus irmãos.
Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-Aventurado João Paulo II
Encíclica «Dominum et vivificantem», § 46

O pecado contra o Espírito Santo

Por que razão é a «blasfémia» contra o Espírito Santo imperdoável? Em que
sentido devemos entender esta «blasfémia»? São Tomás de Aquino responde que
se trata de um pecado «imperdoável pela sua própria natureza, porque exclui
aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados».
Segundo tal exegese, a «blasfémia» não consiste propriamente em ofender o
Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a
salvação que Deus oferece ao homem mediante o mesmo Espírito Santo, que age
em virtude do sacrifício da Cruz. Se o homem rejeita este deixar-se
«convencer quanto ao pecado», que provém do Espírito Santo e tem carácter
salvífico, rejeita contemporaneamente a «vinda» do Consolador: aquela
«vinda» que se efectuou no mistério da Páscoa, em união com o poder
redentor do Sangue de Cristo, o Sangue que «purifica a consciência das
obras mortas».


Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados. Por
conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas «obras
mortas», no pecado. E a «blasfémia contra o Espírito Santo» consiste
exactamente na recusa radical desta remissão de que Ele é o dispensador
íntimo, e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na
consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser
perdoado, nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está
ligada, como à sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical da
conversão.


A blasfémia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que
reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — em qualquer
pecado — e recusa por isso mesmo a Redenção. O homem fica fechado no
pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também,
consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou
não importante para a sua vida. É uma situação de ruína espiritual, porque
a blasfémia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em
que ele próprio se fechou.




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