domingo, 17 de junho de 2012

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 18 de Junho de 2012
Segunda-feira da 11ª semana do Tempo Comum

S. Gregório Barbarigo, bispo, +1697,  Beata Marina de Spoleto, virgem, mártir, séc. XIII,  Beata Osana, religiosa, +1505



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cipriano : «Eu porém digo-vos: Não oponhais resistência ao mau»

Leituras

1 Reis 21,1-16.


Naquele tempo, Nabot de Jezrael tinha uma vinha junto ao palácio de Acab, rei da Samaria.
Disse então Acab a Nabot. «Cede-me a tua vinha para que eu a transforme em horta, pois fica junto da minha casa. Dar-te-ei em troca uma vinha melhor; ou, se te convier, pagar-te-ei o seu valor em dinheiro.»
Nabot disse a Acab: «Pelo Senhor! Seria um sacrilégio ceder-te a herança de meus pais.»
Acab voltou para casa triste e irritado, pelo facto de Nabot lhe ter dito: «Não te darei a herança de meus pais». Deitou-se na cama, voltou o rosto para a parede e não quis mais comer.
Sua esposa veio ter com ele e perguntou-lhe: «Por que razão estás assim irritado e não queres comer?»
Ele respondeu: «Porque falei a Nabot de Jezrael, dizendo-lhe: 'Cede-me a tua vinha por dinheiro ou, se mais te convier, dar-te-ei por ela outra vinha', e ele respondeu-me: 'Não te darei a minha vinha'.
Então Jezabel, sua esposa, disse-lhe: «Não és tu o rei de Israel? Levanta-te, come, não te aflijas! Eu mesma te darei a vinha de Nabot de Jezrael.»
Escreveu cartas em nome de Acab, selando-as com o selo real, e enviou-as aos anciãos e aos magistrados da cidade, concidadãos de Nabot.
Nelas lhes dizia: «Proclamai um jejum e fazei sentar Nabot na primeira fila da assembleia.
Fazei vir à sua presença dois homens malvados que o acusem dizendo: 'Tu blasfemaste contra Deus e contra o rei!' Levai-o depois para fora da cidade e apedrejai-o até ele morrer».
Os homens da cidade, os anciãos e os magistrados, concidadãos de Nabot, fizeram o que lhes mandara Jezabel, conforme o conteúdo da carta que ela lhes enviara.
Proclamaram um jejum e fizeram sentar Nabot em lugar de honra.
Vieram então os dois malvados, puseram-se na presença de Nabot e depuseram contra ele perante o povo, dizendo: «Nabot blasfemou contra o Deus e contra o rei!» Fizeram-no sair da cidade, apedrejaram-no e ele morreu.
Mandaram então dizer a Jezabel: «Nabot foi apedrejado e morreu.»
Quando Jezabel teve conhecimento de que Nabot fora apedrejado e já estava morto, disse a Acab. «Levanta-te e toma posse da vinha que Nabot de Jezrael recusara ceder-te por dinheiro. Nabot já não é vivo! Morreu!»
Mal Acab ouviu dizer que Nabot tinha morrido, levantou-se logo para descer até à vinha de Nabot de Jezrael, a fim de tomar posse dela.


Salmos 5,2-3.5-6.7.


Ouve, Senhor, as minhas palavras
e atende a minha súplica.
Escuta a voz do meu clamor,
ó meu Rei e meu Deus.

Tu não és um Deus que se agrade do mal;
os maus não podem viver a teu lado.
Os arrogantes não poderão
subsistir na tua presença

Detestas os que praticam a iniquidade
e exterminas os mentirosos.
O homem sanguinário e fraudulento
é detestado pelo Senhor.





Mateus 5,38-42.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra.
Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa.
E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas.
Dá-a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir
Os benefícios da paciência, 15-16; SC 291

«Eu porém digo-vos: Não oponhais resistência ao mau»

«Suportai-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade
do espírito mediante o vínculo da paz» (Ef 4,2). Não é possível manter a
unidade e a paz, se os irmãos não se encorajarem uns aos outros para o
apoio mútuo, mantendo um bom entendimento graças à paciência. [...]


Perdoar ao irmão que nos ofende, não só setenta vezes sete vezes, mas todas
as faltas, amar os inimigos, rezar pelos adversários e pelos perseguidores
(Mt 5,39.44; 18,22) – como chegar aí se não formos firmes na paciência e na
benevolência? É o que vemos em Estêvão [...]: em vez de pedir a vingança,
pediu o perdão para os seus carrascos, dizendo: «Senhor, não lhes imputes
este pecado» (Ac 7,60). Eis o que fez o primeiro mártir de Cristo [...],
que se tornou, não só pregador da Paixão do Senhor, mas também imitador da
Sua paciente doçura.


Que dizer da cólera, da discórdia, da rivalidade? Que não têm lugar entre
os cristãos. A paciência deve preencher o seu coração; nele não se
encontrará nenhum destes males. [...] O apóstolo Paulo avisa-nos: «Não
entristeçais o Espírito Santo de Deus [...]: fazei desaparecer da vossa
vida tudo o que é amargura, raiva, cólera, gritos ou insultos» (Ef
4,30-31). Se o cristão foge dos assaltos da nossa natureza caída como de um
mar em fúria, e se estabelece no porto de Cristo, na paz e na calma, não
deve admitir no seu coração nem a cólera nem a desordem. Não lhe é
permitido pagar o mal com o mal (Rm 12,17), nem conceber o ódio.




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