terça-feira, 19 de junho de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 20 de Junho de 2012
Quarta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

Beata Teresa, viúva, religiosa, +1250,  Beata Mafalda, virgem, +1256,  Beato Francisco Pacheco, presbítero e mártir, +1626,  Beata Sancha, virgem, +1229



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João da Cruz : «Quando orares, entra no quarto mais secreto»

Leituras

2 Reis 2,1.6-14.


Naqueles dias, quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu, num redemoinho, Elias e Eliseu partiram de Gálgala. Quando chegaram a Jericó,  
Elias disse a Eliseu: «Fica aqui porque o Senhor envia-me ao Jordão.» Mas Eliseu respondeu: «Pelo Deus vivo e pela tua vida, juro que não te deixarei.» E partiram juntos.
Seguiram-nos cinquenta filhos dos profetas, que pararam ao longe, voltados para eles, enquanto Elias e Eliseu se detinham na margem do Jordão.
Elias tomou o seu manto, dobrou-o e bateu com ele nas águas, que se separaram de um e de outro lado, de modo que passaram os dois a pé enxuto.
Tendo passado, Elias disse a Eliseu: «Pede o que quiseres, antes que eu seja separado de ti. Que posso fazer por ti?» Eliseu respondeu: «Seja-me concedida uma porção dupla do teu espírito.»
Elias replicou: «Pedes uma coisa difícil. No entanto, se me vires quando estiver a ser arrebatado de junto de ti, terás aquilo que pedes; mas, se não me vires, não o terás.»
Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que, de repente, um carro de fogo e uns cavalos de fogo os separaram um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho.
Eliseu viu tudo isto e exclamou: «Meu pai, meu pai! Carro e condutor de Israel!» E não o voltou a ver mais. Tomando, então, as suas vestes, rasgou-as em duas partes.
Eliseu apanhou o manto que Elias deixara cair e, voltando, parou na margem do Jordão.
Pegou no manto que Elias deixara cair, bateu com ele nas águas e disse: «Onde está agora o Senhor, o Deus de Elias? Onde está Ele?» Ao bater nas águas, estas separaram-se para um e outro lado, e Eliseu passou.


Salmos 31(30),20.21.24.


Como é grande, Senhor, a bondade
que reservas para os que te são fiéis!
Tu a concedes, à vista de todos,
àqueles que em ti confiam.

Ao abrigo da tua face, Tu os guardas
das intrigas dos homens;
na tua tenda os defendes
contra as línguas maldizentes.

Amai o Senhor,
todos vós, que sois seus amigos!
O Senhor protege os seus fiéis,
mas castiga com rigor os orgulhosos.



Mateus 6,1-6.16-18.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita,
a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.»
«Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.
«E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto,
para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João da Cruz (1542-1591), carmelita, doutor da Igreja
O Cântico espiritual, segunda versão, estrofe 1, 6-7

«Quando orares, entra no quarto mais secreto»

A alma pergunta ao Esposo: «Aonde Te escondeste?» [...] Respondamos a essa
pergunta indicando o lugar mais certo onde está escondido, o lugar onde a
encontrará mais seguramente, e com tanta perfeição e gosto que se pode ter
nesta vida. A partir daí, não começará a vaguear em vão atrás das pegadas
de seus consortes (cf. Ct 3,2).


Para tal é necessário advertir que o Verbo, o Filho de Deus, juntamente com
o Pai e o Espírito Santo, está escondido, essencial e presencialmente, no
ser mais íntimo da alma. Portanto, para O encontrar há-de abandonar tudo,
quer no afecto, quer na vontade, e recolher-se ao máximo dentro de si
mesma, vivendo como se as coisas não existissem. Santo Agostinho, falando
nos Solilóquios com Deus, dizia: Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava
fora, e fora de mim vos procurava. Portanto, Deus está escondido na alma. É
ali que o bom contemplativo O há-de procurar com amor, dizendo: Aonde Te
escondeste?


Portanto, ó alma formosíssima entre todas as criaturas, que tanto desejas
saber onde está o teu Amado para te encontrares e unires a Ele, já te foi
dito que tu mesma és o aposento onde Ele mora, o refúgio e o esconderijo
onde Se oculta. Oxalá seja motivo de grande consolação e alegria para ti
reconhecer que todo o teu bem se encontra tão perto de ti, melhor dizendo,
tão dentro de ti, que já não podes existir sem Ele. Sabei, diz o Esposo,
que o reino de Deus está dentro de vós (Lc 17,21). E o apóstolo São Paulo,
Seu servo, diz: Vós sois o templo de Deus (2Co 6,16).




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