terça-feira, 17 de julho de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 18 de Julho de 2012
Quarta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Beato Bartolomeu dos Mártires, bispo, +1590



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : «E as revelaste aos pequeninos»

Leituras

Is. 10,5-7.13-16.


Assim fala o Senhor: «Ai da Assíria, vara da minha cólera, o bastão das suas mãos é o bastão do meu furor!
Eu o atirei contra uma nação ímpia, e o lancei contra o povo, objecto do meu furor, para o saquear e despojar e para o calcar aos pés como lama das ruas.
Mas ele não entendeu assim, nem eram estes os planos do seu coração. O seu propósito era destruir e exterminar muitas nações.
Realmente ele afirma: «Foi pela força da minha mão que fiz isto, com a minha sabedoria, porque sou inteligente. Mudei as fronteiras dos povos, saqueei os seus tesouros, como um herói derrubei toda aquela gente.
Apanhei com a minha mão a riqueza dos povos, como quem recolhe os ovos deixados num ninho. Juntei a terra inteira e ninguém bateu as asas, nem abriu a boca para piar.»
Acaso gloriar-se-á o machado contra quem o maneja? Ou levantar-se-á a serra contra o serrador? Um bastão não pode comandar um homem, é o homem que faz mover o bastão.
Por isso, o Senhor DEUS do universo enfraquecerá com a doença aqueles guerreiros; debaixo do fígado acender-lhes-á uma febre como um fogo de incêndio.


Salmos 94(93),5-6.7-8.9-10.14-15.


O Senhor não abandona o seu povo.

Esmagam o teu povo, Senhor,
e espezinham a tua herança.
Matam a viúva e o estrangeiro
e assassinam os órfãos.

Eles dizem: "O Senhor não vê,
o Deus de Jacob não dá por isso!
"Reflecti, ó gente imbecil!
E vós, insensatos, quando ganhareis juízo?

Porventura, quem fez o ouvido não ouvirá?
Aquele que fez os olhos não há de ver?
Aquele que corrige as nações, não castigará?
Se é Ele quem ensina aos homens a ciência?

O Senhor não abandona o seu povo
nem despreza a sua herança.
De novo há-de voltar a haver justiça,
e hão-de segui-la todos os de coração recto.







Mateus 11,25-27.


Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.
Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado.
Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Sermões sobre o Evangelho de S. Mateus, n°38, 1

«E as revelaste aos pequeninos»

«Bendigo-Te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas
coisas aos sábios e aos entendidos.» Como? Regozijar-Se-á com a perda
daqueles que não acreditam n'Ele? Nada disso: são admiráveis os desígnios
do Senhor para a salvação dos homens! Quando eles se opõem à verdade, e se
recusam a recebê-la, Deus nunca os contraria, deixa-os na sua vontade. A
perdição em que caem leva-os a encontrar o caminho; entrando em si mesmos,
procuram com ardor a graça da chamada à fé que num primeiro momento haviam
desprezado. Quanto aos que continuaram fiéis, mais forte ainda se revela,
então, o seu ardor. Cristo regozija-Se, portanto, por estas coisas serem
reveladas a alguns, mas atormenta-Se por ficarem escondidas a outros;
percebe-se bem que é assim quando, ao aproximar-Se da cidade, Ele chora
sobre ela (Lc 19,41). No mesmo espírito, escreve São Paulo: «Demos graças a
Deus: éreis escravos do pecado, mas obedecestes de coração ao ensino que
vos foi transmitido como norma de vida» (Rm 6,17).


A que sábios está Jesus a referir-Se? Aos escribas e aos fariseus. Diz isto
para encorajar os discípulos, mostrando-lhes os privilégios de foram
julgados dignos; os simples pescadores receberam as luzes que os sábios e
os entendidos desdenharam. Sábios, estes são-no só de nome; crêem-se sábios
mas não passam de falsos eruditos. É por isso que Cristo não diz:
«Revelaste-as aos insensatos» mas «aos pequeninos», isto é, a pessoas
simples e sem argúcia. [...] Ensina-nos assim a renunciar à loucura das
grandezas e a procurar a simplicidade. São Paulo vai mais longe: «Se algum
de entre vós se julga sábio à maneira deste mundo, torne-se louco para ser
sábio» (1Co 3,18).




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