terça-feira, 24 de julho de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 25 de Julho de 2012
S. Tiago, apóstolo – festa

S. Tiago Maior, apóstolo, mártir,  S. Cristóvão, mártir, séc. III



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Magno : «Bebereis o Meu cálice»

Leituras

2 Cor. 4,7-15.


Irmãos: Nós trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso.
Em tudo somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifesta no nosso corpo.
Estando ainda vivos, estamos continuamente expostos à morte por causa de Jesus, para que a vida de Jesus seja manifesta também na nossa carne mortal.
Assim, em nós opera a morte, e em vós a vida.
Animados do mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: Acreditei e por isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos,
sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos há-de ressuscitar com Jesus, e nos fará comparecer diante dele junto de vós.
E tudo isto faço por vós, para que a graça, multiplicando-se na comunidade, faça aumentar a acção de graças, para a glória de Deus.


Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.


Os que semeiam com lágrimas recolhem com alegria.

Quando o Senhor mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho.  
A nossa boca encheu-se de sorrisos
e a nossa língua de canções.  

Dizia-se, então, entre os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas!»
Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas;
por isso, exultamos de alegria.  

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
cono as torrentes do deserto.
Aqueles que semeiam com lágrimas,
vão recolher com alegria.  

À ida vão a chorar,
carregando e lançando as sementes;
no regresso cantam de alegria,
transportando os feixes de espigas.  








Mateus 20,20-28.


Naquele tempo, aproximou-se então de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu, com os seus filhos, e prostrou-se diante dele para lhe fazer um pedido.
«Que queres?» perguntou-lhe Ele. Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino.»
Jesus retorquiu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Eles responderam: «Podemos.»
Jesus replicou-lhes: «Na verdade, bebereis o meu cálice; mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado.»
Ouvindo isto, os outros dez ficaram indignados com os dois irmãos.
Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores, e que os grandes exercem sobre elas o seu poder.
Não seja assim entre vós. Pelo contrário, quem entre vós quiser fazer se grande, seja o vosso servo; e
quem, no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo.
Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre os Evangelhos, nº 35

«Bebereis o Meu cálice»

Uma vez que hoje celebramos a festa dum mártir, irmãos, devemos
preocupar-nos com a forma de paciência praticada por ele. Com efeito, se
com a ajuda do Senhor nos esforçarmos por manter essa virtude, obteremos
sem dúvida a palma do martírio ainda que vivamos na paz da Igreja. Porque
há dois tipos de martírio: o primeiro consiste numa disposição do espírito;
o segundo alia a essa disposição os actos da existência. Por isso, podemos
ser mártires mesmo sem morrermos executados pelo gládio do carrasco. Morrer
às mãos dos perseguidores é o martírio em acto, na sua forma visível;
suportar as injúrias amando quem nos odeia é o martírio em espírito, na sua
forma oculta.


Que haja dois tipos de martírio, um oculto, o outro público, a própria
Verdade o comprova quando pergunta aos filhos de Zebedeu: «Podeis beber o
cálice que Eu estou para beber?» E à sua asserção, «Podemos», o Senhor
riposta: «Na verdade, bebereis o Meu cálice.» Ora, que pode significar para
nós este cálice senão os sofrimentos da Sua Paixão, da qual diz noutro
sítio: «Meu Pai, se é possível, afaste-se de Mim este cálice» (Mt 26,39)?
Os filhos de Zebedeu, Tiago e João, não morreram os dois mártires, mas foi
a ambos que o Senhor disse que haviam de beber esse cálice. De facto, se
bem que não viesse a morrer mártir, João acabou por sê-lo todavia, já que
os sofrimentos que não sentiu no corpo os sentiu na alma. Devemos então
concluir do seu exemplo que nós próprios podemos ser mártires sem passar
pela espada se conservarmos a paciência da alma.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org