terça-feira, 31 de julho de 2012

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 01 de Agosto de 2012
Quarta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, Doutor da Igreja, +1787



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ireneu de Lyon : O tesouro escondido no campo das Escrituras

Leituras

Jer. 15,10.16-21.


Ai de mim, ó mãe, porque me deste à luz! Sou um homem de discórdia e de polémica para toda a terra! Nunca emprestei e ninguém me emprestou; no entanto, todos me maldizem.
Eu devoro as tuas palavras, onde as encontro; a tua palavra é a minha alegria, e as delícias do meu coração, porque o teu Nome, foi invocado sobre mim, ó Senhor, Deus do universo!
Nunca me sentei entre os escarnecedores, para com eles me divertir. Forçado pela tua mão, sentei-me solitário, porque me possuía a tua indignação.
Porque se tornou perpétua a minha dor, e não cicatriza a minha chaga, rebelde ao tratamento? Ai! Serás para mim como um riacho enganador de água inconstante?
Por esta razão, o Senhor diz-me: «Se te reconciliares comigo, receber-te-ei novamente e poderás estar na minha presença. Se conseguires retirar o precioso do vil, serás como a minha boca. Serão eles, então, que virão a ti e não tu que irás a eles.
Tornar-te-ei, para este povo, como sólida muralha de bronze. Combaterão contra ti, mas não conseguirão vencer-te, porque Eu estarei a teu lado para te proteger e salvar – oráculo do Senhor.
Livrar-te-ei das garras dos maus, resgatar-te-ei do poder dos opressores.»


Salmos 59(58),2-3.4-5a.10-11.17.18.


Sois o meu refúgio, Senhor, no dia da minha tribulação.

Meu Deus, livra me dos meus inimigos;
protege-me dos que se levantam contra mim.
Livra-me dos que praticam o mal
e salva-me dos homens sanguinários.

Vê como armam ciladas à minha vida;
ó Senhor, conspiram contra mim os poderosos,  
sem que eu tenha cometido nenhum crime nem pecado
Sem que eu tenha culpa, correm a atacar-me.

Ó minha força, é para ti que eu me volto,
pois Tu, ó Deus, és a minha fortaleza.
O amor do meu Deus virá ao meu encontro,
Deus me fará ver o castigo dos meus opressores.

Eu, porém, cantarei o teu poder,
pela manhã celebrarei a tua bondade,
porque foste o meu amparo
e o meu refúgio no dia da tribulação.







Mateus 13,44-46.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo.
O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas.
Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
«Contra as heresias», IV, 26

O tesouro escondido no campo das Escrituras

Foi Cristo que Se tornou presente a todos aqueles a quem Deus, desde o
início, comunicou a Sua Palavra, o Seu Verbo. E, se alguém ler a Escritura
nessa perspectiva, encontrará uma expressão que diz respeito a Cristo e uma
prefiguração do novo chamamento. Pois é Ele o tesouro escondido no «campo»,
isto é, no mundo (Mt 13,38). Tesouro escondido nas Escrituras, pois foi
assinalado por símbolos e parábolas que, humanamente falando, não podiam
ser compreendidas antes do cumprimento das profecias, isto é, antes da
vinda do Senhor. Foi por isso que foi dito ao profeta Daniel: «Guarda isto
em segredo e conserva selado este livro até ao tempo final» (12,4). [...] E
Jeremias também disse: «Compreendê-los-eis plenamente no futuro» (23,20).
[...]


Lida pelos Cristãos, a Lei é um tesouro escondido outrora no campo, mas que
a cruz de Cristo revela e explica [...]: ela manifesta a sabedoria de Deus,
dá conhecer os Seus desígnios com vista à salvação do homem, prefigura o
Reino de Cristo, anuncia antecipadamente a Boa Nova da herança da Jerusalém
santa, prediz que o homem que ama a Deus progredirá até O ver e escutar a
Sua palavra, e que será glorificado por essa palavra. [...]


Foi dessa maneira que o Senhor explicou as Escrituras aos Seus discípulos
depois da ressurreição, provando-lhes, através delas, que «o Messias tinha
de sofrer essas coisas para entrar na Sua glória» (cf Lc 24,26). Se,
portanto, alguém ler desta maneira as Escrituras, será um discípulo
perfeito «semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do
seu tesouro» (Mt 13,52).




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