domingo, 2 de setembro de 2012

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 03 de Setembro de 2012
Segunda-feira da 22ª semana do Tempo Comum

S. Gregório Magno, Papa, Doutor da Igreja, +604



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Boaventura : «Não é este o filho de José?»

Leituras

1 Cor. 2,1-5.


Quando fui ter convosco, irmãos, não me apresentei com o prestígio da linguagem ou da sabedoria, para vos anunciar o mistério de Deus.
Julguei não dever saber outra coisa entre vós a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado.
Estive no meio de vós cheio de fraqueza, de receio e de grande temor.
A minha palavra e a minha pregação nada tinham dos argumentos persuasivos da sabedoria humana, mas eram uma demonstração do poder do Espírito,
para que a vossa fé não se baseasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.


Salmos 119(118),97.98.99.100.101.102.


Quanto amo, Senhor, a vossa lei.

Quanto amo, Senhor, a tua lei!
Nela medito todos os dias.
Fizeste-me mais sábio do que os meus inimigos,
porque os teus mandamentos estão sempre comigo.

Tornei-me mais sábio do que todos os mestres,
porque medito sempre nos teus preceitos.
Entendo mais do que os anciãos,
porque cumpro as tuas instruções.

Desviei os meus pés de todo o mau caminho
para obedecer às tuas palavras.
Não me tenho desviado das tuas sentenças,
pois és Tu quem me ensina.





Lucas 4,16-30.


Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler.
Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos,
a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.»
Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.»
Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam com as palavras repletas de graça que saíam da sua boca. Diziam: «Não é este o filho de José?»
Disse-lhes, então: «Certamente, ides citar-me o provérbio: 'Médico, cura-te a ti mesmo.' Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaúm, fá-lo também aqui na tua terra.»
Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.
Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon.
Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.»
Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor.
E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo.
Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Meditações sobre a vida de Cristo; Opera omnia, t. 12, pp. 530ss.

«Não é este o filho de José?»

Parecem ter alcançado o grau mais elevado esses que, com todo o coração e
sem fingimento, são de tal maneira senhores de si, que nada mais procuram
do que ser desprezados, não ser tidos em conta e viver na humildade. [...]
Enquanto não chegardes aí, pensai que nada fizestes. Com efeito, como somos
todos «servos inúteis», nas palavras do Senhor (Lc 17, 10), mesmo que
façamos tudo bem, enquanto não alcançarmos este grau de humildade não
estaremos na verdade, mas estaremos e caminharemos na vaidade. [...]


Sabes também que o Senhor Jesus começou por fazer antes de ensinar. Mais
tarde, haveria de dizer: «Aprendei de Mim que sou manso e humilde de
coração» (Mt 11, 29). E quis praticá-lo realmente, sem fingimento. Fê-lo de
todo o coração, como era manso e humilde de todo o coração e em verdade.
N'Ele não havia dissimulação (cf. 2Cor 1, 19). Estava de tal maneira
mergulhado na humildade, no desprezo e na abjecção, aniquilara-Se de tal
maneira aos olhos de todos, que quando começou a pregar e a anunciar as
maravilhas de Deus, e a fazer milagres e coisas admiráveis, ninguém Lhe
dava valor, antes O desprezavam e troçavam Dele dizendo: «Não é este o
filho do carpinteiro?», e outras coisas parecidas. Assim se cumpre a
palavra de São Paulo: «Aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a condição de
servo» (Fil 2, 7), e não apenas de servo comum, pela encarnação, mas de um
servo inútil, através da Sua vida humilde e desprezada.




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