sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 22 de Setembro de 2012
Sábado da 24ª semana do Tempo Comum

S. Maurício e companheiros (soldados romanos), mártires, séc. III



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : O semeador semeia sem contar

Leituras

1 Cor. 15,35-37.42-49.


Irmãos: Alguém poderia perguntar: «Como ressuscitam os mortos? Com que corpo regressam?»
Insensato! O que semeias não volta à vida, se primeiro não morrer.
E o que semeias não é o corpo que há-de vir, mas um simples grão, por exemplo, de trigo ou de qualquer outra espécie.
Assim também acontece com a ressurreição dos mortos: semeado corruptível, o corpo é ressuscitado incorruptível;
semeado na desonra, é ressuscitado na glória; semeado na fraqueza, é ressuscitado cheio de força;
semeado corpo terreno, é ressuscitado corpo espiritual. Se há um corpo terreno, também há um corpo espiritual.
Assim está escrito: o primeiro homem, Adão, foi feito um ser vivente e o último Adão, um espírito que vivifica.
Mas o primeiro não foi o espiritual, mas o terreno; o espiritual vem depois.
O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo vem do céu.
Tal como era o terrestre, assim são também os terrestres; tal como era o celeste, assim são também os celestes.
E assim como trouxemos a imagem do homem da terra, assim levaremos também a imagem do homem celeste.


Salmos 56(55),10-12.13-14.


Caminharei na presença do Senhor.

Vós contastes os passos da minha vida errante
e recolhestes as minhas lágrimas.
No dia em que eu te invocar, os meus inimigos hão-de retroceder;
então ficarei a saber que Deus está por mim.

Celebro a palavra de Deus,
celebro a promessa do Senhor.
Em Deus confio, nada temo:
que mal me poderão fazer os homens?

Oferecer-vos-ei sacrifícios de acção de graças,
porque salvaste da morte a minha vida,
e os meus pés, da queda,
para andar na presença de Deus,




Lucas 8,4-15.


Naquele tempo, como estivesse reunida uma grande multidão, e de todas as cidades viessem ter com Ele, disse esta parábola:
«Saiu o semeador para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, foi pisada e as aves do céu comeram-na.
Outra caiu sobre a rocha e, depois de ter germinado, secou por falta de humidade.
Outra caiu no meio de espinhos, e os espinhos, crescendo com ela, sufocaram-na.
Uma outra caiu em boa terra e, uma vez nascida, deu fruto centuplicado.» Dizendo isto, clamava: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça!»
Os discípulos perguntaram-lhe o significado desta parábola.
Disse-lhes: «A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus; mas aos outros fala-se-lhes em parábolas, a fim de que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam.»
«O significado da parábola é este: a semente é a Palavra de Deus.
Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem, mas em seguida vem o diabo e tira-lhes a palavra do coração, para não se salvarem, acreditando.
Os que estão sobre a rocha são os que, ao ouvirem, recebem a palavra com alegria; mas, como não têm raiz, acreditam por algum tempo e afastam-se na hora da provação.
A que caiu entre espinhos são aqueles que ouviram, mas, indo pelo seu caminho, são sufocados pelos cuidados, pela riqueza, pelos prazeres da vida e não chegam a dar fruto.
E a que caiu em terra boa são aqueles que, tendo ouvido a palavra, com um coração bom e virtuoso, conservam-na e dão fruto com a sua perseverança.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja


O semeador semeia sem contar

Se hoje não tiver persuadido o meu auditório, talvez o venha a fazer
amanhã, daqui a três ou quatro dias, ou até mais tarde. O pescador que
inutilmente tenha lançado as redes o dia todo, à noitinha, antes mesmo de
partir, por vezes apanha o peixe que não conseguiu apanhar durante o dia.
E, mesmo que não obtenha boas colheitas durante vários anos, o agricultor
não deixa de trabalhar a terra, porque acontece amiúde num só ano conseguir
suplantar com abundância todas as perdas anteriores.


Deus não nos pede para sermos bem-sucedidos, mas para sermos trabalhadores,
e o nosso trabalho não será menos recompensado só porque ninguém nos
escuta. [...] Cristo sabia muito bem que Judas não converteria e, no
entanto, tentou convertê-lo até ao fim, censurando-lhe a sua falta nos mais
tocantes termos: «Amigo, a que vieste!» (Mt 26,50 [Vulgata]); ora, se
Cristo, modelo dos pastores, trabalhou até ao fim na conversão dum homem
desesperado, o que não devemos nós fazer por aqueles nos quais nos é pedido
que ponhamos sempre a nossa esperança?




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org