sábado, 10 de novembro de 2012

Profecia do Dia

Domingo, dia 11 de Novembro de 2012
32º Domingo do Tempo Comum - Ano B

XXXII Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)
S. Martinho (de Tours), bispo, +397



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresinha do Menino Jesus : «Ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía»

Leituras

1 Reis 17,10-16.


Naqueles dias, o profeta Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar à entrada da cidade, encontrou uma viúva que andava a apanhar lenha; chamou-a e disse-lhe: «Vai-me arranjar, te peço, um pouco de água numa vasilha, para eu beber.»
Ela foi buscar a água e Elias chamou-a e disse-lhe: «Traz-me também um pedaço de pão nas tuas mãos.»
Então ela respondeu: «Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão cozido; tenho apenas um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na ânfora; mal tenha reunido um pouco de lenha entrarei em casa para preparar esse resto para mim e para meu filho; vamos comê-lo e depois morreremos.»
Elias disse-lhe: «Não tenhas medo; vai a casa e faz como disseste. Disso que tens faz-me um pãozinho e traz-mo; depois é que prepararás o resto para ti e para o teu filho.
Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: 'A panela da farinha não se esgotará, nem faltará o azeite na almotolia até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra'.
Ela foi e fez como lhe dissera Elias: comeu ele, ela e a sua família, durante alguns dias.
Nem a farinha se acabou na panela, nem o azeite faltou na almotolia, conforme dissera o Senhor pela boca de Elias.


Salmos 146(145),7.8-9a.9bc-10.


Ó minha alma, louva o Senhor.
 
Ele salva os oprimidos,
dá pão aos que têm fome;
o Senhor liberta os prisioneiros.  

O Senhor dá vista aos cegos,
o Senhor levanta os abatidos;
o Senhor ama o homem justo.  

O SENHOR protege os que vivem em terra estranha
e ampara o órfão e a viúva,
mas entrava o caminho aos pecadores.  

O Senhor reinará eternamente!
O teu Deus, ó Sião,
reinará por todas as gerações!  




Heb. 9,24-28.


Na realidade, Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, figura do verdadeiro santuário, mas entrou no próprio céu, para se apresentar agora diante de Deus em nosso favor.
E nem entrou para se oferecer a si mesmo muitas vezes, tal como o Sumo Sacerdote, que entra cada ano no santuário com sangue alheio;
nesse caso, deveria ter sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo. Agora, porém, na plenitude dos tempos, apareceu uma só vez para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
E, assim como está determinado que os homens morram uma só vez e depois tenha lugar o julgamento,
assim também Cristo, que se ofereceu uma só vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, não já por causa do pecado, mas para dar a salvação àqueles que o esperam.


Marcos 12,38-44.


Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Tomai cuidado com os doutores da Lei, que gostam de exibir longas vestes, de ser cumprimentados nas praças,
de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e nos banquetes;
eles devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações. Esses receberão uma sentença mais severa.»
Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas.
Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões.
Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros;
porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico B, 1

«Ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía»

«Quero fazer-te ler no livro da vida, onde está contida a ciência do Amor».
Oh, sim, a ciência do amor! Esta palavra soa-me docemente ao ouvido da
alma, e eu não desejo outra coisa; por essa sabedoria, e mesmo tendo dado
todas as minhas riquezas, parece-me, como a esposa [do Cântico] dos
Cânticos, nada ter dado (Ct 8,7) afinal. Compreendo tão bem que só o amor
nos pode tornar agradáveis ao Bom Deus, que este amor é o único bem que
ambiciono.


Jesus compraz-Se em mostrar-me o único caminho que conduz a esta fornalha
divina; esse caminho é o abandono da criança que adormece sem receio nos
braços do seu Pai. «Quem for simples venha a Mim», disse o Espírito Santo
pela boca de Salomão (Pr 9,4) e o mesmo Espírito de amor disse ainda que «o
pequeno encontrará misericórdia» (Sb 6,6). Em seu nome, o profeta Isaías
revelou-nos que, no último dia, o Senhor «é como um pastor que apasscenta o
rebanho, reúne-o com o cajado na mão, leva os cordeiros ao colo e faz
repousar as ovelhas que têm crias» (Is 40,11). [...]


Ah, se todas as almas fracas e imperfeitas sentissem o que sente a mais
pequena de todas, a alma da vossa Teresinha, nem uma desesperaria por
chegar ao cimo da montanha do amor, pois Jesus não pede grandes acções,
pede só abandono e reconhecimento. Ele disse no salmo 49: «Não reivindico
os novilhos da tua casa, nem os cabritos dos teus currais; pois são Meus
todos os animais dos bosques, e os que se encontram nos altos montes. [...]
Honra-Me quem oferece o sacrifício do louvor.» Eis portanto tudo o que
Jesus nos exige: Ele não precisa das nossas obras, apenas do nosso amor.
Porque este mesmo Deus, que declara não precisar já de nos dizer se tem
fome (Sl 49), não temeu em mendigar um pouco de água à Samaritana (Jo 4,7).
Ele tinha sede, [...] tinha sede de amor. Ah, sinto-o como nunca, Jesus
está sedento, só encontra ingratos e indiferentes entre os discípulos do
mundo. E entre os Seus próprios discípulos, são poucos, ai!, os corações
que encontra capazes de a Si se entregarem sem reserva, capazes de
compreenderem toda a ternura do Seu amor infinito.




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