quarta-feira, 31 de julho de 2013

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 01 de Agosto de 2013

Quinta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, Doutor da Igreja, +1787

Comentário do dia
Bento XVI: Puxam-na para a praia

Ex. 40,16-21.34-38.

Naqueles dias, Moisés obedeceu; fez tudo quanto o Senhor lhe ordenara.
No primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, foi erigido o santuário.
Moisés erigiu o santuário: assentou as bases, as pranchas, as travessas e ergueu as colunas;
estendeu a tenda sobre o santuário e, por cima, a cobertura da tenda, como o Senhor lhe tinha ordenado.
Tomou o testemunho e depositou-o na Arca; meteu os varais na Arca, sobre a qual colocou o propiciatório.
Transportou a Arca para o santuário, fixando o véu de protecção, para vedar o acesso à Arca do testemunho, como o Senhor lhe tinha ordenado.
Então, a nuvem cobriu a tenda da reunião, e a majestade do Senhor encheu o santuário.
Moisés já não pôde entrar na tenda da reunião, porque a nuvem pairava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o santuário.
Quando a nuvem se retirava de cima do santuário, os filhos de Israel partiam de viagem,
e quando a nuvem não se retirava, não partiam, até ao instante em que ela se elevava.
Porque uma nuvem do Senhor cobria o santuário durante o dia, e um fogo brilhava ali durante a noite, aos olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas caminhadas.


Salmos 84(83),3.4.5-6a.8a.11.

A minha alma suspira
pelos átrios do Senhor;
o meu coração e a minha carne
cantam de alegria ao Deus vivo!

Até as aves do céu encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos,
junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos,
meu rei e meu Deus.

Felizes os que moram em tua casa:
podem louvar-te continuamente.
Felizes os que em ti encontram a sua força,
e os que desejam peregrinar até ao monte Sião.

Um dia em teus átrios
vale por mais de mil longe de vós;
antes quero ficar no limiar da casa do meu Deus,
do que habitar nas tendas dos maus.



Mateus 13,47-53.

Naquele tempo, dise Jesus à multidão: «O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes.
Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as canastras, e os ruins, deitam-nos fora.
Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus do meio dos justos,
para os lançarem na fornalha ardente: ali haverá choro e ranger de dentes.»
«Compreendestes tudo isto?» «Sim» responderam eles.
Jesus disse-lhes, então: «Por isso, todo o doutor da Lei instruído acerca do Reino do Céu é semelhante a um pai de família, que tira coisas novas e velhas do seu tesouro.»
Depois de terminar estas parábolas, Jesus partiu dali.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Encíclica «Spe Salvi», §§ 45-46 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

Puxam-na para a praia

Com a morte, a opção de vida feita pelo homem torna-se definitiva; esta sua vida está diante do Juiz. A sua opção, que tomou forma ao longo de toda a vida, pode ter caracteres diversos. Pode haver pessoas que destruíram totalmente em si próprias o desejo da verdade e a disponibilidade para o amor; pessoas nas quais tudo se tornou mentira; pessoas que viveram para o ódio e espezinharam o amor em si mesmas. Trata-se de uma perspectiva terrível, mas algumas figuras da nossa mesma história deixam entrever, de forma assustadora, perfis deste género. Em tais indivíduos, não haveria nada de remediável e a destruição do bem seria irrevogável: é já isto que se indica com a palavra «inferno». Por outro lado, podem existir pessoas puríssimas, que se deixaram penetrar inteiramente por Deus e, consequentemente, estão totalmente abertas ao próximo – pessoas em quem a comunhão com Deus orienta desde já todo o seu ser e cuja chegada a Deus apenas leva a cumprimento aquilo que já são.Mas, segundo a nossa experiência, nem um nem outro são o caso normal da existência humana. Na maioria dos homens – como podemos supor – perdura no mais profundo da sua essência uma derradeira abertura interior para a verdade, para o amor, para Deus. Nas opções concretas da vida, porém, aquela é sepultada sob repetidos compromissos com o mal. […] O que acontece a tais indivíduos quando comparecem diante do Juiz? Será que todas as coisas imundas que acumularam na sua vida se tornarão de repente irrelevantes? Ou acontecerá algo de diverso? São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios, dá-nos uma ideia da distinta repercussão do juízo de Deus sobre o homem, conforme as suas condições. […] «Se alguém edifica sobre este fundamento com ouro, prata, pedras preciosas, madeiras, feno ou palha, a obra de cada um ficará patente, pois o dia do Senhor a fará conhecer. Pelo fogo será revelada, e o fogo provará o que vale a obra de cada um. Se a obra construída subsistir, o construtor receberá a paga. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá a perda. Ele, porém, será salvo, como que através do fogo» (3,12-15).







terça-feira, 30 de julho de 2013

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 31 de Julho de 2013

Quarta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

Santo Inácio de Loyola, presbítero, fundador, +1556, Santo Afonso Rodrigues, religioso leigo, +1617

Comentário do dia
São João Crisóstomo : As parábolas do tesouro e da pérola

Ex. 34,29-35.

Quando Moisés descia do monte Sinai, trazendo na mão as duas tábuas do testemunho não sabia, enquanto descia o monte, que a pele do seu rosto resplandecia, depois de ter falado com Deus.
Quando Aarão e todos os filhos de Israel o viram, notaram que a pele do seu rosto se tornara resplandecente e não se atreveram a aproximar-se dele.
Moisés, porém, chamou-os; Aarão e todos os chefes da assembleia foram ter com ele, e ele falou-lhes.
Em seguida, aproximaram-se todos os filhos de Israel, aos quais transmitiu todas as ordens que tinha recebido do Senhor, no monte Sinai.
Depois de ter acabado de falar com eles, Moisés cobriu o rosto com um véu.
Ao entrar para estar na presença do Senhor e falar com Ele, Moisés retirava o véu até sair. Então, depois de sair, comunicava aos filhos de Israel as ordens recebidas.
Os filhos de Israel viam resplandecer a face de Moisés que, em seguida, tornava a colocar o véu sobre o rosto, até entrar novamente para falar com Deus.


Salmos 99(98),5.6.7.9.

Louvai o Senhor, nosso Deus,  
prostrai-vos a seus pés:
Ele é santo!
Moisés e Aarão estão entre os seus sacerdotes,  
e Samuel, entre os que invocam o seu nome.  
Invocavam o Senhor e Ele atendia-os.  

Deus falava-lhes da coluna de nuvens;  
eles guardavam os seus preceitos  
e a lei que lhes tinha dado.  
Louvai o Senhor, nosso Deus,
prostrai-vos diante do seu monte santo,
pois o Senhor, nosso Deus, é santo!



Mateus 13,44-46.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo.
O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas.
Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homílias sobre o Evangelho de Mateus, n° 47, 2

As parábolas do tesouro e da pérola

As duas parábolas do tesouro e da pérola ensinam a mesma coisa: que temos de preferir o Evangelho a todos os tesouros do mundo. […] Mas há uma situação ainda mais meritória: preferi-lo com gosto, com alegria e sem hesitação. Jamais podemos esquecer-nos de que ganhamos mais do que perdemos ao renunciar a tudo para seguir a Deus. O anúncio do Evangelho está oculto neste mundo como um tesouro escondido, um tesouro inestimável.


Para procurar esse tesouro […], são necessárias duas condições: a renúncia aos bens do mundo e uma sólida coragem. Efectivamente, trata-se «de um negociante que busca boas pérolas. Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola». Essa pérola única é a verdade, e a verdade é una, não se divide. Possuis uma pérola? Tu conheces a tua riqueza; mas, se a tens fechada na concha da mão, o mundo ignora a tua fortuna. Acontece o mesmo com o Evangelho. Se o abraças com fé, e o manténs fechado no coração, que tesouro! Mas só tu o conhecerás: os não crentes, que ignoram a sua natureza e o seu valor, não fazem ideia da incomparável riqueza que tu possuis.







segunda-feira, 29 de julho de 2013

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 30 de Julho de 2013

Terça-feira da 17ª semana do Tempo Comum

S. Pedro Crisólogo, bispo, Doutor da Igreja, +450

Comentário do dia
Catecismo da Igreja Católica: «Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»

Ex. 33,7-11.34,5b-9.28.

Naqueles dias, Moisés pegou na tenda e foi colocá-la a certa distância do acampamento. Deu-lhe o nome de tenda da reunião. E todos aqueles que desejavam consultar o Senhor iam à tenda da reunião, fora do acampamento.
Quando Moisés se dirigia para a tenda, todo o povo se levantava, permanecendo cada um à entrada da própria tenda, para o seguir com os olhos, até Moisés entrar na tenda.
Logo que Moisés entrava na tenda, a coluna de nuvem descia e mantinha-se à entrada, e o Senhor falava com Moisés.
E, ao ver a coluna de nuvem que permanecia à entrada da tenda, todo o povo se levantava e se prostrava, cada um à entrada da sua tenda.
O Senhor falava com Moisés, frente a frente, como um homem fala com o seu amigo. Moisés voltava, em seguida, para o acampamento; mas Josué, filho de Nun, o seu servidor, homem ainda novo, não se afastava do interior da tenda.
O Senhor desceu na nuvem e, passando junto dele, pronunciou o nome do Senhor.
O Senhor passou em frente dele e exclamou: «Senhor! Senhor! Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e de fidelidade,
que mantém a sua graça até à milésima geração, que perdoa a iniquidade, a rebeldia e o pecado, mas não declara inocente o culpado e pune o crime dos pais nos filhos, e nos filhos dos seus filhos até à terceira e à quarta geração.»
Moisés curvou-se imediatamente até ao chão e prostrou-se em adoração,
dizendo: «Se, entretanto, alcancei graça aos teus olhos, ó Senhor, vem, por favor, caminhar no meio de nós, pois este é um povo de cerviz dura. Mas perdoa-nos as nossas iniquidades e os nossos pecados e aceita-nos como propriedade tua.»
Moisés permaneceu junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.


Salmos 103(102),6-7.8-9.10-11.12-13.

O Senhor faz justiça   
e defende o direito de todos os oprimidos.  
Revelou a Moisés os seus caminhos  
e aos filhos de Israel os seus prodígios.  

O Senhor é misericordioso e compassivo,
é paciente e cheio de amor.
Não está sempre a repreender-nos,
nem a sua ira dura para sempre.

Não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.    
Como é grande a distância dos céus à terra,
assim são grandes os seus favores para os que o temem.

Como o Oriente está afastado do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.
Como um pai se compadece dos seus filhos,
assim o Senhor se compadece dos que o temem.



Mateus 13,36-43.

Naquele tempo, afastando-se das multidões, Jesus foi para casa. E os seus discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.»
Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem;
o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do maligno;
o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos.
Assim, pois, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo:
o Filho do Homem enviará os seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade,
e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes.
Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, oiça!»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Catecismo da Igreja Católica
§§ 760-769

«Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai»

«O mundo foi criado em ordem à Igreja», diziam os cristãos dos primeiros tempos (Hermas). Deus criou o mundo em ordem à comunhão na sua vida divina, comunhão que se realiza pela convocação dos homens em Cristo; esta convocação (ecclesia) é a Igreja. A Igreja é o fim de todas as coisas. As próprias vicissitudes dolorosas, como a queda dos anjos e o pecado do homem, não foram permitidas por Deus senão como ocasião e meio de pôr em acção toda a força do seu braço, toda a medida do amor que queria dar ao mundo: «Assim como a vontade de Deus é um acto e se chama mundo, do mesmo modo a sua intenção é a salvação dos homens e chama-se Igreja» (Clemente de Alexandria).A reunião do povo de Deus começa no instante em que o pecado destrói a comunhão dos homens com Deus e entre si. A reunião da Igreja é, por assim dizer, a reacção de Deus ao caos provocado pelo pecado. Esta reunificação realiza-se secretamente no seio de todos os povos: «Em qualquer nação, quem O teme e pratica a justiça, é aceite por Ele» (Act 10, 35). A preparação remota da reunião do povo de Deus começa com a vocação de Abraão, a quem Deus promete que há-de vir a ser o pai de um grande povo (Gn 12,2). A preparação imediata começa com a eleição de Israel como povo de Deus (Ex 19,5). Pela sua eleição, Israel será o sinal da reunião futura de todas as nações (Is 2,2). […] Pertence ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação do seu Pai; tal é o motivo da sua missão […]. Cristo inaugurou na terra o Reino dos Céus. A Igreja «é o Reino de Cristo já presente em mistério» (Vat II, LG 3). […] «A Igreja [...] só na glória celeste alcançará a sua realização acabada» (Vat II, LG 8), aquando do regresso glorioso de Cristo. […] Ela suspira pelo advento do Reino em plenitude. […] A consumação da Igreja – e, através dela, do mundo – na glória, não se fará sem grandes provações. Só então é que «todos os justos, desde Adão, desde o justo Abel até ao último eleito, se encontrarão reunidos na Igreja universal junto do Pai» (Vat II, LG 2).







domingo, 28 de julho de 2013

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 29 de Julho de 2013

Santa Marta

Santa Marta, amiga de Jesus, Santos Maria e Lázaro, hospedeiros do Senhor

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Uma mulher chamada Marta recebeu Jesus em sua casa»

1 João 4,7-16.

Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus; e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus.
Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.
E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida.
É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.
A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós.
Damos conta de que permanecemos nele, e Ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito.
Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Quem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.


Salmos 106(105),19-23.

Fizeram um bezerro de ouro no Horeb
e adoraram um ídolo de metal fundido.
Trocaram assim o seu Deus glorioso
pela figura de um animal que come feno.

Esqueceram a Deus, que os salvara,  
que realizara prodígios no Egipto,  
maravilhas na terra de Cam,
feitos gloriosos no Mar dos Juncos.  

Deus decidiu aniquilá-los.
Moisés, porém, seu escolhido,
intercedeu junto dele,
para acalmar a sua ira destruidora.  



João 11,19-27.

Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para lhes darem os pêsames pelo seu irmão.
Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada em casa.
Marta disse, então, a Jesus: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido.
Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá.»
Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará.»
Marta respondeu-lhe: «Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último dia.»
Disse-lhe Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto?»
Ela respondeu-lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Sermão 103, 1.5; PL 38, 613 (trad. breviário 29/07)

«Uma mulher chamada Marta recebeu Jesus em sua casa»

«O que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25,40). […] Tu, Marta –, com tua licença o direi, e bendita sejas pelos teus bons serviços – buscas o descanso como recompensa do teu trabalho. Agora estás ocupada com muitos serviços, queres alimentar os corpos que são mortais, embora de pessoas santas. Porventura, quando chegares à outra pátria, poderás encontrar um peregrino a quem hospedar, um faminto com quem repartir o pão, um sequioso a quem dar de beber, um doente a quem visitar, algum litigante a quem reconciliar, algum morto a quem sepultar?


Lá, não haverá nada disso. Que haverá então? O que Maria escolheu: lá, seremos alimentados e não daremos alimento. Lá, há-de cumprir-se em plenitude aquilo que Maria aqui escolheu: daquela mesa opulenta, ela recolhia as migalhas da Palavra do Senhor. Quereis saber o que haverá lá? O próprio Senhor o diz a respeito dos seus servos: «Em verdade vos digo, que ele os mandará sentar à mesa e, passando no meio deles, os servirá» (Lc 12,37).







sábado, 27 de julho de 2013

Profecia do Dia


Domingo, dia 28 de Julho de 2013

17º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Décimo Sétimo Domingo do Tempo Comum

S. Vítor I, papa, +199, Beata Maria Teresa Kowalska, virgem e mártir, +1941

Comentário do dia
Juliana de Norwich : «Batei e abrir-se-vos-á»

Gén. 18,20-32.

Naqueles dias, disse o Senhor: «O clamor de Sodoma e Gomorra é imenso e o seu pecado agrava-se extremamente.
Vou descer a fim de ver se, na realidade, a conduta deles corresponde ao brado que chegou até mim. E se não for assim, sabê-lo-ei.»
Os homens partiram dali, e encaminharam-se para Sodoma. Abraão, porém, continuava ainda na presença do Senhor.
Abraão aproximou-se e disse: «E será que vais exterminar, ao mesmo tempo, o justo com o culpado?
Talvez haja cinquenta justos na cidade; matá-los-ás a todos? Não perdoarás à cidade, por causa dos cinquenta justos que nela podem existir?
Longe de ti proceder assim e matar o justo com o culpado, tratando-os da mesma maneira! Longe de ti! O juiz de toda a Terra não fará justiça?»
O Senhor disse: «Se encontrar em Sodoma cinquenta justos perdoarei a toda a cidade, por causa deles.»
Abraão prosseguiu: «Pois que me atrevi a falar ao meu Senhor, eu que sou apenas cinza e pó, continuarei.
Se, por acaso, para cinquenta justos faltarem cinco, destruirás toda a cidade, por causa desses cinco homens?» O Senhor respondeu: «Não a destruirei, se lá encontrar quarenta e cinco justos.»
Abraão insistiu ainda e disse: «Talvez não se encontrem nela mais de quarenta.» O Senhor disse: «Não destruirei a cidade, em atenção a esses quarenta.»
Abraão voltou a dizer: «Que o Senhor não se irrite, por eu continuar a insistir. Talvez lá se encontrem trinta justos.» O Senhor respondeu: «Se lá encontrar trinta justos, não o farei.»
Abraão prosseguiu: «Perdoa, meu Senhor, a ousadia que tenho de te falar. Talvez não se encontrem lá mais de vinte justos.» O Senhor disse: «Em atenção a esses vinte justos, não a destruirei.»
Abraão insistiu novamente: «Que o meu Senhor não se irrite; não falarei, porém, mais do que esta vez. Talvez lá não se encontrem senão dez.» E Deus respondeu: «Em atenção a esses dez justos, não a destruirei.»


Salmos 138(137),1-2.2-3.6-7.7-8.

Dou-te graças, Senhor, de todo o coração,
na presença dos poderosos te hei-de louvar.
Inclino-me voltado para o teu santo templo
e louvarei o teu nome,
pela vossa bondade e fidelidade;
exaltais acima de tudo o Vosso nome
e engrandeceis a Vossa palavra.


Quando te invoquei, atendeste-me
aumentaste as forças da minha alma.
O Senhor é excelso, mas repara no humilde
e reconhece de longe o soberbo.  

Quando estou em angústia,
conservas-me a vida;
estendes a mão contra a ira dos meus inimigos,
e a tua mão direita me salva.


O Senhor tudo fará por mim!
Ó Senhor, o teu amor é eterno!
Não abandones a obra das tuas mãos!



Coloss. 2,12-14.

Irmãos: Sepultados com Ele no Baptismo, foi também com Ele que fostes ressuscitados, pela fé que tendes no poder de Deus, que O ressuscitou dos mortos.
A vós, que estáveis mortos pelas vossas faltas e pela incircuncisão da vossa carne, Deus deu-vos a vida juntamente com Ele: perdoou-nos todas as nossas faltas,
anulou o documento que, com os seus decretos, era contra nós; aboliu-o inteiramente, e cravou-o na cruz.


Lucas 11,1-13.

Naquele tempo, estava Jesus em oração em certo lugar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos.»
Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino;
dá-nos o nosso pão de cada dia;
perdoa os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixes cair em tentação.»
Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo e for ter com ele a meio da noite e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães,
pois um amigo meu chegou agora de viagem e não tenho nada para lhe oferecer',
e se ele lhe responder lá de dentro: 'Não me incomodes, a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados; não posso levantar-me para tos dar'.
Eu vos digo: embora não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar.»
«Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á;
porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á.
Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente?
Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa
Revelações do amor divino, cap. 41

«Batei e abrir-se-vos-á»

Nosso Senhor fez-me uma revelação sobre a oração. Vi que ela assenta em duas condições: a rectidão e uma confiança firme. Muitas vezes, a nossa confiança não é total. Não temos a certeza de Deus nos escutar, pois pensamos que somos indignos e além disso não sentimos nada. Muitas vezes, depois de rezarmos, estamos tão secos e estéreis como estávamos antes. A nossa fraqueza vem desta consciência de sermos tontos, como eu própria a experimentei. Tudo isso, Nosso Senhor mo apresentou de repente ao espírito e disse-me: «Eu sou a origem da tua súplica. Primeiro, sou Eu que quero fazer-te esse dom, seguidamente faço de modo a que tu mesma o queiras. Incito-te a implorar e tu imploras: portanto, como é possível que não obtenhas o que pedes?»


Nosso Senhor deu-me assim um grande conforto. […] Quando me disse: «e tu imploras», mostrou-me o grande prazer que Lhe dá a nossa súplica e a recompensa infinita que nos dará em resposta à nossa oração. Quando declarou: «como é possível que não obtenhas?», é como se fosse uma impossibilidade não recebermos a graça e a misericórdia, quando a pedimos. Com efeito, tudo o que Nosso Senhor nos leva a implorar, já o encomendou para nós eternamente. Por aqui podemos ver que não é a nossa súplica a causa da bondade que Ele nos testemunha […]: «Eu sou a origem da tua súplica». […]


A oração é um acto deliberado, verdadeiro e perseverante da nossa alma, que se une e se liga à vontade de Nosso Senhor, por obra suave e secreta do Espírito Santo. Parece-me que Nosso Senhor começa por receber pessoalmente a nossa oração, tomando-a com grande reconhecimento e grande alegria, levando-a para o céu e depositando-a num tesouro onde ela jamais perecerá. Ela aí fica, em face de Deus e de todos os santos, continuamente acolhida, a ajudar-nos continuamente nas nossas necessidades. E, quando entrarmos na bem-aventurança, ser-nos-á devolvida, contribuindo para a nossa alegria, com um agradecimento infinito e glorioso da parte de Deus.







sexta-feira, 26 de julho de 2013

Profecia do Dia


Sabado, dia 27 de Julho de 2013

Sábado da 16ª semana do Tempo Comum

Santa Natália e companheiros, mártires, +852, S. Pantaleão, mártir, séc. III, S. Celestino I, +432

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: «Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa»

Ex. 24,3-8.

Naqueles dias, Moisés veio e relatou ao povo todas as palavras do Senhor e todas as normas, e todo o povo respondeu a uma só voz, e disse: «Poremos em prática todas as palavras que o Senhor pronunciou.»
Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. Levantou-se de manhã cedo e construiu um altar no sopé da montanha, e doze estelas pelas doze tribos de Israel.
E enviou os jovens dos filhos de Israel, e ofereceram holocaustos e sacrificaram ao Senhor novilhos como sacrifícios de comunhão.
Moisés tomou metade do sangue e colocou-o em bacias, e metade do sangue espalhou-o sobre o altar.
Tomou o Livro da Aliança e leu-o na presença do povo, que disse: «Tudo o que o Senhor disse, nós o faremos e obedeceremos.»
Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo: «Eis o sangue da aliança que o Senhor concluiu convosco, mediante todas estas palavras.»


Salmos 50(49),1-2.5-6.14-15.

O Senhor, Deus dos deuses, falou
e convocou a terra, desde o nascente até ao poente.
De Sião, cheia de beleza, Deus refulgiu,
O nosso Deus vem e não Se calará.

"Reuni junto a mim os que me são fiéis,
os que selaram a minha aliança com um sacrifício."
Até os céus proclamarão a sua justiça,
porque Deus é quem julga.

Oferece a Deus um sacrifício de louvor
e cumpre as promessas feitas ao Altíssimo.
Invoca-me no dia da tribulação;
Eu te livrarei e tu Me glorificarás."



Mateus 13,24-30.

Naquele tempo, Jesus propôs à multidão mais esta parábola: «O Reino do Céu é comparável a um homem que semeou boa semente no seu campo.
Ora, enquanto os seus homens dormiam, veio o inimigo, semeou joio no meio do trigo e afastou-se.
Quando a haste cresceu e deu fruto, apareceu também o joio.
Os servos do dono da casa foram ter com ele e disseram-lhe: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?'
'Foi algum inimigo meu que fez isto' respondeu ele. Disseram-lhe os servos: 'Queres que vamos arrancá-lo?'
Ele respondeu: 'Não, para que não suceda que, ao apanhardes o joio, arranqueis o trigo ao mesmo tempo.
Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa; e, na altura da ceifa, direi aos ceifeiros: Apanhai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; e recolhei o trigo no meu celeiro.'»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Igreja «Lumen gentium», § 33 (rev)

«Deixai um e outro crescer juntos, até à ceifa»

Unidos no Povo de Deus, e constituídos no corpo único de Cristo sob uma só cabeça (1Cor 12,12; Col 2,19), os leigos, sejam quais forem, são todos chamados a concorrer como membros vivos, com todas as forças que receberam da bondade do Criador e por graça do Redentor, para o crescimento da Igreja e sua contínua santificação.


O apostolado dos leigos é participação na própria missão salvadora da Igreja, e todos são a ele destinados pelo Senhor, por meio do Baptismo e da Confirmação. E os sacramentos, sobretudo a sagrada Eucaristia, comunicam e alimentam aquele amor para com Deus e para com os homens que é a alma de todo o apostolado. Mas os leigos são especialmente chamados a tornar a Igreja presente e activa naqueles locais e circunstâncias em que só por meio deles ela pode ser o sal da terra (Mt 5,13). Deste modo, todo e qualquer leigo, pelos dons que lhe foram concedidos, é ao mesmo tempo testemunha e instrumento vivo da missão da própria Igreja, «segundo a medida concedida por Cristo» (Ef 4,7). […]


Incumbe, portanto, a todos os leigos a magnífica tarefa de trabalhar para que o desígnio de salvação atinja cada vez mais os homens de todos os tempos e lugares. Esteja-lhes, pois, amplamente aberto o caminho, a fim de que, segundo as próprias forças e as necessidades dos tempos, também eles participem com ardor na acção salvadora da Igreja.







quinta-feira, 25 de julho de 2013

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 26 de Julho de 2013

S. Joaquim e Santa Ana

Santos Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora

Comentário do dia
Beato Guerric de Igny : Maria, a terra boa que dá fruto

Sirac 44,1.10-15.

Louvemos os homens ilustres, nossos antepassados, segundo as suas gerações.
Porém, aqueles foram homens de misericórdia, cujas obras de piedade não foram esquecidas.
Na sua descendência permanecem os seus bens, e a sua herança passa à sua posteridade.
Os seus descendentes mantiveram-se fiéis à Aliança, os seus filhos também, graças a eles.
A sua posteridade permanecerá para sempre, e a sua glória não terá fim.
Os seus corpos foram sepultados em paz, e o seu nome vive de geração em geração;
Os povos proclamarão a sua sabedoria, e a assembleia cantará os seus louvores.


Salmos 132(131),11.13-14.17-18.

O Senhor fez um juramento a David,
uma promessa a que não faltará:
«Hei-de colocar no teu trono
um descendente da tua família.

O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«Este será para sempre o meu lugar de repouso,
aqui habitarei, porque o escolhi.

Ali farei surgir descendência para David
e farei brilhar a luz do meu ungido.
Cobrirei de vergonha os seus inimigos,
mas sobre ele farei brilhar o seu diadema.»




Mateus 13,16-17.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram, e ouvir o que estais a ouvir, e não ouviram.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense
2º sermão para a Anunciação; SC 202

Maria, a terra boa que dá fruto

O Verbo, a Palavra de Deus, fez-Se carne e habitou entre nós (Jo 1,14). […] A Sabedoria de Deus (1Cor 1,24) começou a construir para Si a morada (Prov 9,1) de um corpo como o nosso no seio da Virgem […]; sem a cooperação de homem, tomou do corpo da Virgem a carne destinada à nossa redenção. E o Senhor dos exércitos está connosco (Sl 45,8) desde este dia, o Deus de Jacob é a nossa força, porque o Senhor tomou a nossa condição humana para que a glória habite na nossa terra (Sl 84,2).Sim, Senhor, Tu abençoaste a terra, a terra abençoada entre todas as mulheres (Lc 1,28). Tu difundiste a graça do Espírito Santo para que a nossa terra dê o fruto das suas entranhas (Sl 84,13) e para que, do orvalho descido dos céus sobre o seio virginal, germine o Salvador (Is 45,8). Esta terra tinha sido amaldiçoada por causa do Mentiroso (Jo 8,44) e, mesmo quando era trabalhada, dela nasciam espinhos e cardos para os herdeiros da maldição (Gn 3,17-18). Mas hoje a terra foi abençoada pela presença do Redentor, e produz para todos a remissão dos pecados e o fruto da vida, apagando nos filhos de Adão a marca da maldição original.Sim, ela é abençoada, esta terra absolutamente virgem que, sem ter sido tocada, nem cavada, nem semeada, fez germinar o Salvador apenas do orvalho do céu, e fornece aos homens o pão dos anjos, alimento de vida eterna. Esta terra não cultivada parecia estar descarnada, mas tinha oculta em si uma colheita abundante (Sl 77,25); parecia um deserto inabitado, mas era um paraíso de delícias. Sim, este lugar solitário era o jardim onde Deus encontrava toda a sua alegria.







quarta-feira, 24 de julho de 2013

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 25 de Julho de 2013

S. Tiago, apóstolo – Festa

S. Tiago Maior, apóstolo, mártir, S. Cristóvão, mártir, séc. III

Comentário do dia
Santo Agostinho : «Podeis beber o cálice que Eu vou beber?»

2 Cor. 4,7-15.

Irmãos: Nós trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso.
Em tudo somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados.
Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifesta no nosso corpo.
Estando ainda vivos, estamos continuamente expostos à morte por causa de Jesus, para que a vida de Jesus seja manifesta também na nossa carne mortal.
Assim, em nós opera a morte, e em vós a vida.
Animados do mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: Acreditei e por isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos,
sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos há-de ressuscitar com Jesus, e nos fará comparecer diante dele junto de vós.
E tudo isto faço por vós, para que a graça, multiplicando-se na comunidade, faça aumentar a acção de graças, para a glória de Deus.


Salmos 126(125),1-2.2-3.4-5.6.

Quando o Senhor mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
A nossa boca encheu-se de sorrisos
e a nossa língua de canções.
Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas.»


Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas;
por isso, exultamos de alegria.
Transforma, Senhor, o nosso destino,
como as chuvas transformam o deserto do Négueb.

Aqueles que semeiam com lágrimas,
vão recolher com alegria.
À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta vêm a cantar,
trazendo molhos de espigas.



Mateus 20,20-28.

Naquele tempo, aproximou-se então de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu, com os seus filhos, e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer um pedido.
«Que queres?» perguntou-lhe Ele. Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino.»
Jesus retorquiu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Eles responderam: «Podemos.»
Jesus replicou-lhes: «Na verdade, bebereis o meu cálice; mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado.»
Ouvindo isto, os outros dez ficaram indignados com os dois irmãos.
Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores, e que os grandes exercem sobre elas o seu poder.
Não seja assim entre vós. Pelo contrário, quem entre vós quiser fazer se grande, seja o vosso servo; e
quem, no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo.
Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Sermão para a consagração de um bispo, Guelferbytanus nº 32; PLS 2, 637

«Podeis beber o cálice que Eu vou beber?»

«Cristo deu a sua vida por nós, e nós também devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos» (1Jo 3,16). […] Jesus disse a Pedro: «Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres» (Jo 21,18). É a cruz que Ele lhe havia prometido, é a Paixão. «Sobe, diz o Senhor, apascenta as minhas ovelhas, sofre pelas minhas ovelhas.» É assim que deve ser um bom bispo. Se não o for, não será bispo. […]


Ouve outro testemunho. Dois dos seus discípulos, os irmãos João e Tiago, filhos de Zebedeu, aspiravam aos primeiros lugares. […] O Senhor respondeu-lhes: «Não sabeis o que pedis.» E acrescentou: «Podeis beber o cálice que Eu vou beber?» E que cálice era esse, senão o da Paixão? […] E eles, ávidos de honras, esquecidos da sua fraqueza, imediatamente dizem: «Podemos.» Ele replicou-lhes: «Na verdade, bebereis o meu cálice; mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado.» […] Deu assim prova da sua humildade; na verdade, tudo o que o Pai prepara é também preparado pelo Filho. […] Ele veio humilde: Ele, o Criador, foi criado entre nós; Ele, que nos fez, foi feito para nós. Deus antes do tempo, homem no tempo, libertou o homem do tempo. Este grande médico veio curar o nosso cancro […]; veio curar o próprio orgulho pelo seu exemplo.


É a isso que devemos estar atentos no Senhor: olhemos a sua humildade, bebamos o cálice da sua humildade, aprendamos dele, contemplemo-Lo. É fácil ter pensamentos nobres, é fácil apreciar as honras, é fácil ouvir os aduladores e os que nos elogiam. Mas ouvir insultos, suportar pacientemente as humilhações, orar por aqueles que nos ofendem (Mt 5,39-44), isso é o cálice do Senhor, isso é o banquete do Senhor.







terça-feira, 23 de julho de 2013

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 24 de Julho de 2013

Quarta-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Santa Cristina, virgem e mártir, séc. IV, Beato João Soreth, religioso, presbítero, +1471, S. Charbel (Sarbélio) Makhluf, presbítero, +1898, Santa Cristina, religiosa, +1224

Comentário do dia
Isaac: «Cem por um»

Ex. 16,1-5.9-15.

Naqueles dias, toda a comunidade dos filhos de Israel partiram de Elim e chegou ao deserto de Sin, Elim e o Sinai, no décimo quinto dia do segundo mês, após a sua saída da terra do Egipto.
Toda a comunidade dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Aarão no deserto.
Os filhos de Israel disseram-lhes: «Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egipto, quando estávamos descansados junto da panela de carne, quando comíamos com fartura! Mas vós fizestes-nos sair para este deserto para fazer morrer de fome toda esta assembleia!»
O Senhor disse a Moisés: «Eis que vou fazer chover do céu pão para vós. O povo sairá e recolherá em cada dia a porção de um dia. Isto é para o pôr à prova e ver se andará, ou não, na minha lei.
No sexto dia, quando prepararem o que tiverem trazido, haverá o dobro daquilo que recolhem em cada dia.»
Moisés disse a Aarão: «Diz a toda a comunidade dos filhos de Israel: 'Aproximai-vos do Senhor, porque Ele ouviu as vossas murmurações.'»
Enquanto Aarão falava a toda a comunidade dos filhos de Israel, eles voltaram-se para o deserto, e eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem.
O Senhor falou a Moisés, dizendo:
«Ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Fala-lhes, dizendo: 'Ao crepúsculo comereis carne, e pela manhã saciar-vos-eis de pão, e conhecereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus.'»
À tardinha caíram tantas codornizes que cobriram o acampamento, e pela manhã havia uma camada de orvalho ao redor do acampamento.
A camada de orvalho levantou, e eis que à superfície do deserto havia uma substância fina e granulosa, fina como geada sobre a terra.
Os filhos de Israel viram e disseram uns aos outros: «Que é isto?», pois não sabiam o que era aquilo. Disse-lhes Moisés: «Isto é o pão que o Senhor vos deu para comer.


Salmos 78(77),18-19.23-24.25-26.27-28.

Provocaram a Deus em seus corações,
reclamando manjares, segundo os seus apetites.
Murmuraram contra Ele, dizendo:
«Será Deus capaz de nos preparar a mesa no deserto?»

Logo deu ordens às nuvens,
e abriram-se as portas do céu.
Fez descer o maná para comida,
dando-lhes do trigo dos céus.

Comeram todos o pão dos fortes;
enviou-lhes comida em abundância.  
Fez soprar dos céus o vento leste
e, com o seu poder, fez vir o vento sul.

Fez chover do céu carne como grãos de poeira,
e aves tão numerosas como as areias do mar.
Fê-las cair no meio do acampamento,
ao redor das suas tendas.



Mateus 13,1-9.

Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se à beira-mar.
Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia.
Jesus falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear.
Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves e comeram-nas.
Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda;
mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram.
Outras caíram entre espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas.
Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta.
Aquele que tiver ouvidos, oiça!»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Isaac, o Sírio (século VII), monge perto de Mossul
Discursos ascéticos, série 1, nº 32

«Cem por um»

Da mesma forma que todo o poder das leis e dos mandamentos que Deus deu aos homens se realiza na pureza de coração, como disseram os Padres, assim todos os modos e todas as formas pelas quais o homem reza a Deus se concretizam na oração pura. Os gemidos, as prosternações, as súplicas, as lamentações, todas as formas de que se pode revestir a oração têm na verdade como objectivo a oração pura. […] A reflexão deixa de ter algo que a sustente: nem oração, nem movimento, nem lamentação, nem poder, nem liberdade, nem súplica, nem desejo, nem prazer naquilo que espera nesta vida ou no mundo que há-de vir; depois da oração pura, já não há outra oração. […] Acima desse limite, já não é oração, é maravilhamento: a oração cessa e começa a contemplação. […]


A oração é a semente, a contemplação e a recolha dos frutos. O semeador maravilha-se ao ver o inexprimível: como é que, a partir dos pequenos grãos nus que semeou, brotam subitamente diante de si espigas florescentes? A vista da colheita tolhe-lhe os movimentos. […]


Do mesmo modo que só um homem em mil cumpre menos mal os mandamentos e as coisas da Lei e consegue atingir a pureza da alma, assim também só um em mil é digno de atingir com muita vigilância a oração pura, de atravessar o limite e de descobrir este mistério. Pois não é dado a muitos mas a poucos conhecer a oração pura.







segunda-feira, 22 de julho de 2013

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 23 de Julho de 2013

Sta. Brígida

Santa Brígida, religiosa, patrona da Europa, +1373

Comentário do dia
Beato João Paulo II : A santidade de Brígida da Suécia, mãe de família e depois religiosa

Gálatas 2,19-20.

Irmãos: Por meio da Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. com Cristo estou crucificado.
Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim.


Salmos 34(33),2-11.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que nele se refugia.

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.



João 15,1-8.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a  verdadeira vide e o meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda.
Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado.
Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem.
Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá.
Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Exortação apostólica «Ecclesia in Europa» § 14 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)

A santidade de Brígida da Suécia, mãe de família e depois religiosa

Fruto da conversão realizada pelo Evangelho é a santidade de muitos homens e mulheres do nosso tempo; não só daqueles que foram proclamados oficialmente santos pela Igreja, mas também dos que, com simplicidade e no dia-a-dia da existência, deram testemunho da sua fidelidade a Cristo. Como não pensar aos inumeráveis filhos da Igreja que, ao longo da história do continente europeu, viveram uma santidade generosa e autêntica no mais recôndito da vida familiar, profissional e social?


Todos eles, como «pedras vivas» aderentes a Cristo, «pedra angular» (1Ped 2,5-6; Ef 2,20), construíram a Europa como edifício espiritual e moral, deixando aos vindouros a herança mais preciosa. O Senhor Jesus havia prometido: «Aquele que acredita em Mim fará também as obras que Eu faço; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o Pai'» (Jo 14, 12). Os santos são a prova viva da realização desta promessa, e ajudam a crer que isto é possível mesmo nos momentos mais difíceis da história.







domingo, 21 de julho de 2013

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 22 de Julho de 2013

Sta. Maria Madalena, discípula – Memória Obrigatória

Santa Maria Madalena, discípula de Jesus

Comentário do dia
São Bernardo : «Quem procuras?»

Cânt. dos Cânt. 3,1-4.

Eis o que diz a esposa: «No meu leito, toda a noite, procurei aquele que o meu coração ama; procurei-o e não o encontrei.
Vou levantar-me e dar voltas pela cidade: pelas praças e pelas ruas, procurarei aquele que o meu coração ama. Procurei-o e não o encontrei.
Encontraram-me os guardas que fazem ronda pela cidade: «Vistes aquele que o meu coração ama?»
Mal me apartei deles, logo encontrei aquele que o meu coração ama. Abracei-o e não o largarei até fazê-lo entrar na casa de minha mãe, no quarto daquela que me gerou.


Salmos 63(62),2.3-4.5-6.8-9.

Ó Deus, Tu és o meu Deus: desde a aurora Vos procuro
A minha alma tem sede de Ti;
todo o meu ser anela por Ti,
como terra árida, sequiosa, sem água.

Quero contemplar-Te no santuário,
para ver o teu poder e a tua glória.
O teu amor vale mais do que a vida;
por isso, os meus lábios Te hão-de louvar.  

Quero bendizer-Te toda a minha vida
e em teu louvor levantar as minhas mãos.
A minha alma será saciada com deliciosos manjares,
com vozes de júbilo Te louvarei.

Porque Tu és o meu auxílio,
e à sombra das Tuas asas eu exulto.
A minha alma está unida a Ti,
a tua mão direita me sustenta.



João 20,1-2.11-18.

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava.
Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Maria estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do túmulo,
e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés.
Perguntaram-lhe: «Mulher, porque choras?» E ela respondeu: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram.»
Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele.
E Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? Quem procuras?» Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: «Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo.»
Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: «Rabbuni!» que quer dizer: «Mestre!»
Jesus disse-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: 'Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.'»
Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, n º 28, 9

«Quem procuras?»

Só o sentido da audição pode alcançar a verdade, porque só ele ouve a palavra. […] «Não Me toques», diz o Senhor, isto é, perde o hábito de confiar nos teus sentidos enganosos, apoia-te nas minhas palavras, acostuma-te à fé. A fé não se pode enganar, compreende as coisas invisíveis e não sofre da pobreza dos sentidos. A fé ultrapassa os limites da razão humana, os usos da natureza, os limites da experiência. Porque queres aprender com os olhos o que eles não podem saber? E porque se esforça a tua mão por sondar o que nunca atingirá? É tão pouco o que uns e outra dão a conhecer de Mim! É a fé que compete pronunciar-se a meu respeito sem diminuir a minha majestade; aprende a acreditar com mais certeza e a seguir com mais confiança o que ela te diz.


«Não Me toques, pois ainda não subi para o Pai.» Como se devesse ou pudesse deixar-Se tocar quando fosse elevado; sim, sem dúvida que poderá ser tocado, mas só pelo coração e não pelas mãos, pelo desejo e não com os olhos, pela fé e não pelos sentidos. «Porque procuras tocar-Me agora [...]? Não te lembras de que, quando Eu ainda era mortal, os olhos dos meus discípulos não puderam aguentar a glória do meu corpo transfigurado, que ainda tinha de morrer? Faço-te ainda o favor de te mostrar a minha condição de servo (Fil 2,7), mas doravante a minha glória afasta-Me de ti. […] Suspende pois o teu julgamento […], reserva à fé o esclarecimento de tão grande mistério. […] Para seres digna de Me tocar, tens de Me contemplar sentado à direita de meu Pai (Mc 16,19; Sl 109,1), não mais na minha condição de abaixamento, mas no meu estado glorificado. Trata-se do mesmo corpo, mas sob outro aspecto. Porque queres tocar-Me na minha fealdade? Espera pelo momento em que poderás fazê-lo na minha beleza.»







sábado, 20 de julho de 2013

Profecia do Dia


Domingo, dia 21 de Julho de 2013

16º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Décimo Sexto Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)

S. Lourenço de Brindisi (Brindes), religioso, Doutor da Igreja, +1619

Comentário do dia
Santo Ambrósio : Juntas, Marta e Maria acolhem a Sabedoria de Deus (1Co 1,24)

Gén. 18,1-10.

Naqueles dias, o Senhor apareceu a Abraão junto dos carvalhos de Mambré. Abraão estava sentado à porta da sua tenda, durante as horas quentes do dia.
Abraão ergueu os olhos e viu três homens de pé em frente dele. Imediatamente correu da entrada da tenda ao seu encontro, prostrou-se por terra
e disse: «Meu Senhor, se mereci o teu favor, peço-te que não passes adiante, sem parar em casa do teu servo.
Permite que se traga um pouco de água para vos lavar os pés; e descansai debaixo desta árvore.
Vou buscar um bocado de pão e, quando as vossas forças estiverem restauradas, prosseguireis o vosso caminho, pois não deve ser em vão que passastes junto do vosso servo.» Eles responderam: «Faz como disseste.»
Abraão foi, sem perda de tempo, à tenda onde se encontrava Sara e disse-lhe: «Depressa, amassa já três medidas de flor de farinha e coze uns pães no borralho.»
Correu ao rebanho, escolheu um vitelo dos mais tenros e gordos e entregou-o ao servo, que imediatamente o preparou.
Tomou manteiga, leite e o vitelo já pronto e colocou-o diante deles. E ficou de pé junto dos estranhos, debaixo da árvore, enquanto eles comiam.
Então, disseram-lhe: «Onde está Sara, tua mulher?» Ele respondeu: «Está aqui na tenda.»
Um deles disse: «Passarei novamente pela tua casa dentro de um ano, nesta mesma época; e Sara, tua mulher, terá já um filho.» Ora, Sara estava a escutar à entrada da tenda, mesmo por trás dele.


Salmos 15(14),2-3.3-4.5.

Aquele que leva uma vida sem mancha,
pratica a justiça e diz a verdade com todo o coração;
o que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante

o que despreza com o seu olhar os ímpios,
mas estima os que temem o Senhor;
o que não falta ao seu juramento, mesmo desvantajoso

e que não empresta o seu dinheiro com usura,
nem se deixa subornar contra o inocente.
Quem assim proceder não há-de sucumbir para sempre.



Coloss. 1,24-28.

Irmãos: Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja.
Foi dela que eu me tornei servidor, segundo a missão que Deus me confiou para vosso benefício: levar à plena realização a Palavra de Deus,
o mistério escondido ao longo das gerações e que agora Deus manifestou aos seus santos.
Deus quis dar-lhes a conhecer a imensa riqueza da glória deste mistério entre os gentios: Cristo entre vós, a esperança da glória!
É a Ele que anunciamos, admoestando e ensinando todos e cada homem com toda a sabedoria, para apresentar a Deus todos os homens na sua perfeição em Cristo.


Lucas 10,38-42.

Naquele tempo, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome Marta, recebeu-O em sua casa.
Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra.
Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se, disse: «Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.»
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas;
mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de São Lucas, 7, 85-86; SC 52

Juntas, Marta e Maria acolhem a Sabedoria de Deus (1Co 1,24)

A virtude não tem apenas um rosto. O exemplo de Marta e de Maria mostram-nos a devoção activa nas obras de uma, e a atenção religiosa do coração à palavra de Deus na outra. Se a tal atenção estiver unida uma fé profunda, ela é preferível às obras: «Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada». Esforcemo-nos portanto, também nós, por possuir aquilo que ninguém nos poderá tirar, escutando com ouvido atento e não distraído; porque por vezes acontece que o grão da palavra vinda do céu é tirado, se for semeado à beira do caminho (Lc 8, 5.12).


Anima-te pois pelo desejo de sabedoria, como Maria: essa é uma obra maior, mais perfeita. Que as preocupações com o serviço não te impeçam de acolher a palavra vinda do céu. Não critiques nem tenhas por ociosos os que vires ocupados em adquirir a sabedoria, pois Salomão, esse homem de paz, convidou-a para sua casa para que ficasse com ele (Sb 9,10). Não se trata, porém, de reprovar a Marta os seus bons serviços: Maria tem preferência porque escolheu uma parte melhor. Jesus tem múltiplas riquezas, e distribui-as com prodigalidade; a mulher mais sábia reconheceu e escolheu o que é mais importante.


Também os apóstolos entenderam que era preferível não abandonar a palavra de Deus para servir às mesas (Act 6,2). Mas ambas as coisas são obras de sabedoria: Estêvão foi escolhido como servo, como diácono, e estava cheio de sabedoria (Act 6,5.8). […]. Com efeito, o corpo da Igreja é um, e se os seus membros são diversos, têm necessidade uns dos outros: «Não pode o olho dizer à mão: «não tenho necessidade de ti», nem tão-pouco a cabeça dizer aos pés: «não tenho necessidade de vós» (1Cor 12,21). […] Se alguns membros são mais importantes, os outros são todavia necessários. A sabedoria reside na cabeça; a actividade, nas mãos.







sexta-feira, 19 de julho de 2013

Profecia do Dia


Sabado, dia 20 de Julho de 2013

Sábado da 15ª semana do Tempo Comum

Elias, profeta, séc. IX a.C., S. Apolinário, bispo, mártir, séc. II

Comentário do dia
São Cirilo de Alexandria : «Aqui está o meu servo»

Ex. 12,37-42.

Naqueles dias, os filhos de Israel partiram de Ramsés para Sucot:eram cerca de seiscentas mil pessoas que iam a pé, sem contar as crianças.
Também uma turba numerosa partiu com eles, juntamente com ovelhas, bois e gado em grande quantidade.
Eles cozeram a farinha amassada com que tinham saído do Egipto em bolos sem fermento, pois não tinha fermento. Tinham, na verdade, sido expulsos do Egipto, e não puderam demorar-se; nem sequer fizeram provisões para eles.
A estadia dos filhos de Israel que residiram no Egipto foi de quatrocentos e trinta anos.
No final dos quatrocentos e trinta anos, precisamente naquele dia, saíram todos os exércitos do Senhor da terra do Egipto.
Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando Ele os fez sair da terra do Egipto. Esta noite do Senhor será de vigília para todos os filhos de Israel nas suas gerações.


Salmos 136(135),1.23-24.10-12.13-15.

Louvai o SENHOR, porque Ele é bom,
porque o seu amor é eterno!  
Não se esqueceu de nós, na nossa humilhação,
porque o seu amor é eterno!  
livrou-nos dos nossos opressores,
porque o seu amor é eterno!  

Feriu os primogénitos dos egípcios,
porque o seu amor é eterno!  
Tirou Israel do meio deles,
porque o seu amor é eterno!  
Com a sua mão forte e o seu braço estendido,
porque o seu amor é eterno!  

Dividiu ao meio o Mar dos Juncos,
porque o seu amor é eterno!  
Fez passar Israel através dele,
porque o seu amor é eterno!  
Afundou o Faraó e o seu exército,
porque o seu amor é eterno!  



Mateus 12,14-21.

Naquele tempo, os fariseus reuniram conselho contra Jesus, a fim de O fazerem desaparecer.
Quando soube disso, Jesus afastou-se dali. Muitos seguiram-no e Ele curou-os a todos,
ordenando-lhes que o não dessem a conhecer.
Assim se cumpriu o que fora anunciado pelo profeta Isaías:
Aqui está o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se deleita. Derramarei sobre Ele o meu espírito, e Ele anunciará a minha vontade aos povos.
Não discutirá nem bradará, e ninguém ouvirá nas praças a sua voz.
Não há-de quebrar a cana fendida, nem apagar a mecha que fumega, até conduzir a minha vontade à vitória.
E, no seu nome, hão-de esperar os povos!



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Sermão 15, 2-4

«Aqui está o meu servo»

O mistério da nossa salvação é tão vasto, tão profundo, tão admirável, que os próprios anjos aspiram a compreendê-lo (1Pe 1,12). [...] Pois, sendo Deus por natureza, o Verbo verdadeiro de Deus Pai (Jo 1,1), da mesma substância e com Ele co-eterno, brilhando no mais alto da sua glória «na condição e na igualdade com Deus», Cristo «não Se valeu dessa igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio, assumindo a condição de servo» e, nascendo de Santa Maria, «apareceu como homem e rebaixou-Se até à morte, e morte de cruz» (Fil 2,6-8).


Humilha-Se assim, para nossa humildade, Aquele que dá a todos os homens da sua própria plenitude. Rebaixa-Se por nós, não por constrangimento, mas de sua própria vontade. Por nós toma a condição de escravo Aquele que é a liberdade em pessoa. Torna-Se um como nós Aquele que está acima de toda a Criação. Submete-Se à morte Aquele que dá a vida ao mundo. [...] Como nós torna-Se sujeito à Lei (Gal 4,4) Aquele que, sendo Deus, transcende toda a Lei. Pelo seu nascimento torna-Se um homem como os outros. Começa a existir Aquele que precede todos os séculos e todas as épocas, mais, Aquele que é o próprio Criador e origem do tempo [...]. Aquele que foi gerado em Maria [...] é da nossa natureza e da nossa substância e da mesma descendência de Abraão. Mas é também, no plano divino, da mesma natureza que Deus Pai.







quinta-feira, 18 de julho de 2013

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 19 de Julho de 2013

Sexta-feira da 15ª semana do Tempo Comum
Nossa Senhora, Mãe da Divina Graça

Santas Justa e Rufina, mártires, +287, Santo Arsénio, eremita, +séc. V

Comentário do dia
Homilia atribuída a São Macário : «O Filho do Homem até do Sábado é Senhor»

Ex. 11,10.12,1-14.

Naqueles dias, Moisés e Aarão realizaram nuitos prodígios diante do faraó. Mas o Senhor permitiu que se endurecesse o coração do faraó, e ele não deixou partir do seu país os filhos de Israel.
O Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto:
«Este mês será para vós o primeiro dos meses; ele será para vós o primeiro dos meses do ano.
Falai a toda a comunidade de Israel, dizendo que, aos dez deste mês, tomará cada um deles um animal do rebanho para a família, um animal do rebanho por casa.
Se a família for pouco numerosa para um animal do rebanho, tomar-se-á com o vizinho mais próximo da casa, segundo o número das pessoas; calculareis o animal do rebanho conforme o que cada um puder comer.
O animal do rebanho para vós será sem defeito, um macho, filho de um ano, e tomá-lo-eis de entre os cordeiros ou de entre os cabritos.
Vós o tereis sob guarda até ao dia catorze deste mês, e toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao crepúsculo.
Tomar-se-á do sangue e colocar-se-á sobre as duas ombreiras e sobre o dintel da porta das casas em que ele se comerá.
Comer-se-á a carne naquela noite; comer-se-á assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas.
Não a comereis nem crua nem cozida na água, mas assada no fogo, a cabeça com as patas e as entranhas.
Não deixareis dela nada até pela manhã; e o que restar dela pela manhã, queimá-lo-eis no fogo.
Comê-la-eis desta maneira: os rins cingidos, as sandálias nos pés, e o cajado na mão. Comê-la-eis à pressa. É a Páscoa em honra do Senhor.
E Eu atravessarei a terra do Egipto naquela noite, e ferirei todos os primogénitos na terra do Egipto, desde os homens até aos animais, e contra todos os deuses do Egipto farei justiça, Eu, o Senhor.
E o sangue será para vós um sinal nas casas em que vós estais. Eu verei o sangue e passarei ao largo; e não haverá contra vós nenhuma praga de extermínio, quando Eu ferir a terra do Egipto.
Aquele dia será para vós um memorial, e vós festejá-lo-eis como uma festa em honra do Senhor. Ao longo das vossas gerações, a deveis festejar como uma lei perpétua.


Salmos 116(115),12-13.15-16bc.17-18.

Como retribuirei ao Senhor
todos os seus benefícios para comigo? 
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. 

É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.

Oferecer-vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Cumprirei com as minhas promessas ao senhor,
na presença de todo o seu povo



Mateus 12,1-8.

Naquele tempo, Jesus passou através das searas em dia de sábado e os discípulos, sentindo fome, começaram a apanhar e a comer espigas.
Ao verem isso, os fariseus disseram-lhe: «Aí estão os teus discípulos a fazer o que não é permitido ao sábado!»
Mas Ele respondeu-lhes: «Não lestes o que fez David, quando sentiu fome, ele e os que estavam com ele?
Como entrou na casa de Deus e comeu os pães da oferenda, que não lhe era permitido comer, nem aos que estavam com ele, mas unicamente aos sacerdotes?
E nunca lestes na Lei que, ao sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e ficam sem culpa?
Ora, Eu digo vos que aqui está quem é maior que o templo.
E, se compreendêsseis o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício, não teríeis condenado estes que não têm culpa.
O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Homilia atribuída a São Macário (?-390), monge do Egipto
Homília 35

«O Filho do Homem até do Sábado é Senhor»

Na Lei dada através de Moisés, […] Deus ordenava a todos que descansassem e que não fizessem qualquer trabalho ao Sábado. Mas isto era «imagem e sombra» (Heb 8,5) do verdadeiro Sábado, que é atribuído à alma pelo Senhor. Efectivamente, a alma que foi julgada digna do verdadeiro Sábado deixa de se dedicar às suas preocupações indignas e mesquinhas, e descansa delas, celebrando o verdadeiro Sábado e gozando do verdadeiro descanso, liberta de todas as obras das trevas. […]


Outrora, estava prescrito que até os animais privados de razão descansassem ao Sábado: o boi não devia ser sujeito ao jugo nem o burro transportar carga, porque até os próprios animais repousavam dos trabalhos penosos. Vindo até nós e dando-nos o verdadeiro e eterno Sábado, o Senhor trouxe o descanso à alma que andava carregada e oprimida com o peso do pecado e que, sob coação, realizava obras de injustiça, sujeita que estava a cruéis senhores. Ele aliviou-a do peso intolerável das ideias vãs e miseráveis, livrou-a do jugo amargo das obras da injustiça, e deu-lhe o descanso.


Com efeito, o Senhor chama o homem ao descanso dizendo-lhe: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e aliviar-vos-ei» (Mt 11,28). E todas as almas que confiam e se aproximam dele […] celebram um Sábado verdadeiro, delicioso e santo, uma festa do Espírito, numa alegria e num júbilo inexprimível; e rendem a Deus um culto puro que Lhe agrada, porque vem dum coração puro. Esse é o Sábado verdadeiro e santo.







quarta-feira, 17 de julho de 2013

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 18 de Julho de 2013

Quinta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Beato Bartolomeu dos Mártires, bispo, +1590

Comentário do dia
Papa Francisco: «Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração.»

Ex. 3,13-20.

Naqueles dias, Moisés ouviu do meio da sarça a voz do Senhor e disse-Lhe: «Vou procurar os filhos de Israel e dizer-lhes: 'O Deus dos vossos pais enviou-me a vós'. Mas se me perguntarem qual é o seu nome, que hei-de responder-lhes?»
Deus disse a Moisés: «EU SOU AQUELE QUE SOU.» Ele disse: «Assim dirás aos filhos de Israel: 'Eu sou' enviou-me a vós!»
Deus disse ainda a Moisés: «Assim dirás aos filhos de Israel: 'O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, enviou-me a vós: este é o meu nome para sempre, o meu memorial de geração em geração'.
Vai, reúne os anciãos de Israel e diz-lhes: 'O Senhor, Deus dos vossos pais, Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, apareceu-me e disse: Observei-vos com atenção e vi o que vos tem sido feito no Egipto,
e Eu disse para comigo: Far-vos-ei subir da opressão do Egipto para a terra do cananeu, do hitita, do amorreu, do perizeu, do heveu, do jebuseu, para a terra que mana leite e mel'.
Eles escutarão a tua voz, e tu irás, tu e os anciãos de Israel, à presença do rei do Egipto, e dir-lhe-eis: 'O Senhor, Deus dos hebreus, saiu ao nosso encontro; e agora permite-nos fazer uma peregrinação de três dias pelo deserto, para oferecermos sacrifícios ao Senhor, nosso Deus.'
Eu bem sei que o rei do Egipto não vos deixará partir senão obrigado por mão forte.
Estenderei então a minha mão e ferirei o Egipto com todas as maravilhas que farei no meio dele. Depois disso, deixar-vos-á partir.


Salmos 105(104),1.5.8-9.24-25.26-27.

Louvai o Senhor, aclamai o seu nome,
anunciai entre os povos as suas obras.
Vós, descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu escolhido.
O Senhor, é o nosso Deus,
e governa sobre a terra.

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac.
Deus multiplicou grandemente o seu povo
e tornou-o mais forte que os seus inimigos.

Mudou-lhes o coração e eles odiaram o povo de Deus
e trataram com perfídia os seus servos.  
Deus enviou então o seu servo Moisés
e Aarão, seu escolhido,  
que realizaram maravilhas no meio deles
e milagres no país de Cam.  



Mateus 11,28-30.

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito.
Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Papa Francisco
Homilia de 19/03/2013, Missa de inauguração do pontificado (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

«Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração.»

Queridos Irmãos e Irmãs […], o centro da vocação cristã é Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! Entretanto, a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por todas as criaturas de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e de cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades […]. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus! […]Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo da bondade, nem mesmo da ternura!







terça-feira, 16 de julho de 2013

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 17 de Julho de 2013

Quarta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Beato Inácio de Azevedo e companheiros, mártires, +1570, Beato Nicolau Dinis, mártir, +1570, Beato Bento de Castro, mártir, +1570

Comentário do dia
Guilherme de Saint-Thierry : «... e as revelaste aos pequeninos»

Ex. 3,1-6.9-12.

Naqueles dias, Moisés  apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madian. Ao levar o rebanho para além do deserto, e chegou ao monte de Deus, Horeb.
O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama de fogo, no meio da sarça. Ele olhou e viu, e eis que a sarça ardia no fogo mas não era devorada.
Moisés disse: «Vou adentrar-me para ver esta grande visão: por que razão não se consome a sarça?»
O Senhor viu que ele se adentrava para ver; e Deus chamou-o do meio da sarça: «Moisés! Moisés!» Ele disse: «Eis-me aqui!»
Ele disse: «Não te aproximes daqui; tira as tuas sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa.»
E continuou: «Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.» Moisés escondeu o seu rosto, porque tinha medo de olhar para Deus.
E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e vi também a tirania que os egípcios exercem sobre eles.
E agora, vai; Eu te envio ao faraó, e faz sair do Egipto o meu povo, os filhos de Israel.»
Moisés disse a Deus: «Quem sou eu para ir ter com o faraó e fazer sair os filhos de Israel do Egipto?»
Ele disse: «Eu estarei contigo. Este é para ti o sinal de que Eu te enviei: quando tiveres feito sair o povo do Egipto, servireis a Deus sobre esta montanha.»


Salmos 103(102),1-2.3-4.6-7.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor,
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor,
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

É Ele quem perdoa as tuas culpas
e cura todas as tuas enfermidades.
É Ele quem resgata a tua vida do túmulo
e te enche de graça e de ternura.

O Senhor faz justiça   
e defende o direito de todos os oprimidos.  
Revelou a Moisés os seus caminhos  
e aos filhos de Israel os seus prodígios.  



Mateus 11,25-27.

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.
Sim, ó Pai, porque isso foi do teu agrado.
Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense
Espelho da fé, 6; PL 180, 384; SC 301 (trad. Breviário)

«... e as revelaste aos pequeninos»

Tu, alma fiel, quando à tua fé se apresentam mistérios demasiado profundos e a tua natureza estremece, diz sem medo, não com espírito de contradição, mas com desejo de ser ilustrado: Como pode ser isto? (Lc 1,34) Converta-se a tua pergunta em oração, em amor, em piedade, em desejo humilde; não seja perscrutar o que tem de mais alto a majestade de Deus, mas procurar a salvação nos meios salutares que Deus nos oferece. […]Ninguém conhece o que há em Deus, a não ser o Espírito de Deus (1Cor 2,11). Corre, pois, a participar do Espírito Santo. Ele torna-Se presente logo que é invocado; mais ainda, não poderia ser invocado se não estivesse já presente. E, quando é invocado, vem e traz consigo a abundância da bênção de Deus. É essa a corrente impetuosa do rio que alegra a cidade de Deus (Sl 45,5). E, quando Ele vier, se te encontrar humilde e tranquilo e cheio de respeito pelas palavras de Deus, repousará sobre ti (Lc 1,35); revelar-te-á o que Deus Pai oculta aos sábios e prudentes deste mundo. Então começará a brilhar aos teus olhos aquilo que a Sabedoria (1Cor 1,24) pôde ensinar na terra aos seus discípulo, mas que eles não puderam compreender enquanto não veio o Espírito de verdade, que lhes havia de ensinar a verdade plena (Jo 16,12-13).