domingo, 27 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 28 de Janeiro de 2013
Segunda-feira da 3ª semana do Tempo Comum

S. Tomás de Aquino, presb., Doutor da Igreja, +1274



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : O pecado contra o Espírito Santo

Leituras

Heb. 9,15.24-28.


Por isso, Ele é o mediador de uma nova aliança, um novo testamento; para que, intervindo a morte para a remissão das transgressões cometidas sob a primeira aliança, os chamados recebam a herança eterna prometida.
Na realidade, Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, figura do verdadeiro santuário, mas entrou no próprio céu, para se apresentar agora diante de Deus em nosso favor.
E nem entrou para se oferecer a si mesmo muitas vezes, tal como o Sumo Sacerdote, que entra cada ano no santuário com sangue alheio;
nesse caso, deveria ter sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo. Agora, porém, na plenitude dos tempos, apareceu uma só vez para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
E, assim como está determinado que os homens morram uma só vez e depois tenha lugar o julgamento,
assim também Cristo, que se ofereceu uma só vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, não já por causa do pecado, mas para dar a salvação àqueles que o esperam.


Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.


Todos os confins da terra viram a salvação do nosso Deus.  

Cantai ao Senhor um cântico novo,  
pelas maravilhas que Ele operou
A sua mão e o seu santo braço  
Lhe deram a vitória.


Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai a Deus, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a Vitória.


Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso rei.





Marcos 3,22-30.


Naquele tempo, os doutores da Lei, que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.»
Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás?
Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar;
e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir.
Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim.
Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa.
Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado;
mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.»
Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dominum et vivificantem», § 46 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)

O pecado contra o Espírito Santo

Por que razão é a blasfémia contra o Espírito Santo imperdoável? Em que
sentido devemos entender esta blasfémia? São Tomás de Aquino responde que
se trata de um pecado «imperdoável por sua própria natureza, porque exclui
aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados». De
acordo com esta exegese, a blasfémia não consiste propriamente em ofender o
Espírito Santo com palavras; consiste antes na recusa de aceitar a salvação
que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo, que age em
virtude do sacrifício da Cruz. Se o homem rejeita deixar-se «convencer
quanto ao pecado», convicção que provém do Espírito Santo (Jo 16,8) e tem
carácter salvífico, rejeita simultaneamente a «vinda» do Consolador (Jo
16,7), aquela «vinda» que se efectuou no mistério da Páscoa, em união com o
poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que «purifica a consciência
das obras mortas» (Heb 9,14).Sabemos que o fruto desta purificação é a
remissão dos pecados. Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue
(1Jo 5,8) permanece nas «obras mortas», no pecado. E a blasfémia contra o
Espírito Santo consiste exactamente na recusa radical de aceitar esta
remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão
verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado
contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura,
é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à
«não-penitência», isto é, à recusa radical a converter-se. [...] A
blasfémia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que
reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — seja ele qual
for — e recusa por isso mesmo a redenção. O homem fica fechado no pecado,
tornando impossível da sua parte a própria conversão e também,
consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou
não importante para a sua vida. É uma situação de ruína espiritual, porque
a blasfémia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em
que ele próprio se fechou.




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