terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 30 de Janeiro de 2013
Quarta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Santa Jacinta Mariscotti, v., +1640,  Santa Batilde, viúva, +680



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bernardo : «O Semeador semeia a Palavra»

Leituras

Heb. 10,11-18.


Todo o sacerdote da antiga aliança se apresenta diariamente para oferecer o culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca poderão perdoar os pecados.
Cristo, porém, depois de oferecer pelos pecados um único sacrifício, sentou-se para sempre à direita de Deus,
esperando, por último, que os seus inimigos sejam postos como estrado dos seus pés.
De facto, com uma só oferta, Ele tornou perfeitos para sempre os que são santificados.
É o que o Espírito Santo também nos atesta. De facto, depois disse:
Esta é a aliança que estabelecerei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: 'Porei as minhas leis nos seus corações e gravá-las-ei nas suas mentes;
e não mais me recordarei dos seus pecados nem das suas iniquidades.'
Ora, onde há perdão dos pecados, já não há necessidade de oferenda pelos pecados.


Salmos 110(109),1.2.3.4.


Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Disse o Senhor ao meu senhor:
«Senta-te à minha direita,
e Eu farei dos teus inimigos um estrado para os teus pés.»

De Sião, o Senhor estenderá
o ceptro do teu poder.
Dominarás os teus inimigos na batalha!
A tua família é de nobres, desde o dia em que nasceste;
no esplendor do santuário,
das entranhas da madrugada, como orvalho, Eu te gerei.

O Senhor jurou e não voltará atrás:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec.»


Marcos 4,1-20.


Naquele tempo, Jesus começou a ensinar de novo começou à beira-mar. Uma enorme multidão veio agrupar-se junto dele e, por isso, teve de subir para um barco e sentar-Se nele, no mar, ficando a multidão em terra, junto ao mar.
Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas e dizia nos seus ensinamentos:
«Escutai: o semeador saiu a semear.
Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho e vieram as aves e comeram-na.
Outra caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra e logo brotou, por não ter profundidade de terra;
mas, quando o sol se ergueu, foi queimada e, por não ter raiz, secou.
Outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, sufocaram-na, e não deu fruto.
Outra caiu em terra boa e, crescendo e vicejando, deu fruto e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um.»
E dizia: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça.»
Ao ficar só, os que o rodeavam, juntamente com os Doze, perguntaram-lhe o sentido da parábola.
Respondeu: «A vós é dado conhecer o mistério do Reino de Deus; mas, aos que estão de fora, tudo se lhes propõe em parábolas,
para que ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam, não vão eles converter-se e ser perdoados.»
E acrescentou: «Não compreendeis esta parábola? Como compreendereis então todas as outras parábolas?
O semeador semeia a palavra.
Os que estão ao longo do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; e, mal a ouvem, chega Satanás e tira a palavra semeada neles.
Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria,
mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes e, quando surge a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, logo desfalecem.
Outros há que recebem a semente entre espinhos; esses ouvem a palavra,
mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e as restantes ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica infrutífera.
Aqueles que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, a recebem, dão fruto e produzem a trinta, a sessenta e a cem por um.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão para a Natividade de Maria «O Aqueduto», §§13, 18

«O Semeador semeia a Palavra»

Irmãos, devemos esforçar-nos para que a Palavra saída da boca do Pai e
vinda até nós por intermédio da Virgem Maria não regresse vazia (cf Is
55,11), mas para Lhe devolvermos graça por graça através desta mesma
Virgem. Tragamos pois sem cessar ao nosso espírito a lembrança do Pai
durante todo o tempo em que estivermos reduzidos a suspirar pela Sua
presença. Façamos regressar à sua fonte os fluxos da graça, para que eles
voltem mais abundantes. [...]


Tendes o Senhor no espírito; então não vos caleis, não fiqueis em silêncio
a Seu respeito. Aqueles que já vivem na Sua presença não têm necessidade
desta advertência [...]; mas os que vivem ainda na fé devem ser exortados a
não responder a Deus pelo silêncio. Porque «o Senhor fala, Ele tem
promessas de paz para o Seu povo», para os Seus amigos, que já não voltarão
ao desvario (Sl 84,9). Ele ouve aqueles que O ouvem; Ele falará aos que Lhe
falam. Mas ficará em silêncio se ficais em silêncio, se não O glorificais.
«Pus guardas que não se calarão nem de dia nem de noite. Vós, os que
recordais o Senhor, não repouseis e não O deixeis descansar até que Ele
restabeleça Jerusalém e dela faça a glória da terra» (Is 62,6-7). Porque o
louvor de Jerusalém é doce e belo. [...]


Mas, seja qual for a oferenda que apresentais a Deus, lembrai-vos de a
confiar a Maria, para que a graça suba à sua fonte pelo mesmo canal que
no-la trouxe. [...] Cuidai em oferecer a Deus o pouco que tendes para Lhe
dar pelas mãos de Maria, essas mãos puríssimas e dignas de receber o melhor
acolhimento.




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