domingo, 3 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 04 de Fevereiro de 2013
Segunda-feira da 4ª semana do Tempo Comum

S. João de Brito, presbítero e mártir, +1693



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato Charles de Foucauld : «Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti»

Leituras

Heb. 11,32-40.


Irmãos: Que mais direi? Faltar-me-ia o tempo se quisesse falar acerca de Gedeão, Barac, Sansão, Jefté, David e Samuel e dos profetas,
os quais, pela fé, conquistaram reinos, exerceram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca de leões,
extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza, recobraram a força, tornaram-se fortes na guerra, e puseram em fuga exércitos estrangeiros.
Algumas mulheres recuperaram os seus mortos por meio da ressurreição. Alguns foram torturados, não querendo aceitar a libertação, para obterem uma ressurreição melhor;
outros sofreram a prova dos escárnios e dos flagelos, das cadeias e da prisão.
Foram apedrejados, serrados ao meio, mortos ao fio da espada; andaram errantes cobertos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, atribulados e maltratados;
homens de quem o mundo não era digno, andaram vagueando pelos desertos, pelos montes, pelas grutas e pelas cavidades da terra.
E todos estes, apesar de terem recebido um bom testemunho, graças à sua fé, não alcançaram a realização da promessa,
porque Deus tinha previsto algo de melhor para nós, de modo que eles não alcançassem a perfeição sem nós.


Salmos 31(30),20.21.22.23.24.


Tende coragem e animai-vos, vós todos que esperais no Senhor.

Como é grande, Senhor, a tua bondade,
que tens reservada para os que Te temem!
À vista dos homens Tu a concedes
àqueles que em Ti confiam.

Ao abrigo da tua face, Tu os guardas
das intrigas dos homens;
na tua tenda os defendes
contra as línguas maldizentes.

Bendito seja o SENHOR, que, pelo seu amor,
fez maravilhas por mim na cidade fortificada.


Na minha ansiedade, eu dizia:
"Fui banido da tua presença."
Tu, porém, ouviste o brado da minha súplica,
quando eu te invoquei.

Amai o Senhor,
todos vós, que sois seus amigos!
O Senhor protege os seus fiéis,
mas castiga com rigor os orgulhosos.



Marcos 5,1-20.


Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos chegaram à outra margem do mar, à região dos gerasenos.
Logo que Jesus desceu do barco, veio ao seu encontro, saído dos túmulos, um homem possesso de um espírito maligno.
Tinha nos túmulos a sua morada, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com uma corrente,
pois já fora preso muitas vezes com grilhões e correntes, e despedaçara os grilhões e quebrara as correntes; ninguém era capaz de o dominar.
Andava sempre, dia e noite, entre os túmulos e pelos montes, a gritar e a ferir-se com pedras.
Avistando Jesus ao longe, correu, prostrou-se diante dele
e disse em alta voz: «Que tens a ver comigo, ó Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te, por Deus, que não me atormentes!»
Efectivamente, Jesus dizia: «Sai desse homem, espírito maligno.»
Em seguida, perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?» Respondeu: «O meu nome é Legião, porque somos muitos.»
E suplicava-lhe insistentemente que não o expulsasse daquela região.
Ora, ali próximo do monte, andava a pastar uma grande vara de porcos.
E os espíritos malignos suplicaram a Jesus: «Manda-nos para os porcos, para entrarmos neles.»
Jesus consentiu. Então, os espíritos malignos saíram do homem e entraram nos porcos, e a vara, cerca de uns dois mil, precipitou-se do alto no mar e ali se afogou.
Os guardas dos porcos fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos. As pessoas foram ver o que se passara.
Ao chegarem junto de Jesus, viram o possesso sentado, vestido e em perfeito juízo, ele que estivera possuído de uma legião; e ficaram cheias de temor.
As testemunhas do acontecimento narraram-lhes o que tinha sucedido ao possesso e o que se passara com os porcos.
Então, pediram a Jesus que se retirasse do seu território.
Jesus voltou para o barco e o homem que fora possesso suplicou-lhe que o deixasse andar com Ele.
Não lho permitiu. Disse-lhe antes: «Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti e como teve misericórdia de ti.»
Ele retirou-se, começou a apregoar na Decápole o que Jesus fizera por ele, e todos se maravilhavam.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Meditações sobre os Evangelhos, n°194

«Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti»

Quando desejarmos seguir Jesus, não nos espantemos se Ele não no-lo
permitir de imediato, ou mesmo se não no-lo permitir nunca. [...] Com
efeito, a Sua visão tem maior alcance do que a nossa; Ele quer, não só o
nosso bem, mas o bem de todos. [...]


É evidente que partilharmos a nossa vida com e como os apóstolos é um bem e
uma graça, e devemos tentar sempre aproximar-nos desta imitação da Sua
vida. Mas esta é apenas uma graça exterior; ao cumular-nos interiormente de
graça, Deus pode tornar-nos muito mais santos sem essa imitação perfeita
[...] do que com ela. Ele pode, aumentando em nós a fé, a esperança e a
caridade, tornar-nos muito mais perfeitos no mundo, ou numa ordem
[religiosa] moderada, do que o seríamos no deserto ou numa ordem austera.
[...] Se Deus não permitir que O sigamos, não fiquemos surpreendidos, nem
temerosos, nem tristes. Pensemos, antes, que Ele nos trata como tratou o
geraseno e que tem motivos muito sábios e muito ocultos para tal. O que
devemos fazer é obedecer-Lhe e fazer a Sua vontade. Aliás [...], talvez
Jesus tenha permitido que o geraseno se juntasse aos apóstolos alguns meses
ou alguns anos mais tarde.


Sempre que nos seja possível, tentemos ter a vida mais perfeita – e, por
agora, viver com perfeição a vida que Jesus nos destina, aquela onde Ele
nos quer. Vivamo-la como Ele próprio a viveria se essa fosse a vontade de
Seu Pai; façamos tudo como Ele o faria, se Seu Pai o colocasse nesta
situação. [...] A verdadeira perfeição é fazer a vontade de Deus.




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