domingo, 24 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 25 de Fevereiro de 2013
Segunda-feira da 2ª semana da Quaresma

S. Sebastião de Aparício, leigo, confessor, +1600,  S. Luis Versiglia, bispo, mártir, +1930,  S. Calisto Caravário, presbítero, mártir, +1930



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Juliana de Norwich : «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»

Leituras

Dan. 9,4b-10.


Senhor, Deus grande e temível, que és fiel à Aliança e que manténs o teu favor para com os que te amam e guardam os teus mandamentos.
Todos nós pecámos, prevaricámos, praticámos a iniquidade, fomos revoltosos, afastámo-nos dos teus mandamentos e das tuas leis.
Não escutámos os teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, aos nossos chefes, aos nossos pais e a todo o povo da nação.
Para ti, Senhor, a justiça; para nós, a infâmia, como é hoje para as gentes de Judá, para os habitantes de Jerusalém e para todo o Israel, para aqueles que estão perto e aqueles que estão longe, em todos os países por onde os espalhaste, em consequência das iniquidades que cometeram contra ti.
Sim, ó Senhor, para nós a vergonha, para os nossos reis, para os nossos chefes, para os nossos pais, porque pecámos contra ti.
No Senhor, nosso Deus, a misericórdia e o perdão, pois nos revoltámos contra Ele.
Recusámos escutar a voz do Senhor, nosso Deus; não seguimos as leis que nos propunha pela boca dos seus servos, os profetas.


Salmos 79(78),8.9.11.13.


Não recordes contra nós  
as faltas dos nossos antepassados.  
Socorre-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do teu nome;
livra-nos e perdoa-nos pelo amor do teu nome.

Chegue junto de ti  
o gemido dos cativos;  
pela grande força do teu braço
salva da morte os que estão condenados.

Nós, que somos o teu povo e ovelhas do teu rebanho,
glorificar-te-emos para sempre;
de geração em geração
cantaremos a tua glória.



Lucas 6,36-38.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»
«Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados.
Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa
Revelações do Amor Divino, cap. 48

«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»

A meu ver, a misericórdia [de Deus] consiste no amor que opera com a doçura
e a plenitude da graça, numa superabundante compaixão. Ela põe mãos à obra
para nos defender e para que todas as coisas resultem em nosso bem. Desse
modo, por amor, permite que em certa medida vacilemos; e quanto mais
vacilamos, mais caímos, e quanto mais caímos, mais morremos. [...] Apesar
disso, nunca se separa de nós o doce olhar da piedade e do amor, não cessa
nunca a obra da misericórdia.


Vi qual é o bem próprio da misericórdia e o da graça: são dois aspectos de
um único amor. A misericórdia é atributo da compaixão, proveniente duma
ternura materna; a graça é atributo da glória, proveniente do majestoso
poder do Senhor no mesmo amor. A misericórdia defende, ampara, vivifica e
cura, e em tudo isso é ternura amorosa; a graça edifica e recompensa
infinitamente mais do que o merece quer a nossa vontade, quer o nosso
trabalho, e assim propaga e manifesta a generosidade que Deus, nosso Senhor
soberano, nos prodigaliza na Sua maravilhosa afabilidade. Tudo isso provém
da abundância do Seu amor, já que a graça transforma a nossa terrível
fraqueza em abundante e infinita consolação, a nossa vergonhosa queda em
sublime e glorioso reerguer-se, a nossa triste morte em santa e
bem-aventurada vida.


Tudo isto vi, por certo: de cada vez que a nossa perversidade neste mundo
nos conduz ao sofrimento, à vergonha e à aflição, no céu, ao contrário, a
graça nos reconforta e nos conduz à glória e à felicidade; e com tal
superabundância que, ao chegarmos ao céu e recebermos a recompensa que a
graça aí preparou para nós, agradeceremos e bendiremos a Nosso Senhor, ao
mesmo tempo que nos alegraremos por termos sofrido tais adversidades. E
esse ditoso amor será de tal ordem, que conheceremos em Deus certas coisas
que nunca teríamos conhecido se não tivéssemos passado por tais provações.




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