sexta-feira, 1 de março de 2013

Profecia do Dia

Sabado, dia 02 de Março de 2013
Sábado da 2ª semana da Quaresma

Santa Inês de Praga, religiosa, +1282,  S. Simplício, papa, +483



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bento XVI : «Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.»

Leituras

Miqueias 7,14-15.18-20.


Apascenta com o cajado o teu povo, o rebanho da tua herança, os que habitam isolados nas florestas no meio dos prados. Sejam eles apascentados em Basan e Guilead, como nos dias antigos.
Mostra-nos os teus prodígios, como nos dias em que nos tiraste do Egipto.
Qual é o Deus que, como Tu, apaga a iniquidade e perdoa o pecado do resto da sua herança? Não se obstina na sua cólera, porque prefere a bondade.
Uma vez mais, terá compaixão de nós, apagará as nossas iniquidades e lançará os nossos pecados ao fundo do mar.
Mostrarás a tua fidelidade a Jacob, e a tua bondade a Abraão, como juraste a nossos pais, desde os tempos antigos.


Salmos 103(102),1-2.3-4.9-10.11-12.


Bendiz, ó minha alma, o Senhor,
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor,
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

É Ele quem perdoa as tuas culpas
e cura todas as tuas enfermidades.
É Ele quem resgata a tua vida do túmulo
e te enche de graça e de ternura.

Não está sempre a repreender-nos,
nem a sua ira dura para sempre.
Não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.    

Como é grande a distância dos céus à terra,
assim são grandes os seus favores para os que o temem.
Como o Oriente está afastado do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.



Lucas 15,1-3.11-32.


Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se de Jesus para O ouvirem.
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.»
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.' E o pai repartiu os bens entre os dois.
Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada.
Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações.
Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome!
Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti;
já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.'
E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.
O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.'
Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos,
porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.' E a festa principiou.
Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.'
Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos;
e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.'
O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Encíclica «Deus Caritas Est» §§ 12-13 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.»

A verdadeira novidade do Novo Testamento não reside em novas ideias, mas na
própria figura de Cristo, que dá carne e sangue aos conceitos — um incrível
realismo. Já no Antigo Testamento a novidade bíblica não consistia
simplesmente em noções abstractas, mas na acção imprevisível e, de certa
forma, inaudita de Deus. Esta acção de Deus ganha agora a sua forma
dramática devido ao facto de que, em Jesus Cristo, o próprio Deus vai atrás
da «ovelha perdida» (Lc 15,1ss.), a humanidade sofredora e transviada.
Quando Jesus fala, nas Suas parábolas, do pastor que vai atrás da ovelha
perdida, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro do
filho pródigo e o abraça, não se trata apenas de palavras, mas de uma
explicação do Seu próprio ser e agir. Na Sua morte de cruz, cumpre-se
aquele virar-Se de Deus contra Si próprio, com o qual Ele Se entrega para
levantar o homem e salvá-lo — o amor na sua forma mais radical. O olhar
fixo no lado trespassado de Cristo de que fala João (cf 19,37) compreende o
que serviu de ponto de partida a esta Carta Encíclica: «Deus é amor» (1 Jo
4,8). É aí que esta verdade pode ser contemplada. E, partindo daí,
pretende-se agora definir em que consiste o amor. A partir daquele olhar, o
cristão encontra o caminho do seu viver e do seu amar.Jesus deu a este acto
de oferta uma presença duradoura através da instituição da Eucaristia
durante a Última Ceia. Antecipa a Sua morte e ressurreição entregando-Se já
a Si mesmo naquela hora aos Seus discípulos, no pão e no vinho, Seu corpo e
sangue [...]. A Eucaristia arrasta-nos no acto oblativo de Jesus. [...] A
«mística» do Sacramento, que se funda no abaixamento de Deus até nós, é de
um alcance muito diverso e conduz muito mais alto do que qualquer mística
elevação do homem poderia realizar.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org