terça-feira, 5 de março de 2013

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 06 de Março de 2013
Quarta-feira da 3ª semana da Quaresma

Santo Olegário, bispo, +1136,  Santa Rosa de Viterbo, religiosa, +1252



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bento XVI : «Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição»

Leituras

Deut. 4,1.5-9.


Moisés falou ao povo, dizendo: «Agora, Israel, ouve as leis e os preceitos que eu hoje vos ensino. Ponde-os em prática para que vivais e chegueis a possuir a terra que o Senhor, Deus dos vossos pais, vos há-de dar.
Vede: ensinei-vos leis e preceitos, como o Senhor, meu Deus, me ordenou; assim fareis na terra que ides possuir.
Observai-os e ponde-os em prática, porque isso manifestará a vossa sabedoria e a vossa inteligência aos olhos dos povos que, ao terem conhecimento de todas estas leis, dirão: 'Que povo sábio e inteligente é esta grande nação!'
Com efeito, que grande nação haverá que tenha um deus tão próximo de si como está próximo de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que o invocamos?
E que grande nação haverá, que possua leis e preceitos tão justos como esta lei que eu hoje vos apresento?
Toma, pois, cuidado contigo! Guarda-te bem de esquecer os factos que os teus olhos viram; que eles nunca se afastem do teu coração em todos os dias da tua vida. Ensina-os aos teus filhos e aos filhos dos teus filhos.


Salmos 147,12-13.15-16.19-20.


Glorifica, Jerusalém, o Senhor;
louva, Sião, o teu Deus.
Ele reforçou as tuas portas
e abençoou os teus filhos.

Ele manda as suas ordens à terra,
e a sua palavra corre velozmente;
faz cair a neve, branca como a lã,
espalha a geada como se fosse cinza;

Ele revela os seus planos a Jacob,
os seus preceitos e as suas sentenças a Israel.
Não fez assim com nenhum outro povo,
não lhes deu a conhecer os seus mandamentos.



Mateus 5,17-19.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição.
Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra.
Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Discurso de 19/08/2005 na sinagoga de Colónia, Alemanha (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição»

No corrente ano comemora-se também o 40º aniversário da promulgação da
Declaração «Nostra aetate», do Concílio Ecuménico Vaticano II, que abriu
novas perspectivas nas relações judaico-cristãs, sob o signo do diálogo e
da solidariedade. No número 4 desta Declaração recordam-se as nossas raízes
comuns e o preciosíssimo património espiritual compartilhado por judeus e
cristãos. Tanto os judeus como os cristãos reconhecem em Abraão o seu Pai
na fé (cf Ga 3,7; Rm 4,11ss), e têm como ponto de referência os
ensinamentos de Moisés e dos profetas. Tanto a espiritualidade dos judeus
como a dos cristãos recebem o alimento dos Salmos. Juntamente com o
Apóstolo Paulo, os cristãos estão convencidos de que «os dons e o
chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rm 11,29; cf 9,6.11; 11,1ss). Em
consideração da raiz judaica do cristianismo [...], o meu venerado
Predecessor [...] asseverou: «Quem se encontra com Jesus Cristo, descobre o
judaísmo.» [...]Deus criou-nos a todos «à Sua imagem» (Gn 1,27) [...].
Diante de Deus, todos os homens têm a mesma dignidade, independentemente do
povo, da cultura ou da religião a que pertencem. Por este motivo, a
Declaração «Nostra aetate» fala com grande estima também dos muçulmanos e
dos fiéis pertencentes às outras religiões. Tendo como base a dignidade
humana comum de todos, a Igreja Católica «reprova como contrária ao
espírito de Cristo qualquer discriminação entre os homens, ou qualquer
perseguição feita por questões de raça ou de cor, de condição social ou de
religião» (n. 5). A Igreja está consciente do seu dever de transmitir,
tanto mediante a catequese destinada aos jovens como em todos os aspectos
da sua vida, esta doutrina às novas gerações [...]. Trata-se de uma tarefa
de especial importância, dado que nos dias de hoje, infelizmente, voltam a
surgir sinais de anti-semitismo e manifestações de várias formas de
hostilidade generalizada em relação aos estrangeiros. Como deixar de ver
nisto um motivo de preocupação e de vigilância? A Igreja Católica
compromete-se – reitero-o nesta circunstância – em prol da tolerância, do
respeito, da amizade e da paz entre todos os povos, culturas e religiões.




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