sábado, 16 de março de 2013

Profecia do Dia

Domingo, dia 17 de Março de 2013
5º Domingo da Quaresma - Ano C

S. Patrício, bispo, +461,  Beata Bárbara Maix, religiosa, +1873



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : «Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra»

Leituras

Is. 43,16-21.


Assim fala o SENHOR, que outrora abriu um caminho através do mar, uma estrada nas torrentes das águas;
que pôs em campanha carros e cavalos, tropa de soldados e chefes; caíram para nunca mais se levantarem, extinguiram-se como um pavio que se apaga:
«Não vos lembreis dos acontecimentos de outrora, não penseis mais no passado,
pois vou realizar algo de novo, que já está a aparecer: não o notais? Vou abrir um caminho no deserto, e fazer correr rios na estepe.
Glorificar-me-ão os animais selvagens, os chacais e as avestruzes, porque hei-de fazer brotar água no deserto e rios na terra árida, para dar de beber ao meu povo, o meu eleito,
o povo que Eu formei para mim, e assim hão-de proclamar os meus louvores.»


Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.


Quando o Senhor mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Quando o Senhor mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho.  
A nossa boca encheu-se de sorrisos
e a nossa língua de canções.  

Dizia-se, então, entre os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas!»
Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas;
por isso, exultamos de alegria.  

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
cono as torrentes do deserto.
Aqueles que semeiam com lágrimas,
vão recolher com alegria.  

À ida vão a chorar,
carregando e lançando as sementes;
no regresso cantam de alegria,
transportando os feixes de espigas.  

Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas;
por isso, exultamos de alegria.
Transforma, Senhor, o nosso destino,
como as chuvas transformam o deserto do Négueb.

Aqueles que semeiam com lágrimas,
vão recolher com alegria.
À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta vêm a cantar,
trazendo molhos de espigas.



Filip. 3,8-14.


Irmãos: Considero que tudo isso foi mesmo uma perda, por causa da maravilha que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor: por causa dele, tudo perdi e considero esterco, a fim de ganhar a Cristo
e nele ser achado, não com a minha própria justiça, a que vem da Lei, mas com a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus e que se apoia na fé.
Assim posso conhecê-lo a Ele, na força da sua ressurreição e na comunhão com os seus sofrimentos, conformando-me com Ele na morte,
para ver se atinjo a ressurreição de entre os mortos.
Não que já o tenha alcançado ou já seja perfeito; mas corro, para ver se o alcanço, já que fui alcançado por Cristo Jesus.
Irmãos, não me julgo como se já o tivesse alcançado. Mas uma coisa faço: esquecendo-me daquilo que está para trás e lançando-me para o que vem à frente,
corro em direcção à meta, para o prémio a que Deus, lá do alto, nos chama em Cristo Jesus.


João 8,1-11.


Jesus foi para o Monte das Oliveiras.
De madrugada, voltou outra vez para o templo e todo o povo vinha ter com Ele. Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar.
Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe certa mulher apanhada em adultério, colocaram-na no meio
e disseram-lhe: «Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante adultério.
Moisés, na Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?»
Faziam-lhe esta pergunta para o fazerem cair numa armadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra.
Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se e disse-lhes: «Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!»
E, inclinando-se novamente para o chão, continuou a escrever na terra.
Ao ouvirem isto, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava no meio deles.
Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?»
Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.» Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dives in misericordia», §2

«Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra»

«Ninguém jamais viu a Deus», escreve São João para dar maior relevo à
verdade segundo a qual «o Filho unigénito, que está no seio do Pai, é que O
deu a conhecer» (Jo 1,18). [...] A verdade revelada por Cristo a respeito
de Deus, «Pai das misericórdias» (2Co 1,3), permite-nos «vê-Lo»
particularmente próximo do homem, sobretudo quando este sofre, quando é
ameaçado no próprio coração da sua existência e da sua dignidade.


Por este motivo, na actual situação da Igreja e do mundo, muitos homens e
muitos ambientes, guiados por vivo sentido de fé, voltam-se quase
espontaneamente, por assim dizer, para a misericórdia de Deus. São
impelidos a fazê-lo certamente pelo próprio Cristo, o Qual, mediante o Seu
Espírito, continua operante no íntimo dos corações humanos. O mistério de
Deus «Pai das misericórdias» revelado por Cristo torna-se, no contexto das
hodiernas ameaças contra o homem, como que um singular apelo dirigido à
Igreja.


Pretendo acolher tal apelo; desejo inspirar-me na linguagem da revelação e
da fé, linguagem eterna e ao mesmo tempo incomparável pela sua simplicidade
e profundidade, para com ela exprimir, uma vez mais, diante de Deus e dos
homens, as grandes preocupações do nosso tempo. A revelação e a fé
ensinam-nos, efectivamente, não tanto a meditar de modo abstracto sobre o
mistério de Deus, «Pai das misericórdias», quanto a recorrer a esta mesma
misericórdia em nome de Cristo e em união com Ele. Cristo não disse,
porventura, que o nosso Pai, Aquele que «vê o que é secreto» (Mt 6,4), está
continuamente à espera, por assim dizer, de que nós, apelando para Ele em
todas as necessidades, perscrutemos cada vez mais o Seu mistério: o
mistério do Pai e do Seu amor? É meu desejo, portanto, que estas
considerações sirvam para aproximar mais de todos tal mistério e se tornem,
ao mesmo tempo, um vibrante apelo da Igreja à misericórdia, de que o homem
e o mundo contemporâneo tanto precisam. E precisam dessa misericórdia,
mesmo sem muitas vezes o saberem.




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