segunda-feira, 1 de abril de 2013

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 02 de Abril de 2013
3ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

S. Francisco de Paula, eremita, fundador, +1507,  Santa Maria do Egipto (Egipcíaca), eremita, séc. V



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Homilia monástica anónima do século XIII : «Porque choras? Quem procuras?»

Leituras

Actos 2,36-41.


No dia de Pentecostes, disse Pedro aos judeus: «Saiba toda a casa de Israel, com absoluta certeza, que Deus estabeleceu como Senhor e Messias a esse Jesus por vós crucificado.»
Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?»
Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo.
Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar.»
Com estas e muitas outras palavras, Pedro exortava-os e dizia-lhes: «Afastai-vos desta geração perversa.»
Os que aceitaram a sua palavra receberam o baptismo e, naquele dia, juntaram-se a eles cerca de três mil pessoas.


Salmos 33(32),4-5.18-19.20.22.


As palavras do Senhor são verdadeiras,
as suas obras nascem da fidelidade.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor.

Os olhos do Senhor velam pelos seus fiéis,
por aqueles que esperam na sua bondade,
para os libertar da morte
e os manter vivos no tempo da fome.

A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós, Senhor, o teu amor,
pois depositamos em ti a nossa confiança.



João 20,11-18.


Naquele tempo, Maria Madalena estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do túmulo,
e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés.
Perguntaram-lhe: «Mulher, porque choras?» E ela respondeu: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram.»
Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele.
E Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? Quem procuras?» Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: «Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo.»
Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: «Rabbuni!» que quer dizer: «Mestre!»
Jesus disse-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: 'Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.'»
Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Homilia monástica anónima do século XIII
Meditação sobre a Paixão e a Ressurreição de Cristo, 38; PL 184, 766

«Porque choras? Quem procuras?»

«Mulher, porque choras? Quem procuras?» No entanto, santos anjos, vós bem
sabeis por Quem é que ela chora e a Quem procura. Porque lhe reavivais as
lágrimas recordando-lhe a Sua memória? Mas Maria pode dar livre curso a
toda sua dor e às suas lágrimas, porque a alegria de uma consolação
inesperada se aproxima. «Ela virou-se e viu Jesus, de pé, mas não O
reconheceu.» Cena cheia de encanto e bondade, onde Aquele que é desejado e
procurado Se mostra e no entanto Se esconde. Esconde-Se para ser procurado
com maior ardor, encontrado com maior alegria, retido com mais cuidado, até
que seja introduzido na casa do amor, para aí permanecer (cf Ct 3, 4). Vede
como a Sabedoria «brincava na superfície da Terra e deliciava-me com a
humanidade» (Prov 8,31).


«Mulher, porque choras? Quem procuras?» Tens Aquele que procuras e não o
sabes? Tens a verdadeira alegria eterna, e choras? Tens em ti Aquele que
procuras fora de ti. Estás no exterior de um túmulo, a chorar, quando o Meu
túmulo é o teu coração; Eu não estou morto, mas repouso aí, vivo para toda
a eternidade. A tua alma é o Meu jardim. Tinhas razão em pensar que eu era
o jardineiro. Novo Adão, cultivo o Meu paraíso e guardo-o. As tuas
lágrimas, o teu amor e o teu desejo são obra Minha. Tens-Me em ti sem o
saberes: é por isso que Me procuras fora de ti. Vou, por conseguinte,
aparecer-te também aí, para te fazer entrar em ti mesma, para que encontres
no interior Aquele que procuras fora de ti.




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