quarta-feira, 3 de abril de 2013

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 04 de Abril de 2013
5ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

Santo Isidoro de Sevilha, bispo, Doutor da Igreja, +636



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Paulo VI : «A paz esteja convosco!»

Leituras

Actos 3,11-26.


Naqueles dias, o coxo de nascença que tinha sido curado não largava Pedro e João e todo o povo, cheio de assombro, acorreu para junto deles, ao pórtico de Salomão.
Ao ver isto, Pedro dirigiu a palavra ao povo: «Homens de Israel, porque vos admirais com isto? Porque nos olhais, como se tivéssemos feito andar este homem por nosso próprio poder ou piedade,?
O Deus de Abraão, de Isaac e Jacob, o Deus dos nossos pais, glorificou o seu servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a libertá-lo.
Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação de um assassino.
Destes a morte ao Príncipe da Vida, mas Deus ressuscitou-o dos mortos, e disso nós somos testemunhas.
Pela fé no seu nome, este homem, que vedes e conheceis, recobrou as forças. Foi a fé que dele nos vem que curou completamente este homem na vossa presença.
Agora, irmãos, sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes.
Dessa forma, Deus cumpriu o que antecipadamente anunciara pela boca de todos os profetas: que o seu Messias havia de padecer.
Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam apagados;
e, assim, o Senhor vos conceda os tempos de conforto, quando Ele enviar aquele que vos foi destinado, o Messias Jesus,
que deve permanecer no Céu até ao momento da restauração de todas as coisas, de que Deus falou outrora pela boca dos seus santos profetas.
Moisés disse: 'O Senhor Deus suscitar-vos-á um Profeta como eu, de entre os vossos irmãos. Escutá-lo-eis em tudo quanto vos disser.
Quem não escutar esse Profeta, será exterminado do meio do povo.'
E, por outro lado, todos os profetas que falaram desde Samuel anunciaram igualmente estes dias.
Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus concluiu com os vossos pais, quando disse a Abraão: 'Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da Terra.'
Foi primeiramente para vós que Deus suscitou o seu Servo e o enviou para vos abençoar e para se afastar cada um de vós das suas más acções.»


Salmos 8,2a.5.6-7.8-9.


Ó Senhor, nosso Deus,
como é admirável o teu nome em toda a terra!
que é o homem para que te lembres dele,
o filho do homem para dele te ocupares?

Quase fizeste dele um ser divino;  
de glória e de honra o coroaste;
deste-lhe domínio sobre as obras das Tuas mãos,
tudo submeteste a seus pés.

Ovelhas e bois, todos os rebanhos,
e até animais selvagens,
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que se move nos oceanos.



Lucas 24,35-48.


Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.
Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.»
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa que se coma?»
Deram-lhe um bocado de peixe assado;
e, tomando-o, comeu diante deles.
Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.»
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia;
que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém.
Vós sois as testemunhas destas coisas.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978
Audiência Geral de 9 de Abril de 1975

«A paz esteja convosco!»

Fixemos agora a nossa atenção na saudação imprevista de Jesus ressuscitado
aos Seus discípulos recolhidos à porta fechada no Cenáculo com medo dos
judeus (Jo 20,19), saudação repetida por três vezes no mesmo contexto
evangélico e que, à época, devia ser uma saudação habitual, mas que,
proferida nas circunstâncias mencionadas, se reveste de uma extraordinária
plenitude. Por certo vos lembrais dela: «A paz esteja convosco!», na qual
ressoa o canto angélico do Natal: «paz na terra» (Lc 2,14). Trata-se de uma
saudação bíblica, pré-anunciada como promessa efectiva do reino messiânico
(Jo 14,27), mas agora comunicada como uma realidade declarada a esse
primeiro núcleo da Igreja nascente: a paz, a paz de Cristo, saído vitorioso
da morte e das causas, quer imediatas, quer afastadas, dos tremendos e
desconhecidos efeitos que ela encerra.


Jesus Ressuscitado anuncia, assim, a paz e infunde-a ao desconcertado ânimo
dos discípulos [...], a paz do Senhor, entendida no seu significado
primordial, tanto pessoal quanto interior, tanto moral quanto psicológico,
inseparável da felicidade, que São Paulo enumera na sua lista dos frutos do
Espírito Santo logo após a caridade e a alegria, quase se confundindo com
elas (Gl 5,22). Esta feliz fusão não é estranha à nossa experiência
espiritual comum; é até a melhor resposta à interrogação sobre o estado da
nossa consciência, quando somos capazes de dizer «a minha consciência está
em paz». O que haverá de mais precioso para o homem honesto na sua
consciência? [...]


A paz da consciência é, assim, a melhor e a mais autêntica felicidade, que
nos ajuda a sermos fortes nas adversidades, nos resguarda a nobreza e a
liberdade nas piores condições, e é para todos a tábua de salvação, porque
é esperança [...] quando o desespero tende a levar a melhor. [...] O
incomparável dom da paz interior é, assim, o primeiro dom de Cristo
Ressuscitado aos Seus, dom de Quem havia imediatamente instituído [...] o
sacramento que dá a paz, o sacramento do perdão, desse perdão que
ressuscita (Jo 20,23).




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