quinta-feira, 11 de abril de 2013

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 12 de Abril de 2013
Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa

Nossa Senhora dos Prazeres,  S. Victor de Braga, mártir, +300,  Beato Lourenço Mendes, religioso, séc. XIII,  Santa Teresa de Jesus Fernandez Solar, religiosa, +1920



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Cardeal Joseph Ratzinger : «Dai-lhes vós de comer» (Mt 14,16)

Leituras

Actos 5,34-42.


Naqueles dias, ergueu-se, então, um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor da Lei, respeitado por todo o povo. Mandou sair os acusados por alguns momentos
e, tomando a palavra, disse: «Homens de Israel, tende cuidado com o que ides fazer a esses homens!
Nos últimos tempos, apareceu Teudas, que se dizia alguém e ao qual seguiram cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários foram destroçados e reduzidos a nada.
Depois dele, apareceu também Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e arrastou o povo atrás dele. Morreu, igualmente, e todos os seus adeptos foram dispersos.
E, agora, digo-vos: não vos metais com esses homens, deixai-os. Se o seu empreendimento é dos homens, esta obra acabará por si própria;
mas, se vem de Deus, não conseguireis destruí-los, sem correrdes o risco de entrardes em guerra contra Deus.» Concordaram, então, com as suas palavras.
Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar, proibiram-lhes de falar no nome de Jesus e libertaram-nos.
Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria, por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus.
E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa-Nova de Jesus, o Messias.


Salmos 27(26),1.4.13-14.


O Senhor é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O Senhor é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?

O Senhor é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O Senhor é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?  

Creio, firmemente, vir a contemplar
a bondade do Senhor na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte,
tem coragem e confia no Senhor.



João 6,1-15.


Naquele tempo, Jesus foi para a outra margem do lago da Galileia, ou de Tiberíades.
Seguia-o uma grande multidão, porque presenciavam os sinais miraculosos que realizava em favor dos doentes.
Jesus subiu ao monte e sentou-se ali com os seus discípulos.
Estava a aproximar-se a Páscoa, a festa dos judeus.
Erguendo o olhar e reparando que uma grande multidão viera ter com Ele, Jesus disse então a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para esta gente comer?»
Dizia isto para o pôr à prova, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Filipe respondeu-lhe:
«Duzentos denários de pão não chegam para cada um comer um bocadinho.»
Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro:
«Há aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?»
Jesus disse: «Fazei sentar as pessoas.» Ora, havia muita erva no local. Os homens sentaram-se, pois, em número de uns cinco mil.
Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os pelos que estavam sentados, tal como os peixes, e eles comeram quanto quiseram.
Quando se saciaram, disse aos seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca».
Recolheram-nos, então, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada que sobejaram aos que tinham estado a comer.
Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus tinha feito, dizia: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!»
Por isso, Jesus, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013)
Meditationen zur Karwoche, 1969

«Dai-lhes vós de comer» (Mt 14,16)

No pão da eucaristia recebemos a multiplicação inesgotável dos pães do amor
de Jesus Cristo, que é suficientemente rico para saciar a fome de todos os
séculos, e que procura assim a colocar-nos, também a nós, ao serviço desta
multiplicação dos pães. Os poucos pães de cevada da nossa vida poderão
parecer inúteis, mas o Senhor precisa deles e pede-no-los.


Tal como a própria Igreja, também os sacramentos são fruto do grão de trigo
que morre (Jo 12,24). Para os receber, temos de entrar no movimento de onde
eles provêm. Este movimento consiste em nos perdermos a nós próprios, sem o
que não nos podemos encontrar: «Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e
quem perder a sua vida por Mim e pelo Evangelho salvá-la-á» (Mc 8,35). Esta
palavra do Senhor é a fórmula fundamental da vida cristã [...]; a forma
característica da vida cristã vem-lhe da cruz. A abertura cristã ao mundo,
tão enaltecida actualmente, só pode encontrar o seu verdadeiro modelo no
lado aberto do Senhor (Jo 19,34), expressão deste amor radical, que é o
único capaz de salvar.


Do lado perfurado de Jesus crucificado saíram sangue e água. O que, à
primeira vista, é sinal de morte, sinal do mais completo fracasso,
constitui ao mesmo tempo um começo novo: o Crucificado ressuscita e não
morre. Das profundezas da morte surgiu a promessa da vida eterna. Por cima
da cruz de Jesus Cristo resplandece já a claridade vitoriosa da manhã de
Páscoa. É por isso que viver com Ele sob o signo da cruz é sinónimo de
viver sob a promessa da alegria pascal.




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