sábado, 13 de abril de 2013

Profecia do Dia

Domingo, dia 14 de Abril de 2013
3º Domingo da Páscoa - Ano C

Terceiro Domingo do Tempo Pascal (semana III do saltério)
S. Pedro Gonçalves Telmo, confessor, +1246,  Santa Ludovina (Liduina), virgem, +1433,  Santo Abôndio



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Magno : «Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem»

Leituras

Actos 5,27b-32.40b-41.


Naqueles dias, o Sumo Sacerdote, falou aos apóstolos e
disse: «Proibimo-vos formalmente de ensinardes nesse nome, mas vós enchestes Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem.»
Mas Pedro e os Apóstolos responderam: «Importa mais obedecer a Deus do que aos homens.
O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem matastes, suspendendo-o num madeiro.
Foi a Ele que Deus elevou, com a sua direita, como Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
E nós somos testemunhas destas coisas, juntamente com o Espírito Santo, que Deus tem concedido àqueles que lhe obedecem.»
Trouxeram novamente os Apóstolos e, depois de os mandarem açoitar, proibiram-lhes de falar no nome de Jesus e libertaram-nos.
Quanto a eles, saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria, por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus.


Salmos 30(29),2.4.5-6.11.12a.13b.


Senhor, eu te enalteço, porque me salvaste
e não permitiste que os inimigos se rissem de mim.
Senhor, livraste a minha alma da mansão dos mortos,
poupaste-me a vida, para eu não descer ao túmulo.

Cantai salmos ao Senhor, vós que o amais,
e dai-lhe graças, lembrando a sua santidade.
A sua indignação dura apenas um instante,
mas a sua benevolência é para toda a vida.
Ao cair da noite, vem o pranto;
e, ao amanhecer, volta a alegria.  

Ouve-me, Senhor, tem compaixão de mim;
Senhor, vem em meu auxílio.
Tu converteste o meu pranto em festa,
tiraste-me o luto e vestiste-me de júbilo.



Apoc. 5,11-14.


Eu, João, na visão que tive, ouvi a voz de uma multidão angélica, à volta do trono, dos seres viventes e dos anciãos; o seu número era de miríades de miríades, milhares de milhares e
cantavam com voz forte: «O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder e a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória e o louvor.»
Ouvi também todas as criaturas do céu, da terra e de debaixo da terra, do mar e de tudo quanto neles existe, que proclamavam: «Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, sejam dados o louvor, a honra, a glória e a fortaleza pelos séculos dos séculos.»
E os quatro seres viventes diziam: «Ámen.» E os anciãos prostraram-se em adoração.


João 21,1-19.


Naquele tempo, Jesus apareceu outra vez aos discípulos, junto ao lago de Tiberíades, e manifestou-se deste modo:
estavam juntos Simão Pedro, Tomé, a quem chamavam o Gémeo, Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar.» Eles responderam-lhe: «Nós também vamos contigo.» Saíram e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Jesus disse-lhes, então: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam-lhe: «Não.»
Disse-lhes Ele: «Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar.» Lançaram-na e, devido à grande quantidade de peixes, já não tinham forças para a arrastar.
Então, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: «É o Senhor!» Simão Pedro, ao ouvir que era o Senhor, apertou a capa, porque estava sem mais roupa, e lançou-se à água.
Os outros discípulos vieram no barco, puxando a rede com os peixes; com efeito, não estavam longe da terra, mas apenas a uns noventa metros.
Ao saltarem para terra, viram umas brasas preparadas com peixe em cima e pão.
Jesus disse-lhes: «Trazei dos peixes que apanhastes agora.»
Simão Pedro subiu à barca e puxou a rede para terra, cheia de peixes grandes: cento e cinquenta e três. E, apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.
Disse-lhes Jesus: «Vinde almoçar.» E nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-lhe: «Quem és Tu?», porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus aproximou-se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe.
Esta já foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.
Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta os meus cordeiros.»
Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-me?» Ele respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.» Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.»
E perguntou-lhe, pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu és deveras meu amigo?» Pedro ficou triste por Jesus lhe ter perguntado, à terceira vez: 'Tu és deveras meu amigo?' Mas respondeu-lhe: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!» E Jesus disse-lhe: «Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres.»
E disse isto para indicar o género de morte com que ele havia de dar glória a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: «Segue-me!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, n º 24

«Ao romper do dia, Jesus apresentou-se na margem»

Que simboliza o mar, senão o mundo actual, batido pelas ondas tumultuosas
das nossas ocupações e pelos turbilhões de uma vida caduca? E o que
representa a margem firme, senão a perpetuidade do descanso eterno?
Portanto, os discípulos afadigam-se no lago porque ainda estão presos nas
ondas da vida mortal, mas o nosso Redentor, depois da Sua ressurreição,
fica na margem, uma vez que já ultrapassou a condição da fragilidade da
carne. É como se Ele tivesse querido servir-Se dessas coisas para falar aos
Seus discípulos do mistério da Sua ressurreição, dizendo-lhes: «Já não vos
apareço no mar (Mt 14,25), porque já não estou entre vós no meio da
agitação das ondas.»


Foi no mesmo sentido que, noutro lugar, disse a esses mesmos discípulos
após a ressurreição: «Disse-vos essas coisas quando ainda estava convosco»
(Lc 24,44). Não lhes disse isto por já não estar com eles – pois o Seu
corpo estava presente e aparecia-lhes −, mas [...] porque a Sua carne
imortal Se distanciava muito dos seus corpos mortais: Ele dizia que já não
estava com eles e contudo estava no meio deles. Na passagem que lemos hoje,
diz-lhes a mesma coisa pela localização do Seu corpo: enquanto os
discípulos ainda navegam, doravante Ele está firme na margem.




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