terça-feira, 30 de abril de 2013

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 01 de Maio de 2013
Quarta-feira da 5ª semana da Páscoa

São José Operário,  Santa Comba do Alentejo, martir, +300



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Isaac da Estrela : A parábola da vinha

Leituras

Actos 15,1-6.


Naqueles dias, alguns homens que tinham descido da Judeia ensinavam aos irmãos: «Se não vos circuncidardes, de harmonia com o uso herdado de Moisés, não podereis ser salvos.»
Depois de muita confusão e de uma controvérsia bastante viva de Paulo e Barnabé contra eles, foi resolvido que Paulo, Barnabé e mais alguns outros subissem a Jerusalém para consultarem, sobre esta questão, os Apóstolos e os Anciãos.
Então, depois de despedidos pela igreja, atravessaram a Fenícia e a Samaria, relatando a conversão dos pagãos, o que causava imensa alegria a todos os irmãos.
Chegados a Jerusalém, foram recebidos pela igreja, pelos Apóstolos e Anciãos e contaram tudo o que Deus fizera com eles.
Levantaram-se alguns do partido dos fariseus, que tinham abraçado a fé, dizendo que era preciso circuncidar os pagãos e impor-lhes a observância da Lei de Moisés.
Os Apóstolos e os Anciãos reuniram-se para examinarem a questão.


Salmos 122(121),1-2.3-4a.4b-5.


Que alegria, quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor!»
Os nossos pés detêm-se
às tuas portas, ó Jerusalém!  

Jerusalém, cidade bem construída,
harmoniosamente edificada.
Para lá sobem as tribos,  
as tribos do Senhor,

ali estão os tribunais da justiça  
os tribunais da casa de David.


João 15,1-8.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a videira verdadeira e o meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que não dá fruto em mim e poda o que dá fruto, para que dê mais fruto ainda.
Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado.
Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós. Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas só permanecendo na videira, assim também acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem.
Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e assim vos acontecerá.
Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Isaac da Estrela (?-c. 1171), monge cisterciense
Sermão 16, 1º para o domingo da Septuagésima, §§5-8; SC 130

A parábola da vinha

Professo todo o respeito pela fiel e pertinente explicação da vinha [da
parábola de Mateus 20,15] enquanto Igreja universal: a vinha como
representação de Cristo; os ramos como representação dos cristãos; o
agricultor e proprietário como representação do Pai celeste; o dia como
representação do tempo na sua totalidade ou da vida do homem; as horas
representando as idades do mundo ou do indivíduo; a praça representando a
actividade agitada do mundo, ávido de dinheiro.


Pessoalmente, porém, gosto de considerar a minha alma e o meu corpo, isto
é, a totalidade da minha pessoa, como uma vinha. Não devo negligenciá-la,
mas laborar, trabalhar para que ela não seja abafada por outros ramos ou
por raízes alheias, nem incomodada pela profusão de rebentos no seu
crescimento natural. Devo mondá-la para que não desenvolva demasiado
sarmento, podá-la para que lhe nasçam mais frutos. Devo circundá-la com uma
vedação para que não fique à mercê da pilhagem por quem passa na estrada, e
sobretudo para que o javali da selva [...] não a devaste (cf Sl 79,14).
Devo cultivá-la com o maior dos cuidados para que a cepa original da vinha
escolhida não degenere, para que não se torne uma vinha abastardada,
incapaz de alegrar Deus e os homens (cf Sl 103,15) ou talvez susceptível de
os entristecer. Devo protegê-la com aturada vigilância para que o fruto que
tanto trabalho custou e que por tanto tempo foi esperado não seja
clandestinamente roubado por aqueles que, às escondidas, devoram o infeliz
(Hab 3,14), para que não desapareça de repente numa devastação imprevista.
Eis porque o primeiro homem recebeu a ordem de cultivar e guardar o Éden
como se fosse uma vinha (Gn 2,15).




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