sábado, 4 de maio de 2013

Profecia do Dia

Domingo, dia 05 de Maio de 2013
6º Domingo da Páscoa - Ano C

Sexto Domingo do Tempo Pascal (semana II do saltério)
Santo Ângelo, presbítero, mártir, +1220



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : «O Defensor, o Espírito Santo [...], há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse»

Leituras

Actos 15,1-2.22-29.


Naqueles dias, alguns homens que tinham descido da Judeia ensinavam aos irmãos: «Se não vos circuncidardes, de harmonia com o uso herdado de Moisés, não podereis ser salvos.»
Depois de muita confusão e de uma controvérsia bastante viva de Paulo e Barnabé contra eles, foi resolvido que Paulo, Barnabé e mais alguns outros subissem a Jerusalém para consultarem, sobre esta questão, os Apóstolos e os Anciãos.
Então, os Apóstolos e os Anciãos, de acordo com toda a Igreja, resolveram escolher alguns de entre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé. Foram Judas, chamado Barsabas, e Silas, homens respeitados entre os irmãos.
E mandaram a seguinte carta por intermédio deles: «Os Apóstolos e os Anciãos, vossos irmãos, aos irmãos de origem pagã residentes em Antioquia, na Síria e na Cilícia, saudações!
Tendo conhecimento de que, sem autorização da nossa parte, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras,
resolvemos, de comum acordo, escolher delegados e enviar-vo-los com os nossos queridos Barnabé e Paulo,
homens estes que expuseram as suas vidas pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Enviamos, pois, Judas e Silas, que vos transmitirão verbalmente as mesmas coisas.
O Espírito Santo e nós próprios resolvemos não vos impor outras obrigações além destas, que são indispensáveis:
abster-vos de carnes imoladas a ídolos, do sangue, de carnes sufocadas e da imoralidade. Procedereis bem, abstendo-vos destas coisas. Adeus.»


Salmos 67(66),2-3.5.6.8.


Deus se compadeça de nós e nos abençoe,  
faça brilhar sobre nós a luz do seu rosto.
Sejam conhecidos na terra os teus caminhos
e entre as nações, a tua salvação!

Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgas os povos com justiça.   
e governas as nações sobre a terra.
Que os povos te louvem, ó Deus!
Todos os povos te louvem!

Que Deus nos abençoe;
e o seu temor chegue aos confins da terra!


Apoc. 21,10-14.22-23.


E transportou-me, em espírito, a uma grande e alta montanha e mostrou-me a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus.
Tinha o resplendor da glória de Deus: brilhava como pedra preciosa, como pedra de jaspe cristalino;
tinha uma grande e alta muralha com doze portas; nas portas havia doze anjos e em cada uma estava gravado o nome de uma das doze tribos de Israel:
ao oriente havia três portas, ao norte três portas, ao sul três portas e ao ocidente três portas.
A muralha da cidade tinha doze alicerces, nos quais estavam gravados doze nomes, os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro.
Templo, não vi nenhum na cidade; pois o senhor Deus, o Todo-Poderoso, e o Cordeiro são o seu templo.
E a cidade tão-pouco necessita de Sol nem de Lua para a iluminar; pois a glória de Deus a ilumina e a sua lâmpada é o Cordeiro.


João 14,23-29.


Respondeu-lhe Jesus: «Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada.
Quem não me tem amor não guarda as minhas palavras; e a palavra que ouvis não é minha, mas é do Pai, que me enviou».
«Fui-vos revelando estas coisas enquanto tenho permanecido convosco;
mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse.»
«Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração nem se acobarde.
Ouvistes o que Eu vos disse: 'Eu vou, mas voltarei a vós.' Se me tivésseis amor, havíeis de alegrar-vos por Eu ir para o Pai, pois o Pai é mais do que Eu.
Digo-vo-lo agora, antes que aconteça, para crerdes quando isso acontecer.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dominum et vivificatem», §24 (trad. Liberria Editrice Vaticana, rev.)

«O Defensor, o Espírito Santo [...], há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse»

Cristo, que «tinha entregado o espírito» na Cruz, (Jo 19,30) como Filho do
Homem e Cordeiro de Deus, uma vez ressuscitado, vai ter com os Apóstolos
para «soprar sobre eles» (Jo 20,22). [...] A vinda do Senhor enche de
alegria os presentes: «a sua tristeza converte-se em alegria» (Jo 16,20),
como Ele já lhes tinha prometido antes da Sua paixão. E sobretudo
verifica-se o anúncio principal do discurso de despedida: Cristo
ressuscitado, como que dando início a uma nova criação, «traz» aos
Apóstolos o Espírito Santo. Trá-Lo à custa da Sua «partida»; dá-lhes o
Espírito como que através das feridas da Sua crucifixão: «mostrou-lhes as
mãos e o lado» (Jo 20,20). É em virtude da mesma crucifixão que Ele lhes
diz: «Recebei o Espírito Santo» (v.22).


Estabelece-se assim uma íntima ligação entre o envio do Filho e o do
Espírito Santo. Não existe envio do Espírito Santo (depois do pecado
original) sem a Cruz e a Ressurreição: «Se Eu não for, não virá a vós o
Consolador» (Jo 16,7). Estabelece-se também uma íntima ligação entre a
missão do Espírito Santo e a missão do Filho na Redenção. Esta missão do
Filho, num certo sentido, tem o seu «cumprimento» na Redenção. A missão do
Espírito Santo «vai haurir» algo da Redenção: «Ele receberá do que é Meu
para vo-lo anunciar» (Jo 16,15). A Redenção é totalmente operada pelo
Filho, como Ungido que veio e agiu com o poder do Espírito Santo,
oferecendo-Se por fim em sacrifício supremo no madeiro da Cruz. E esta
Redenção é, ao mesmo tempo, constantemente operada nos corações e nas
consciências humanas — na história do mundo — pelo Espírito Santo, que é o
«outro Consolador» (Jo 14,16).




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