sábado, 25 de maio de 2013

Profecia do Dia

Domingo, dia 26 de Maio de 2013
SANTÍSSIMA TRINIDADE - solenidade - Ano C

Domingo da Santíssima Trindade (ofício próprio)
S. Filipe Néri, presbítero,fundador, +1595



Comentário do dia
Simeão o Novo Teólogo : «Tudo o que o Pai tem é Meu»

Leituras

Prov. 8,22-31.


Eis o que diz a Sabedoria de Deus: «O Senhor criou-me, como primícias das suas obras, desde o princípio, antes que criasse coisa alguma.
Desde a eternidade fui formada, desde as origens, antes dos primórdios da terra.
Ainda não havia os abismos e eu já tinha sido concebida; ainda as fontes das águas não tinham brotado;
antes que as montanhas fossem implantadas, antes de haver outeiros, eu já tinha nascido.
Ainda Ele não tinha criado a terra nem os campos, nem os primeiros elementos do mundo.
Quando Ele formava os céus, ali estava eu; quando colocava a abóbada por cima do abismo,
quando condensava as nuvens, nas alturas, quando continha as fontes do abismo,
quando fixava ao mar os seus limites, para que as águas não ultrapassassem a sua orla; quando assentou os fundamentos da terra,
eu estava com Ele como arquitecto, e era o seu encanto, todos os dias, brincando continuamente em sua presença;
brincava sobre a superfície da Terra, e as minhas delícias é estar junto dos seres humanos.


Salmos 8,4-5.6-7.8-9.


Quando contemplo os céus, obra das tuas mãos,
a lua e as estrelas que Tu criaste:
que é o homem para que te lembres dele,
o filho do homem para dele te ocupares?

Quase fizeste dele um ser divino;  
de glória e de honra o coroaste;
deste-lhe domínio sobre as obras das Tuas mãos,
tudo submeteste a seus pés.

Ovelhas e bois, todos os rebanhos,
e até animais selvagens,
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que se move nos oceanos.



Romanos 5,1-5.


Irmãos: Uma vez que fomos justificados pela fé, estamos em paz com Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por Ele tivemos acesso, na fé, a esta graça na qual nos encontramos firmemente e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus.
Mais ainda, gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência,
a paciência a firmeza, e a firmeza a esperança.
Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.


João 16,12-15.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora.
Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa. Ele não falará por si próprio, mas há-de dar-vos a conhecer quanto ouvir e anunciar-vos o que há-de vir.
Ele há-de manifestar a minha glória, porque receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer.
Tudo o que o Pai tem é meu; por isso é que Eu disse: 'Receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer'.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia

Simeão o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego
Hino 21

«Tudo o que o Pai tem é Meu»

Tu brilhaste, manifestaste como luz de glória
A luz inacessível da Tua essência, Salvador,
E iluminaste esta alma mergulhada nas trevas. [...]
Alumiados pela luz do Espírito,
Os homens olham o Filho, vêem o Pai
E adoram a Trindade das Pessoas, o Deus único. [...]


Porque o Senhor [Cristo] é o Espírito (2Cor 3,17),
Espírito é também Deus, o Pai do Senhor,
Verdadeiramente um só Espírito, pois Ele é indiviso.
Aquele que O possui, possui em verdade aos três,
Mas distintamente a cada um. [...]
Pois o Pai existe, e como poderá ser Filho?
Pois Ele é ingerado por essência.
Há o Filho, e como Se tornará Espírito?
O Espírito é Espírito – e como aparecerá Pai?


O Pai é Pai, porque gera incessantemente. [...]
O Filho é Filho porque incessantemente é gerado
E foi gerado antes de todos os tempos.
Surgiu sem ser cortado da Sua raiz.
Mas está simultaneamente à parte sem estar separado
E inteiro e uno com o Pai Vivo
E Ele próprio é Vida e a todos dá a Vida (Jo 14,6; 10,28).
Tudo o que o Pai tem, tem o Filho.
Tudo o que o Filho tem, tem o Pai.
Quando vejo o Filho, vejo o Pai.
Vemos o Pai semelhante em tudo ao Filho,
Salvo que um gera e o outro é incessantemente gerado. [...]
Como surge do Pai o Filho? Tal e qual como a palavra sai do espírito.
Como Se separa Dele? Tal e qual como da palavra, a voz.
Como toma corpo? Tal e qual como a palavra que se escreve [...].


Como dar nome ao Criador de tudo?
Nomes, acções, expressões,
Tudo surgiu no mundo por ordem de Deus
Porque Ele deu nomes às Suas obras
E a cada realidade a designação devida. [...]
Mas quanto ao Seu próprio nome, jamais O conhecemos,
Somente o nomeamos por «Deus inexprimível», como dizem as Escrituras (cf Gn
32,30).
Então, se Ele é inexprimível, se não tem nome,
Se é invisível, se é misterioso,
Se é inacessível, único acima de toda a palavra,
Acima de todo o pensamento não apenas dos homens,
Mas também do dos anjos,
«Fez das trevas o Seu véu» (Sl 17,12).
Tudo o mais aqui na Terra pertence às trevas
Mas só Ele, como a luz, está fora das trevas.




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