terça-feira, 4 de junho de 2013

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 05 de Junho de 2013

Quarta-feira da 9ª semana do Tempo Comum

São Bonifácio, bispo, mártir, +754

Comentário do dia
Catecismo da Igreja Católica: Deus é um Deus de vivos

Tob. 3,1-11a.16-17a.

Naqueles dias, eu Tobit, de alma angustiada, gemendo e chorando, comecei a dizer entre suspiros a seguinte oração:
«Tu és justo, Senhor! Todas as tuas obras são justas e todos os teus caminhos são misericórdia e verdade; Tu és o juiz do mundo.
Agora, Senhor, recorda-te de mim, olha para mim. Não me castigues, por causa dos meus pecados e dos meus erros, nem pelos pecados que os meus pais cometeram contra ti.
Violando os teus mandamentos, nós pecámos diante de ti. Por isso, Tu permitiste que nos roubassem os nossos bens e abandonaste-nos ao cativeiro e à morte. Fizeste de nós objecto de escárnio e injúria de todos os gentios, entre os quais nos dispersaste.
Agora, trata-me segundo as minhas culpas e as culpas dos meus pais, porque todos os teus juízos são verdadeiros e porque nós não observámos os teus mandamentos, e não caminhámos diante de ti na verdade.
Assim, faz comigo o que quiseres. Dá ordem para que a minha vida me seja tirada, de forma que eu desapareça da face da terra e me converta em pó; porque para mim é melhor morrer do que viver, pois tive de ouvir ultrajes e mentiras, e uma grande tristeza me acabrunha. Senhor, permite que eu seja libertado desta angústia, faz-me chegar à morada eterna e não afastes de mim, Senhor, a tua face, pois para mim é melhor morrer do que ter sempre diante de mim esta angústia e ter de ouvir os insultos!»
Naquele mesmo dia, aconteceu que Sara, filha de Raguel, estando em Ecbátana, na Média, teve de ouvir também ela, injúrias de uma das escravas de seu pai.
Ela fora dada como esposa a sete maridos. Mas Asmodeu, um demónio maligno, matara-os, antes que se pudessem aproximar dela como esposa. Disse-lhe, pois, a serva: «És tu que matas os teus maridos! Já foste dada a sete homens e com nenhum até agora ficaste casada.
Porque nos espancas por terem morrido os teus maridos? Vai-te embora com eles, e não vejamos de ti nem filho nem filha, por toda a eternidade!»
Naquele dia, a alma de Sara encheu-se de tristeza e ela pôs-se a chorar. Subiu, então, ao quarto de seu pai, com intenção de se enforcar. Todavia, reflectiu de novo e disse para consigo: «Não posso fazer tal coisa. Poderiam escarnecer de meu pai e dizer-lhe: 'Tiveste uma filha única, muito querida, e ela enforcou-se, por causa das suas desgraças'. Assim, levaria eu para a região dos mortos a velhice de meu pai, consumida pelo luto. É melhor, então, que não me enforque, mas peça ao Senhor a morte, para que nunca mais ouça insultos em toda a minha vida.»
Naquele instante, Sara estendeu os braços para a janela e orou nestes termos: «Bendito és Tu, Deus misericordioso! E bendito é o teu nome por todos os séculos! Louvem-te todas as tuas obras, pela eternidade!
Na mesma hora, foi ouvida a oração de ambos na presença da glória de Deus.
Por isso, foi enviado Rafael para os curar: tirar as escamas brancas dos olhos de Tobite, a fim de que com os seus próprios olhos pudesse ver a luz de Deus; e dar Sara, filha de Raguel, como esposa a Tobias, filho de Tobite, expulsando dela Asmodeu, o demónio maligno, pois a Tobias, de preferência aos demais pretendentes, competia tomá-la para si. No mesmo instante, Tobite voltou para sua casa e Sara, filha de Raguel, desceu do quarto.


Salmos 25(24),2-4a.4b-5ab.6-7bc.8-9.

Meu Deus, em ti confio: não seja confundido,
nem escarneçam de mim os inimigos.
Pois os que esperam em ti não serão confundidos;
mas sejam confundidos os que atraiçoam sem motivo.

Mostra-me, Senhor, os teus caminhos,
e ensina-me as tuas veredas.
Dirige-me na tua verdade e ensina-me,
porque Tu és o Deus meu Salvador.

Lembra-te, Senhor, da tua compaixão
e do teu amor, pois eles existem desde sempre.  
Lembra-te de mim, Senhor,
pelo teu amor e pela tua bondade.

O Senhor é bom e justo;
ensina o caminho aos pecadores,
guia os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer o seu caminho.



Marcos 12,18-27.

Naquele tempo, vieram ter com Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-no:
«Mestre, Moisés prescreveu-nos que se morrer o irmão de alguém, deixando a mulher e não deixando filhos, seu irmão terá de casar com a viúva para dar descendência ao irmão.
Ora havia sete irmãos, e o primeiro casou e morreu sem deixar filhos.
O segundo casou com a viúva e morreu também sem deixar descendência, e o mesmo aconteceu ao terceiro;
e todos os sete morreram sem deixar descendência. Finalmente, morreu a mulher.
Na ressurreição, de qual deles será ela mulher? Porque os sete a tiveram por mulher.»
Disse Jesus: «Não andareis enganados por desconhecer as Escrituras e o poder de Deus?
Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem eles se casarão, nem elas serão dadas em casamento, mas serão como anjos no Céu.
E acerca de os mortos ressuscitarem, não lestes no livro de Moisés, no episódio da sarça, como Deus lhe falou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob?
Não é um Deus de mortos, mas de vivos. Andais muito enganados.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Catecismo da Igreja Católica
§§ 293-294

Deus é um Deus de vivos

É uma verdade fundamental, que a Escritura e a Tradição não cessam de ensinar e de celebrar: «O mundo foi criado para glória de Deus» (Vaticano I). Deus criou todas as coisas, explica São Boaventura, «não para aumentar a Sua glória, mas para a manifestar e para a comunicar». Para criar, Deus não tem outra razão senão o Seu amor e a Sua bondade: «As criaturas saíram da mão [de Deus], aberta pela chave do amor» (São Tomás de Aquino). [...]A glória de Deus está em que se realize esta manifestação e esta comunicação da Sua bondade, em ordem às quais o mundo foi criado. Fazer de nós «filhos adoptivos por Jesus Cristo. Assim aprouve à Sua vontade, para que fosse enaltecida a glória da sua graça» (Ef 1, 5-6): «Porque a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus: se a revelação de Deus pela criação já proporcionou a vida a todos os seres que vivem na terra, quanto mais a manifestação do Pai pelo Verbo proporciona a vida aos que vêem a Deus!» (Santo Ireneu). O fim último da criação é que Deus Pai, «criador de todos os seres, venha finalmente a ser "tudo em todos" (1Cor 15,28), provendo, ao mesmo tempo, à Sua glória e à nossa felicidade» (Vaticano II).