sábado, 8 de junho de 2013

Profecia do Dia


Domingo, dia 09 de Junho de 2013

10º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Décimo Domingo do Tempo Comum (semana II do saltério)

Santo Efrém, diácono, Doutor da Igreja, +373, Beato José de Anchieta, presbítero, +1597

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: «O Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: 'Não chores'»

1 Reis 17,17-24.

Naqueles dias, caiu doente o filho da viúva de Sarepta e a enfermidade foi tão grave que ele morreu. Então a mãe disse a Elias: «Que tens tu a ver comigo, homem de Deus? Vieste a minha casa lembrar-me os meus pecados e causar a morte do meu filho?». Elias respondeu-lhe: «Dá-me o teu filho». Tomando-o dos braços da mãe, levou-o ao quarto de cima, onde dormia, e deitou-o no seu próprio leito. Depois invocou o Senhor, dizendo: «Senhor, meu Deus, quereis ser também rigoroso para com esta viúva, que me hospeda em sua casa, a ponto de fazerdes morrer o seu filho?». Elias estendeu-se três vezes sobre o menino e clamou de novo ao Senhor: «Senhor, meu Deus, fazei que a alma deste menino volte a entrar nele». O Senhor escutou a voz de Elias: a alma do menino voltou a entrar nele e o menino recuperou a vida. Elias tomou o menino, desceu do quarto para dentro da casa e entregou-o à mãe, dizendo: «Aqui tens o teu filho vivo». Então a mulher exclamou: «Agora vejo que és um homem de Deus e que se encontra verdadeiramente nos teus lábios a palavra do Senhor».


Salmos 30(29),2.4.5-6.11.12a.13b.

Senhor, eu te enalteço, porque me salvaste
e não permitiste que os inimigos se rissem de mim.
Senhor, livraste a minha alma da mansão dos mortos,
poupaste-me a vida, para eu não descer ao túmulo.

Cantai salmos ao Senhor, vós que O amais,
e dai-lhe graças, lembrando a sua santidade.
A sua indignação dura apenas um instante,
mas a sua benevolência é para toda a vida.
Ao cair da noite, vem o pranto;
e, ao amanhecer, volta a alegria.  

Ouve-me, Senhor, tem compaixão de mim;
Senhor, vem em meu auxílio.
Tu converteste o meu pranto em festa,
tiraste-me o luto e vestiste-me de júbilo.



Gálatas 1,11-19.

Com efeito, faço-vos saber, irmãos, que o Evangelho por mim anunciado, não o conheci à maneira humana;
pois eu não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por uma revelação de Jesus Cristo.
Ouvistes falar do meu procedimento outrora no judaísmo: com que excesso perseguia a Igreja de Deus e procurava devastá-la;
e no judaísmo ultrapassava a muitos dos compatriotas da minha idade, tão zeloso eu era das tradições dos meus pais.
Mas, quando aprouve a Deus – que me escolheu desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça –
revelar o seu Filho em mim, para que o anuncie como Evangelho entre os gentios, não fui logo consultar criatura humana alguma,
nem subi a Jerusalém para ir ter com os que se tornaram Apóstolos antes de mim. Parti, sim, para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
A seguir, passados três anos, subi a Jerusalém, para conhecer a Cefas, e fiquei com ele durante quinze dias.
Mas não vi nenhum outro Apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor.


Lucas 7,11-17.

Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão.
Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade.
Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.»
Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!»
O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe.
O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!»
E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Constituição da Igreja no mundo deste tempo «Gaudium et spes», § 22

«O Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: 'Não chores'»

«Imagem de Deus invisível» (Col 1,15), Ele é o homem perfeito, que
restitui aos filhos de Adão a semelhança divina, deformada desde o
primeiro pecado. Já que, nele, a natureza humana foi assumida, e não
destruída, por isso mesmo também em nós foi ela elevada a sublime
dignidade. Porque, pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-Se de
certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas, pensou com uma
inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração
humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós,
semelhante a nós em tudo, excepto no pecado (Hb 4, 15).


Cordeiro inocente, mereceu-nos a vida com a livre efusão do seu sangue;
nele nos reconciliou Deus consigo e uns com os outros e nos arrancou da
escravidão do demónio e do pecado. De maneira que cada um de nós pode
dizer com o Apóstolo: o Filho de Deus «amou-me e entregou-se por mim»
(Gal 2,20). Sofrendo por nós, não só nos deu exemplo, para que sigamos
os seus passos, mas também abriu um novo caminho (Hb 10, 20)), em que a
vida e a morte são santificadas e recebem um novo sentido.


O cristão, tornado conforme à imagem do Filho que é o primogénito entre
a multidão dos irmãos, recebe «as primícias do Espírito» (Rm
8,29.23). [...] Por meio deste Espírito, «penhor da herança» (Ef 1,14),
o homem todo é renovado interiormente, até à «redenção do corpo»:
«Se o Espírito d'Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita
em vós, Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos dará também a
vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita» (Rm
8,23.11). [...] Tal é, e tão grande, o mistério do homem, que a
revelação cristã manifesta aos que crêem. E assim, por Cristo e em
Cristo, esclarece-se o enigma da dor e da morte, o qual, fora do seu
Evangelho, nos esmaga. Cristo ressuscitou, destruindo a morte com a
própria morte, e deu-nos a vida, para que, tornados filhos no Filho,
exclamemos no Espírito: Abba, Pai (Rm 8,15).