sábado, 29 de junho de 2013

Profecia do Dia


Domingo, dia 30 de Junho de 2013

13º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Santos Protomártires da Igreja de Roma, 64-67, S. Marçal, bispo, séc. III, S. Pedro e S. Paulo (no Brasil)

Comentário do dia
Beato João XXIII : «Hei-de seguir-Te para onde quer que fores»

1 Reis 19,16-21.

Naqueles dias, disse o Senhor a Elias: «Ungirás Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meola, como profeta em teu lugar»

Elias partiu e encontrou Eliseu, filho de Chafat, que andava a lavrar com doze juntas de bois diante dele; ele próprio conduzia a duodécima junta. Elias aproximou-se e lançou o seu manto sobre ele.
Eliseu deixou logo os seus bois, correu atrás de Elias e disse-lhe: «Deixa-me ir beijar meu pai e minha mãe, que depois te seguirei.» Elias disse: «Vai, mas volta, pois sabes o que te fiz.»
Eliseu, deixando Elias, tomou uma junta de bois e imolou-os. Com a lenha do arado cozeu as carnes, dando-as depois a comer à sua gente. Em seguida, pôs-se a caminho e seguiu Elias para o servir.


Salmos 16(15),1-2.5.7-8.9-10.11.

Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: "Tu és o meu Deus."
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,  
a minha sorte está nas tuas mãos.  

Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,  
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso, o meu coração se alegra
e a minha alma exulta  
e o meu corpo repousará em segurança.
Pois Tu não me entregarás à morada dos mortos,
nem deixarás o teu fiel conhecer a sepultura.

Hás-de ensinar-me o caminho da vida,
saciar-me de alegria na tua presença,
e de delícias eternas, à tua direita.



Gálatas 5,1.13-18.

Irmãos: Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes, e não vos sujeiteis outra vez ao jugo da escravidão.
Irmãos, de facto, foi para a liberdade que vós fostes chamados. Só que não deveis deixar que essa liberdade se torne numa ocasião para os vossos apetites carnais. Pelo contrário: pelo amor, fazei-vos servos uns dos outros.
É que toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: Ama o teu próximo como a ti mesmo.
Mas, se vos mordeis e devorais uns aos outros, cuidado, não sejais consumidos uns pelos outros.
Mas eu digo-vos: caminhai no Espírito, e não realizareis os apetites carnais.
Porque a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito, o que é contrário à carne; são, de facto, realidades que estão em conflito uma com a outra, de tal modo que aquilo que quereis, não o fazeis.
Ora, se sois conduzidos pelo Espírito, não estais sob o domínio da Lei.


Lucas 9,51-62.

Aproximando-se os dias de Jesus ser levado deste mundo, dirigiu-se resolutamente para Jerusalém
e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação de samaritanos, a fim de lhe prepararem hospedagem.
Mas não o receberam, porque ia a caminho de Jerusalém.
Vendo isto, os discípulos Tiago e João disseram: «Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma?»
Mas Ele, voltando-se, repreendeu-os.
E foram para outra povoação.
Enquanto iam a caminho, disse-lhe alguém: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.»
Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.»
E disse a outro: «Segue-me.» Mas ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.»
Jesus disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus.»
Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor, mas primeiro permite que me despeça da minha família.»
Jesus respondeu-lhe: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não está apto para o Reino de Deus.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato João XXIII (1881-1963), papa
Diário da Alma, junho de 1957 [antes da eleição para a cátedra papal]

«Hei-de seguir-Te para onde quer que fores»

«Ao cair da tarde, dá-nos a luz.» Senhor, já chegou o cair da tarde. Cheguei ao septuagésimo sexto ano da minha vida, desta vida que é dom absoluto do Pai do Céu. Três quartos dos meus contemporâneos já passaram à outra margem e eu devo agora preparar-me para o grande momento. A ideia da morte não me traz inquietude. [...] Gozo de excelente e ainda robusta saúde, se bem que não possa fiar-me nela. Quero preparar-me para responder pronto! seja a que chamamento for, mesmo inesperado. Quero que a velhice – outro grande dom de Deus – seja para mim motivo de silenciosa alegria interior, de abandono quotidiano ao Senhor, para quem me volto como uma criança que se lança nos braços abertos do seu pai.


A minha vida simples e (posso dizê-lo agora) longa desenrolou-se como um novelo sob o signo da humildade e da pureza. Não tenho custo nenhum em reconhecer e repetir que não sou nem valho absolutamente nada. Foi o Senhor que me fez nascer de gente modesta e pensou em tudo; eu apenas em tudo consenti. [...] É bem verdade que «a vontade do Senhor é a minha paz». E ponho toda a minha esperança na misericórdia de Jesus. [...]


Suponho que o Senhor me reserve, para minha mortificação e purificação e para poder ser admitido na alegria eterna, qualquer grande pena ou aflição do corpo ou do espírito antes de morrer. Pois bem, aceitá-la-ei por completo e de bom grado, contanto que tudo seja para glória de Deus, o bem da minha alma e o dos meus queridos filhos espirituais. Receio apenas a fraqueza da minha resistência e peço-Lhe que me ajude na minha pouca e quase nula confiança própria, antes a pondo toda no Senhor.


Há duas portas para entrar no Paraíso, a inocência e a penitência. Quem poderá presumir, homens fracos que somos, poder encontrar a primeira aberta de par em par? Quanto à segunda, é certa. Jesus passou por ela com a cruz aos ombros para pagar pelos nossos pecados e convida-nos a todos a segui-Lo.