segunda-feira, 8 de julho de 2013

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 09 de Julho de 2013

Terça-feira da 14ª semana do Tempo Comum
Nossa Senhora, Mãe da Esperança

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (Madre Paulina), S. Agostinho Zhao Rong, presbítero, +1815, e companheiros mártires

Comentário do dia
Beato John Henry Newman : «Contemplando a multidão, encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor»

Gén. 32,22-32.

Naqueles dias, Jacob
Levantou-se naquela mesma noite, tomou as suas duas mulheres, as duas escravas e os seus onze filhos, e passou o vau de Jaboc.
Ajudou-os a atravessar a torrente, e passou tudo o que lhe pertencia.
Jacob tendo ficado só, alguém lutou com ele até ao romper da aurora.
Vendo que não podia vencer Jacob, bateu-lhe na coxa, e a coxa de Jacob deslocou-se, quando lutava com ele.
E disse-lhe: «Deixa-me partir, porque já rompe a aurora.» Jacob respondeu: «Não te deixarei partir enquanto não me abençoares.»
Perguntou-lhe então: «Qual é o teu nome?» Ao que ele respondeu: «Jacob.»
E o outro continuou: «O teu nome não será mais Jacob, mas Israel; porque combateste contra Deus e contra os homens e conseguiste resistir.»
Jacob interrogou-o, dizendo: «Peço-te que me digas o teu nome.» «Porque me perguntas o meu nome?» – respondeu ele. E então abençoou-o.
Jacob chamou àquele lugar Penuel; «porque vi um ser divino, face a face, e conservei a vida» – disse ele.
O sol principiara a levantar-se, quando Jacob deixou Penuel, coxeando por causa da sua coxa.


Salmos 17(16),1.2-3.6-7.8b.15.

Ouve, Senhor, a minha causa justa,
atende ao meu clamor.
Escuta a minha oração,
que não sai de lábios mentirosos.
Sede Vós o meu julgamento,
pois os vossos olhosvêem o que é recto.

Perscruta o meu coração, mesmo durante a noite,
submete-me à prova de fogo
e não encontrarás em mim iniquidade;
a minha boca não transgrediu.
Eu te invoco, ó Deus; responde-me!
Inclina para mim o ouvido, escuta as minhas palavras.

Mostra-nos a tua misericórdia,
Tu, que salvas dos agressores
os que buscam refúgio na tua direita.
Esconde-me à sombra das tuas asas,
da vista dos ímpios que me fazem mviolência.
Eu, porém, pela justiça, contemplarei a tua face
e, ao despertar, serei saciado com a tua presença.



Mateus 9,32-38.

Naquele tempo,  apresentaram a Jesus um mudo, possesso do demónio.
Depois que o demónio foi expulso, o mudo falou; e a multidão, admirada, dizia: «Nunca se viu tal coisa em Israel.»
Os fariseus, porém, diziam: «É pelo chefe dos demónios que Ele expulsa os demónios.»
Jesus percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.
Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor.
Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «Invisible Presence of Christ», «Sermons on Subjects of the Day», n°21

«Contemplando a multidão, encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor»

Olhai em volta, meus irmãos […]: porque há tantas mudanças e lutas, tantos partidos e seitas, tantos credos? Porque os homens estão insatisfeitos e inquietos. E porque estão eles inquietos, cada um com o seu salmo, a sua doutrina, a sua língua, a sua revelação, a sua interpretação? Estão inquietos porque não encontraram […]; tudo isso ainda não os levou à presença de Cristo que é «alegria e delícias eternas» (cf Sl 16,11).


Se tivessem sido alimentados pelo pão da vida (Jo 6,35) e provado do favo de mel, os seus olhos ter-se-iam tornado limpos, como os de Jónatas (1Sm 14,27) e teriam reconhecido o Salvador dos homens. Mas, não se tendo apercebido destas coisas invisíveis, têm de continuar a procurar e estão à mercê de rumores longínquos. […]


Triste espectáculo: o povo de Cristo errando pelas colinas «como ovelhas sem pastor». Em vez de procurarem nos lugares que Ele sempre frequentou e na morada que Ele estabeleceu, avêm-se com projetos humanos, seguem guias estranhos e deixam-se cativar por opiniões novas, tornando-se joguetes do acaso e do humor do momento, e vítimas da sua própria vontade. Estão cheios de ansiedade, de perplexidade, de inveja e de preocupações, e são agitados e «levados por qualquer vento da doutrina, pela malícia dos homens e a sua astúcia, a extraviarem-se no erro» (Ef 4,14). Tudo isso porque não procuram «um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; um só Deus e Pai de todos» (Ef 4,5-6) para nele encontrarem «descanso para o espírito» (Mt 11,29).