domingo, 4 de agosto de 2013

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 05 de Agosto de 2013

Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum
Nossa Senhora de ÁfricaNossa Senhora das Neves

Santo Osvaldo, rei, +642

Comentário do dia
Beato João Paulo II : Tomou os cinco pães [...], ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu-os aos discípulos.

Núm. 11,4b-15.

Naqueles dias, dissseram os filhos de Israel: «Quem nos dará carne para comer?
Lembramo-nos do peixe que comíamos de graça no Egipto, dos pepinos, dos melões, dos alhos porros, das cebolas e dos alhos.
Agora, a nossa garganta está seca; não há nada diante de nós senão maná.»
O maná era como a semente do coentro e o seu aspecto como o bdélio.
O povo espalhava-se a apanhá-lo e moía-o em moinhos ou pisava-o em almofarizes; cozia-o em panelas e fazia bolos; tinha o sabor de tortas com gordura de azeite.
Quando o orvalho caía de noite sobre o acampamento, o maná também caía.
Moisés ouviu o povo chorar agrupado por famílias, cada uma à entrada da sua tenda. Mas a ira do Senhor inflamou-se muito e Moisés sentiu o mal perto de si.
Então Moisés falou ao Senhor: «Porque atormentas o teu servo? Porque é que não encontrei graça diante de ti, a ponto de pores todo este povo como um peso sobre mim?
Acaso fui eu que concebi todo este povo? Fui eu que o dei à luz, para me dizeres: 'Leva-o ao colo, como a ama leva a criança de peito, até à terra que prometeste a seus pais?'
Onde arranjarei carne para dar a todo este povo que chora junto de mim, dizendo: 'Dá-nos carne para comer!'
Eu sozinho não consigo suportar todo este povo, porque é demasiado pesado para mim!
Se me queres tratar assim, dá-me antes a morte; se encontrei graça diante de ti, que eu não veja mais a minha desgraça!»


Salmos 81(80),12-13.14-15.16-17.

Mas o meu povo não quis ouvir-me;  
Israel não quis obedecer.
Por isso, entreguei-os à sua obstinação;
deixei-os seguir os seus caprichos.

Se o meu povo me tivesse escutado!
Se Israel tivesse seguido os meus caminhos!
Num instante, Eu humilharia os seus inimigos
e castigaria os seus adversários.

Os inimigos do Senhor arrastar-se-iam diante dele;
mas a sua sorte está traçada para sempre.
Alimentaria o meu povo com a flor do trigo
e saciá-lo-ia com o mel silvestre.»



Mateus 14,13-21.

Naquele tempo, quando Jesus ouviu que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se dali sozinho num barco, para um lugar deserto; mas o povo, quando soube, seguiu-O a pé, desde as cidades.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de misericórdia para com ela, curou os seus enfermos.
Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Este sítio é deserto e a hora já vai avançada. Manda embora a multidão, para que possa ir às aldeias comprar alimento.»
Mas Jesus disse-lhes: «Não é preciso que eles vão; dai-lhes vós mesmos de comer.»
Responderam: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.»
«Trazei-mos cá» disse Ele.
E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu os aos discípulos, e estes distribuíram-nos pela multidão.
Todos comeram e ficaram saciados; e, com o que sobejou, encheram doze cestos.
Ora, os que comeram eram uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Ecclesia de Eucharistia», §§ 3-5 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

Tomou os cinco pães [...], ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu-os aos discípulos.

Do mistério pascal nasce a Igreja. Por isso mesmo a Eucaristia, que é o sacramento por excelência do mistério pascal, está colocada no centro da vida eclesial. Isto é visível desde as primeiras imagens da Igreja que nos dão os Actos do Apóstolos: «Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão, e às orações» (2, 42). Na «fracção do pão», é evocada a Eucaristia. Dois mil anos depois, continuamos a realizar aquela imagem primordial da Igreja. E, ao fazê-lo na celebração eucarística, os olhos da alma voltam-se para o Tríduo Pascal: para o que se realizou na noite de Quinta-feira Santa, durante a Última Ceia, e nas horas sucessivas. […] A agonia no Getsémani foi o prelúdio da agonia na cruz de Sexta-feira Santa: a hora santa, a hora da redenção do mundo […] a hora da glorificação. Até àquele lugar e àquela hora se deixa transportar em espírito cada presbítero ao celebrar a Santa Missa, juntamente com a comunidade cristã que nela participa. […]Mysterium fidei! - «Mistério da fé!». Quando o sacerdote pronuncia ou canta estas palavras, os presentes aclamam: «Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!». Com estas palavras ou outras semelhantes, a Igreja, ao mesmo tempo que apresenta Cristo no mistério da sua Paixão, revela também o seu próprio mistério: «Ecclesia de Eucharistia». Se é com o dom do Espírito Santo, no Pentecostes, que a Igreja nasce e se encaminha pelas estradas do mundo, um momento decisivo da sua formação foi certamente a instituição da Eucaristia no Cenáculo. O seu fundamento e a sua fonte é todo o Triduum Paschale, mas este está de certo modo guardado, antecipado e «concentrado» para sempre no dom eucarístico. Neste, Jesus Cristo entregava à Igreja a actualização perene do mistério pascal.