domingo, 8 de setembro de 2013

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 09 de Setembro de 2013

Segunda-feira da 23ª semana do Tempo Comum

Beato Frederico Ozanam, leigo, +1853, S. Pedro Claver, presbítero, +1654

Comentário do dia
Santo Atanásio : Uma cura ao Sábado, símbolo da conclusão da criação

Coloss. 1,24-29.2,1-3.

Irmãos: Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja.
Foi dela que eu me tornei servidor, segundo a missão que Deus me confiou para vosso benefício: levar à plena realização a Palavra de Deus,
o mistério escondido ao longo das gerações e que agora Deus manifestou aos seus santos.
Deus quis dar-lhes a conhecer a imensa riqueza da glória deste mistério entre os gentios: Cristo entre vós, a esperança da glória!
É a Ele que anunciamos, admoestando e ensinando todos e cada homem com toda a sabedoria, para apresentar a Deus todos os homens na sua perfeição em Cristo.
É para isso mesmo que eu trabalho, lutando com a força que Ele me dá e que actua poderosamente em mim.
Com efeito, quero que saibais como é grande a luta que mantenho por vós, bem como pelos de Laodiceia e por quantos nunca me viram pessoalmente,
para que tenham ânimo nos seus corações, vivendo bem unidos no amor, e assim atinjam toda a riqueza, que é a plena compreensão, o conhecimento do mistério de Deus: Cristo,
em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.


Salmos 62(61),6-7.9.

Só em Deus descansa a minha alma,
d'Ele vem a minha esperança.
Só Ele é o meu refúgio e salvação,
minha fortaleza; jamais serei abalado.

Confiai n'Ele, ó povos,
em todo o tempo,
desafogai n'Ele o vosso coração.
Deus é o nosso refúgio.



Lucas 6,6-11.

Naquele tempo, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Encontrava-se ali um homem cuja mão direita estava paralisada.
Os doutores da Lei e os fariseus observavam-no, a ver se iria curá-lo ao sábado, para terem um motivo de acusação contra Ele.
Conhecendo os seus pensamentos, Jesus disse ao homem da mão paralisada: «Levanta-te e põe-te de pé, aí no meio.» Ele levantou-se e ficou de pé.
Disse-lhes Jesus: «Vou fazer-vos uma pergunta: O que é preferível, ao sábado: fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou perdê-la?»
Então, olhando-os a todos em volta, disse ao homem: «Estende a tua mão.» Ele estendeu-a, e a mão ficou sã.
Os outros encheram-se de furor e falavam entre si do que poderiam fazer contra Jesus.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria, doutor da Igreja
Contra os pagãos, 40; SC 18

Uma cura ao Sábado, símbolo da conclusão da criação

Este mundo é muito bom, tal como foi feito e tal como o vemos, porque Deus o quer assim: ninguém pode duvidar disso. Se a criação fosse desordenada, se o universo evoluísse ao acaso poder-se-ia pôr em causa esta afirmação. Mas como o mundo foi feito com sabedoria e ciência, de modo racional e lógico, posto que foi ornado de toda a beleza, é preciso que Aquele que a ele preside e que o organizou não seja senão a Palavra de Deus, o seu Verbo, o seu Logos. […]



Sendo a boa Palavra do Deus de bondade, foi esse Verbo que dispôs a ordem de todas as coisas, que reuniu os contrários com os contrários para com eles formar uma só harmonia. É Ele, «poder e sabedoria de Deus» (1Cor 1,24), que faz girar o céu, que tem a terra suspensa e que, sem que ela assente em nada, a mantém com a sua própria vontade (cf Heb 1,3). O sol ilumina a terra com a luz que recebe dele, e a lua recebe a sua medida da sua luz. Por Ele a água fica suspensa nas nuvens, as chuvas regam a terra, o mar mantém-se nos seus limites, a terra cobre-se de toda a espécie de plantas (cf Sl 103). […]



A razão de esta Palavra, Verbo de Deus, ter vindo até às criaturas é verdadeiramente admirável. […] A natureza dos seres criados é passageira, fraca, mortal; mas, sendo pela sua natureza bom e excelente, o Deus do universo ama os homens. […] Assim, vendo que, entregue a si própria, toda a natureza criada se esvai e se dissolve, para evitar que isso aconteça e para que o universo não regresse ao nada […], Deus não o abandona às flutuações da sua natureza. Na sua bondade, com o seu Verbo, Ele governa e mantém toda a criação, […] que não sofre, portanto, o destino que teria se o Verbo não cuidasse dela, isto é, a aniquilação. «Ele é a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criatura; porque foi nele que todas as coisas foram criadas, no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, […] tudo nele subsiste. […] Ele é a cabeça do Corpo, que é a Igreja» (Col 1,15-18).