sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Profecia do Dia


Sabado, dia 14 de Setembro de 2013

Exaltação da Santa Cruz – Festa
Exaltação da Santa Cruz

Comentário do dia
São Bernardo : A glória da cruz

Núm. 21,4b-9.

Naqueles dias, o povo de Israel partiu do monte Hor pelo caminho do Mar dos Juncos para contornar a terra de Edom, mas cansou-se na caminhada.
O povo falou contra Deus e contra Moisés: «Porque nos fizestes sair do Egipto? Foi para morrer no deserto, onde não há pão nem água, estando enjoados com este pão levíssimo?»
Mas o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que mordiam o povo, e por isso morreu muita gente de Israel.
O povo foi ter com Moisés e disse-lhe: «Pecámos ao protestarmos contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor para que afaste de nós as serpentes.» E Moisés intercedeu pelo povo.
O Senhor disse a Moisés: «Faz para ti uma serpente abrasadora e coloca-a num poste. Sucederá que todo aquele que tiver sido mordido, se olhar para ela, ficará vivo.»
Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e fixou-a sobre um poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, vivia.


Salmos 78(77),1-2.34-35.36-37.38.

Escuta, meu povo, os meus ensinamentos;
presta atenção às minhas palavras.  
Vou abrir a minha boca em parábolas
e revelar os enigmas de outros tempos.  

Quando os castigava, eles procuravam-nO,
convertiam-se e voltavam se para Deus.  
Recordavam-se então que Deus era o seu protector,
que o Altíssimo era o seu libertador.  

Mas logo O enganavam com a boca
e lhe mentiam com a língua.
Os seus corações não eram leais com Ele,
nem fiéis à sua aliança.  

Mas Deus, que é misericordioso, perdoava-lhes os pecados
e não os destruía.
Muitas vezes conteve a sua cólera
e não executava toda a sua ira.



João 3,13-17.

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem.
Assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido ao alto,
a fim de que todo o que nele crê tenha a vida eterna.
Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Meditação sobre a Paixão (atrib.), 6, 13-15; PL 184, 747

A glória da cruz

«Que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo» (Gal 6,14). A cruz é a tua glória, a cruz é a tua soberania. Eis que tens a soberania sobre os teus ombros (Is 9,5). Quem carrega a cruz carrega a glória. É por isso que a cruz, que atemoriza os infiéis, é para os fiéis mais bela que todas as árvores do Paraíso. Cristo temeu a cruz? E Pedro? E André? Pelo contrário, desejaram-na. Cristo avançou para ela «como um noivo que sai de seu aposento e se lança em sua carreira» (Sl 18,6): «Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer» (Lc 22,15). Ele comeu a Páscoa sofrendo a sua Paixão, quando passou deste mundo ao Pai; na cruz, comeu e bebeu, inebriou-se e adormeceu. [...]

Quem poderá agora temer a cruz? Senhor, poderei dar a volta ao céu e à terra, ao mar e às planícies, que nunca Te encontrarei senão na cruz. É nela que dormes, nela que apascentas o teu rebanho, nela que repousas à hora do meio-dia (Ct 1,7). Sobre esta cruz, aquele que está unido ao seu Senhor canta suavemente: «Vós sois, Senhor, para mim um escudo; vós sois minha glória, vós me levantais a cabeça» (Sl 3,4). Ninguém Te procura, ninguém Te encontra, senão na cruz. Cruz de glória, enraíza-te em mim, para que eu seja encontrado em ti.