domingo, 22 de setembro de 2013

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 23 de Setembro de 2013

Segunda-feira da 25ª semana do Tempo Comum

São Pio de Petrelcina (Padre Pio), presbítero, +1968

Comentário do dia
São João Crisóstomo : «Coloca-a no candelabro»

Esdras 1,1-6.

No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor pronunciada por Jeremias, o Senhor inspirou Ciro, rei da Pérsia, o qual mandou publicar em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, o seguinte decreto:
«Assim fala Ciro, rei da Pérsia: 'O Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos da terra e encarregou-me de lhe construir um templo em Jerusalém, cidade de Judá.
Quem de vós pertence ao seu povo? Que o seu Deus esteja com ele. Suba a Jerusalém, que fica na terra de Judá, e construa o templo do Senhor, Deus de Israel, o Deus que reside em Jerusalém.
Todos os sobreviventes, onde quer que habitem, sejam providos pelos habitantes das localidades onde se encontram, de prata, ouro, cereais, gado e ofertas voluntárias para o templo do Deus que reside em Jerusalém.'»
Assim, os chefes das famílias de Judá e de Benjamim, os sacerdotes e levitas e todos aqueles a quem Deus movera os corações, prepararam-se para ir reedificar o templo do Senhor que está em Jerusalém.
Todos os que viviam nas redondezas ajudaram-nos, dando-lhes prata, ouro, bens diversos, gado, cereais e coisas preciosas, além de outras ofertas voluntárias.


Salmos 126(125),1-2ab.2cd-3.4-5.6.

Quando o Senhor mudou o destino de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
A nossa boca encheu-se de sorrisos
e a nossa língua de canções.  

Dizia-se, então, entre os pagãos:  
«O Senhor fez por eles grandes coisas!»  
Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas;
por isso, exultamos de alegria.

Transforma, Senhor, o nosso destino,
como as chuvas transformam o deserto do Négueb.
Aqueles que semeiam com lágrimas,
vão recolher com alegria.

À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta vêm a cantar,
trazendo molhos de espigas.



Lucas 8,16-18.

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram.
Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz.
Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre os Actos dos Apóstolos, nº 20, 3-4; PG 60, 162

«Coloca-a no candelabro»

Não há nada mais insensível do que um cristão que não se aplica em salvar os outros. Não podes argumentar sobre isto com o pretexto da pobreza: a viúva que deu as suas duas moedinhas levantar-se-ia para te acusar (Lc 21,2). Pedro também, pois dizia: «Não tenho ouro nem prata» (Act 3,6). Assim como Paulo, que era tão pobre que frequentemente passava fome e carecia de bens necessários (1Cor 4,11). Também não podes objectar com o teu nascimento humilde: também eles eram de modesta condição. A ignorância não te será melhor desculpa: também eles eram iletrados […]. Não invoques igualmente a doença: Timóteo era dado a frequentes indisposições (1Tim 5,23) […]. Qualquer um pode ser útil ao seu próximo se quiser fazer aquilo que lhe for possível. […]



Não digas que te é impossível reconduzir os outros ao bom caminho porque, se és cristão, é impossível que tal não se faça. Cada árvore carrega o seu fruto (Mt 7,17s) e, como não há contradição na natureza, o que dizemos é igualmente verdade, porque tal deriva da própria natureza do cristão. […] É mais fácil a luz ser trevas do que o cristão não brilhar.







Profecia do Dia


Domingo, dia 22 de Setembro de 2013

25º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Vigésimo Quinto Domingo do tempo comum (semana I do saltério)

S. Maurício e companheiros (soldados romanos), mártires, séc. III

Comentário do dia
Santo Ambrósio : «Um só é o vosso Mestre […], Cristo» (Mt 23,8)

Amós 8,4-7.

Ouvi isto, vós que esmagais o pobre e fazeis perecer os desvalidos da terra,
dizendo: "Quando passará a Lua-nova, para vendermos o nosso trigo, e o sábado, para abrirmos os nossos celeiros, diminuindo o efá, aumentando o siclo e falseando a balança para defraudar?
Compraremos os necessitados por dinheiro e o pobre por um par de sandálias, e venderemos até as alimpas do nosso trigo."
O SENHOR jurou contra a soberba de Jacob: "Não esquecerei jamais nenhuma das suas obras."


Salmos 113(112),1-2.4-6.7-8.

Louvai, servos do Senhor,  
louvai o nome do Senhor.  
Bendito seja o nome do Senhor,
agora e para sempre.  

O Senhor reina sobre todas as nações,
a sua majestade está acima dos céus.
Quem há como o Senhor e nosso Deus,
que habita nas alturas.

Ele se inclina, lá do alto,
para observar o céu e a terra.
Ele levanta do pó o indigente
e tira o pobre da miséria.

Para o fazer sentar
com os grandes do seu povo.



1 Tim. 2,1-8.

Caríssimo: Recomendo, pois, antes de tudo, que se façam preces, orações, súplicas e acções de graças por todos os homens,
pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, a fim de que levemos uma vida serena e tranquila, com toda a piedade e dignidade.
Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador,
que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.
Pois, há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, um homem: Cristo Jesus,
que se entregou a si mesmo como resgate por todos. Tal é o testemunho dado para os tempos estabelecidos.
Foi para isto que fui constituído arauto e apóstolo –digo a verdade, não minto – mestre das nações, na fé e na verdade.
Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, erguendo as mãos puras, sem ira nem altercação.


Lucas 16,1-13.

Naquele tempo, disse ainda Jesus aos discípulos: «Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de lhe dissipar os bens.
Mandou-o chamar e disse-lhe: 'Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar.'
O administrador disse, então, para consigo: 'Que farei, pois o meu senhor vai tirar-me a administração? Cavar não posso; de mendigar tenho vergonha.
Já sei o que hei de fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando for despedido da minha administração.'
E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu senhor?' Ele respondeu:
Cem talhas de azeite.' Retorquiu-lhe: 'Toma o teu recibo, senta-te depressa e escreve cinquenta.'
Perguntou, depois, ao outro: 'E tu quanto deves?' Este respondeu: 'Cem medidas de trigo.' Retorquiu-lhe também: 'Toma o teu recibo e escreve oitenta.'
O senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. É que os filhos deste mundo são mais sagazes que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes.»
«E Eu digo-vos: Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas.
Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é infiel no pouco também é infiel no muito.
Se, pois, não fostes fiéis no que toca ao dinheiro desonesto, quem vos há-de confiar o verdadeiro bem?
E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores; ou há-de aborrecer a um e amar o outro, ou dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário sobre o Evangelho de Lucas, 7, 244ss; SC 52

«Um só é o vosso Mestre […], Cristo» (Mt 23,8)

«Nenhum servo pode servir a dois senhores.» Não que haja dois: só há um Senhor. Porque mesmo que haja pessoas que servem o dinheiro, este não possui em si qualquer direito de ser senhor; são as pessoas que tomam sobre si o jugo desta escravatura. Com efeito, o dinheiro não tem qualquer poder justo, antes constitui uma escravatura injusta. É por isso que Jesus diz: «Arranjai amigos com o dinheiro desonesto», para que, pela nossa generosidade para com os pobres, obtenhamos os favores dos anjos e dos santos.



O administrador não é criticado; deste modo, aprendemos que não somos senhores, mas administradores das riquezas de outrém. Se bem que tenha errado, ele é elogiado porque, ao dar aos pobres em nome do seu senhor, arranjou apoios para si. E Jesus falou muito bem do «dinheiro desonesto», porque o amor pelo dinheiro tenta-nos pelas suas diversas seduções, a ponto de aceitarmos ser seus escravos. É por isso que Ele diz: «Se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?» As riquezas são-nos alheias porque estão fora da nossa natureza: não nascem connosco, não nos seguem na morte. Cristo, pelo contrário, é nosso porque é a vida. […] Não sejamos então escravos dos bens exteriores porque só a Cristo devemos reconhecer como Senhor.