quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 17 de Outubro de 2013

Quinta-feira da 28ª semana do Tempo Comum

Santo Inácio de Antioquia, bispo, mártir, séc. II

Comentário do dia
São Gregório de Narek : «Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-Lo fortemente com perguntas»

Romanos 3,21-30.

Irmãos: independentemente da Lei de Moisés, manifestou-se agora a justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos Profetas:
a justiça que vem para todos os crentes, mediante a fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma:
todos pecaram e estão privados da glória de Deus.
Sem o merecerem, são justificados pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus.
Deus ofereceu-o para, nele, pelo seu sangue, se realizar a expiação que actua mediante a fé; foi assim que ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora,
no tempo da divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque Ele é justo e justifica quem tem fé em Jesus.
Onde está, pois, o motivo para alguém se gloriar? Foi excluído! Por qual lei? Pela das obras? De modo nenhum! Mas pela lei da fé.
Pois estamos convencidos de que é pela fé que o homem é justificado, independentemente das obras da lei.
Será Deus apenas Deus dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, Ele é também Deus dos gentios,
uma vez que há um só Deus. É Ele que há-de justificar pela fé os circuncidados, e os não-circuncidados, mediante a fé.


Salmos 130(129),1-2.3-4b.4c-6.

Do fundo do abismo clamo por ti, Senhor,
Senhor, ouve a minha prece.
Estejam teus ouvidos atentos
à voz da minha súplica.

Se tiveres em conta os nossos pecados,
Senhor, quem poderá resistir?  
Mas junto de vós encontramos o vosso perdão
por isso temos o vosso temor em nós.

Eu espero no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor,
mais do que a sentinela na aurora.



Lucas 11,47-54.

Naquele tempo, disse O Senhor aos doutores da lei: «Ai de vós, que edificais os túmulos dos profetas, quando os vossos pais é que os mataram!
Assim, dais testemunho e aprovação aos actos dos vossos pais, porque eles mataram-nos e vós edificais-lhes sepulcros.
Por isso mesmo é que a Sabedoria de Deus disse: 'Hei-de enviar-lhes profetas e apóstolos, a alguns dos quais darão a morte e a outros perseguirão,
a fim de que se peça contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo,
desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o santuário.' Sim, Eu vo-lo digo, serão pedidas contas a esta geração.
Ai de vós, doutores da Lei, porque vos apoderastes da chave da ciência: vós próprios não entrastes e impedistes a entrada àqueles que queriam entrar!»
Quando saiu dali, os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-lo fortemente com perguntas e a fazê-lo falar sobre muitos assuntos, armando-lhe ciladas e procurando apanhar-lhe alguma palavra para o acusarem.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Gregório de Narek (c. 944-c. 1010), monge e poeta arménio
Livro de Orações, nº 77

«Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-Lo fortemente com perguntas»

Mau grado o temor tingido de alegria, quero agora aqui contar um pouco dos tormentos que Tu, meu Deus e de todos, sofreste por mim.


De pé no tribunal dos homens, a quem criaste,

Numa natureza que era também a minha,

Não proferiste uma palavra, Tu que a permites,

Não elevaste a voz, Tu que criaste as línguas,

Não soltaste um grito, Tu por quem a terra existe, […]

Não abandonaste à sua sorte quem Te abandonou ao Teu martírio,

Não ofereceste resistência a quem Te atava,

Nem Te indignaste contra quem Te esbofeteava.

Não injuriaste quem Te cuspia na cara,

Nem estremeceste perante quem Te agredia,

Não Te enfureceste contra quem de Ti escarnecia,

Nem alteraste o semblante a quem Te condenava. […]


Longe de Te darem um momento de descanso, a Ti, fonte da vida,

Depressa Te puseram às costas, para a levares, a cruz do suplício,

Que recebeste com magnanimidade,

Tomaste com doçura,

Soergueste com paciência,

E, como um culpado,

Te encarregaste dela, da cruz das dores!