sábado, 9 de novembro de 2013

Profecia do Dia


Domingo, dia 10 de Novembro de 2013

32º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Trigésimo Segundo Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)

S. Leão I Magno, papa, Doutor da Igreja, +461

Comentário do dia
Teodoro de Mopsuesto : «Ele não é um Deus dos mortos, mas dos vivos»

2 Mac. 7,1-2.9-14.

Naqueles dias, aconteceu também que foram presos sete irmãos com a mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de azorrague e de nervos de boi, quis obrigar a comer carnes de porco, proibidas pela lei.
Um deles, tomou a palavra e falou assim: «Que pretendes perguntar e saber de nós? Estamos prontos a antes morrer do que violar as leis dos nossos pais.»
Prestes a dar o último suspiro, disse: «Ó malvado, tu arrebatas-nos a vida presente, mas o rei do universo há-de ressuscitar-nos para a vida eterna, se morrermos fiéis às suas leis.»
Depois deste, torturaram o terceiro, o qual, mal lhe pediram a língua, deitou-a logo de fora e estendeu as mãos corajosamente.
E disse, cheio de confiança: «Do Céu recebi estes membros, mas agora menosprezo-os por amor das leis de Deus, mas espero recebê-los dele, de novo, um dia.»
O próprio rei e os que o rodeavam ficaram admirados com o heroísmo deste jovem, que nenhum caso fazia dos sofrimentos.
Morto também este, aplicaram os mesmos suplícios ao quarto,
o qual, prestes a expirar, disse: «É uma felicidade perecer à mão dos homens, com a esperança de que Deus nos ressuscitará; mas a tua ressurreição não será para a vida.»


Salmos 17(16),1.5-6.8.15.

Ouve, Senhor, a minha causa justa,
atende ao meu clamor.
Escuta a minha oração,
que não sai de lábios mentirosos.

firmai os meus passos nos vossos caminhos
e que os meus pés não vacilem
Eu te invoco, ó Deus; responde-me!
Inclina para mim o ouvido, escuta as minhas palavras.

Guarda-me como à pupila dos teus olhos;
esconde-me à sombra das tuas asas,
Eu, porém, pela justiça, contemplarei a tua face
e, ao despertar, serei saciado com a tua presença.



2 Tess. 2,16-17.3,1-5.

Irmãos: O próprio Senhor Nosso Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, uma consolação eterna e uma boa esperança,
consolem os vossos corações e os confirmem em toda a obra e palavra boa.
Quanto ao resto, irmãos, orai por nós para que a palavra do Senhor avance e seja glorificada como o é entre vós,
e para que sejamos libertados dos homens perversos e malvados, pois nem todos têm fé.
Mas fiel é o Senhor que vos confirmará e vos protegerá do mal.
A respeito de vós, temos confiança no Senhor em que já fazeis e continuareis a fazer o que vos ordenamos.
O Senhor dirija os vossos corações para o amor de Deus e para a constância de Cristo.


Lucas 20,27-38.

Naqueles tempo, aproximaram-se  de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-n'O:
«Mestre, Moisés prescreveu nos que, se morrer um homem deixando a mulher, mas não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva, para dar descendência ao irmão.
Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos;
o segundo,
depois o terceiro, casaram com a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram sem deixar filhos.
Finalmente, morreu também a mulher.
Ora bem, na ressurreição, a qual deles pertencerá a mulher, uma vez que os sete a tiveram por esposa?»
Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se;
mas aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres,
porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.
Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão vivos.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Teodoro de Mopsuesto (?-428), bispo e teólogo
Comentário sobre o evangelho de João, livro 2

«Ele não é um Deus dos mortos, mas dos vivos»

O fundamento da nossa presente condição é Adão; mas o da nossa vida futura é Cristo, nosso Senhor. Tal como Adão foi o primeiro homem mortal e depois, por causa dele, todos os homens se tornaram mortais, assim também Cristo foi o primeiro ressuscitado dos mortos e concedeu o gérmen da ressurreição aos que viriam depois dele. Vimos a esta vida visível através do nascimento corporal e é por isso que somos todos perecíveis; mas, na vida futura, seremos transformados pelo poder do Espirito Santo e, por isso, ressuscitaremos imperecíveis.


Isto só se realizará quando este gérmen de vida se desenvolver; mas, desde agora, Cristo, nosso Senhor, quis transportar-nos a essa altura duma maneira simbólica dando-nos o batismo, esse novo nascimento em Si próprio. Este nascimento espiritual é já a prefiguração da ressurreição e da regeneração que devem realizar-se plenamente em nós quando passarmos para essa nova vida. É por isso que o batismo é chamado também regeneração.


Quando o apóstolo Paulo fala da vida futura, quer dar segurança aos seus ouvintes através destas palavras: «Não só ela [a criação]; também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos no nosso íntimo, aguardando a adopção filial, a libertação do nosso corpo» (Rom 8,23). Pois, se recebemos desde agora as primícias da graça, esperamos acolhê-la em plenitude quando nos for dada a felicidade da ressurreição.