terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Santo e feliz Natal!

Prezados assinantes,

A equipa do Evangelho Quotidiano em língua portuguesa deseja-vos de todo o coração um SANTO E FELIZ NATAL, na contemplação do nascimento de Cristo.   

No Natal, «nessa santíssima noite deslumbrante pelo nascimento d’Aquele que é a verdadeira luz, abundam as maravilhas, multiplicam-se as riquezas, porque o tesouro está aberto: aquela que dá à luz é mãe e virgem, Aquele que nasce é Deus e homem» (S. Bernardo). Que os céus se alegrem, que a terra estremeça diante da face do Senhor, porque um Salvador nos nasceu hoje – Ele governará o mundo na justiça e os povos na verdade.

Com os nossos agradecimentos pela vossa fidelidade, endereçamos a todos os melhores votos para as festas natalícias. Que a Luz do Natal ilumine todo o novo ano de 2014.


A equipa do Evangelho Quotidiano em língua portuguesa.

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 25 de Dezembro de 2013

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - Solenidade com Oitava - Missa do Dia
Natal do Senhor (ofício próprio)

Comentário do dia
Santo Efrém : «Maria conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2,19)

Is. 52,7-10.

Que formosos são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que apregoa a boa nova, e que proclama a salvação e diz a Sião: «O teu Deus é rei!»
Ouve: as tuas sentinelas gritam, cantam em coro, porque vêem olhos nos olhos o regresso do SENHOR a Sião.
Ruínas de Jerusalém, irrompei em cânticos de alegria, porque o SENHOR consola o seu povo, com a libertação de Jerusalém.
O SENHOR mostra a força do seu braço poderoso aos olhos das nações, e todos os confins da terra verão o triunfo do nosso Deus.


Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória.

O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel.

Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai a Deus, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai hinos ao Senhor, ao som da harpa,
ao som da harpa e da lira;
ao som de cornetins e trombetas,
aclamai o nosso rei e Senhor.



Heb. 1,1-6.

Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos antigos, por meio dos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por meio de quem fez o mundo.
Este Filho, que é resplendor da sua glória e imagem fiel da sua substância e que tudo sustenta com a sua palavra poderosa, depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas,
tão superior aos anjos quanto superior ao deles é o nome que recebeu em herança.
Com efeito, a qual dos anjos disse Deus alguma vez: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei? E ainda: Eu serei para Ele um Pai e Ele será para mim um Filho?
E de novo, quando introduz o Primogénito no mundo, diz: Adorem--no todos os anjos de Deus.


João 1,1-18.

No princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus.
No princípio Ele estava em Deus.
Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência.
Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens.
A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam.
Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João.
Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele.
Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.
O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.
Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus.
E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'»
Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças.
É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo.
A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Hinos 5 e 6 sobre a Natividade

«Maria conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2,19)

Com palavras sublimes,

Ardendo de amor,

Maria embalava-O:

«Como me foi dado, a mim, a solitária,

Conceber e dar à luz

Aquele que é o único e o múltiplo,

O mais pequeno e o Maior?

Aqui está Ele inteiro, junto a mim

E inteiro perto de todo o universo.


No dia em que Gabriel

Entrou na minha pobre casa

Tornou-me de súbito

Nobre dama e serva:

Pois eu era a serva da tua divindade (cf Lc 1,38),

Mas também sou a mãe

Da tua humanidade,

Meu Senhor e meu filho!


A serva tornou-se de repente

Filha de rei,

Por Ti, filho de David,

Eis que a mais humilde

Da casa de David,

Eis que uma filha da terra

Chega até ao céu

Por Aquele que é do céu!


Que maravilha para mim!

Perto de mim repousa

Este recém-nascido, o Ancião dos dias! (cf Dn 7,9)

Fixa o seu olhar na totalidade do céu,

E sem cessar

Os seus lábios balbuciam.

É tão parecido comigo!

Enquanto com Deus

Fala em silêncio!


Quem já viu alguma vez

Um recém-nascido olhar

Todas as coisas em toda a parte?

No seu olhar se compreende

Que é Ele que dirige

Toda a criação, de alto a baixo.

No seu olhar se compreende

Que Ele, como Senhor, dá ordens

A todo o universo.


Como poderia eu abrir

Uma fonte de leite,

Para Ti, que és a Fonte?

Como poderia eu dar

Alimento

A Ti que alimentas todos os seres

À tua mesa?

Como cobrir-Te de panos,

A Ti, que estás revestido de um manto de luz? (cf Sl 104,2)


A minha boca não sabe

O que há-de chamar-Te,

Ó Filho do Deus vivo! (cf Mt 16,16)

Se ouso chamar-Te

Filho de José,

Tremo, pois não és da sua semente. […]


Embora sejas o Filho do Único

A partir de agora

Vou chamar-Te

Filho de um grande número,

Pois para Ti não bastam

Milhares de nomes:

És filho de Deus mas também filho do homem (cf Mc 1,1; 8,31)

E também filho de José (cf Lc 3,23)

E filho de David (cf Lc 20,41)

E filho de Maria (cf Mc 6,3).