quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 24 de Janeiro de 2014

Sexta-feira da 2ª semana do Tempo Comum

S. Francisco de Sales, b., Doutor da Igreja, +1622

Comentário do dia
Concílio Vaticano II: Estabeleceu estes doze

1 Sam. 24,3-21.

Naqueles dias, Saul tomou consigo três mil homens escolhidos em todo o Israel, foi em busca de David e dos seus homens pelos rochedos de Jelim, só acessíveis às cabras monteses.
Chegando perto dos apriscos de ovelhas que encontrou ao longo do caminho, Saul entrou numa gruta para satisfazer as suas necessidades. No fundo desta gruta, encontrava-se David com os seus homens,
os quais lhe disseram: «Eis o dia do qual o Senhor te disse: 'Eu entregarei o teu inimigo nas tuas mãos, para que faças dele o que quiseres.'» David levantou-se e cortou sigilosamente a ponta do manto de Saul.
E logo o seu coração se encheu de remorsos por ter cortado a ponta do manto de Saul.
E disse aos seus homens: «Deus me guarde de fazer tal coisa ao meu senhor, o ungido do Senhor, estender a minha mão contra ele, pois ele é o ungido do Senhor!»
David conteve os seus homens com estas palavras e impediu que agredissem Saul. O rei levantou-se, afastou-se da gruta e prosseguiu o seu caminho.
Depois, levantou-se David e saiu da caverna atrás de Saul, clamando: «Ó rei, meu senhor!» Saul voltou-se, e David, inclinando-se, fez-lhe uma profunda reverência.
E disse David a Saul: «Porque dás ouvidos ao que te dizem: 'David procura fazer-te mal'?
Viste hoje com os teus olhos que o Senhor te entregou nas minhas mãos, na gruta. O pensamento de te matar assaltou-me, incitou-me contra ti, mas eu disse: 'Não levantarei a mão contra o meu senhor, porque é o ungido do Senhor.'
Olha, meu pai, e vê se é a ponta do teu manto que tenho na minha mão. Se eu cortei a ponta do teu manto e não te matei, reconhece que não há maldade nem revolta contra ti. Não pequei contra ti e tu, ao contrário, procuras matar-me.
Que o Senhor julgue entre mim e ti! Que o Senhor me vingue de ti, mas eu não levantarei a minha mão contra ti.
O mal vem dos perversos, como diz um provérbio antigo; por isso, não te tocará a minha mão.
Mas a quem persegues, ó rei de Israel? A quem persegues? Um cão morto? Uma pulga?
Pois bem! O Senhor julgará e sentenciará entre mim e ti. Que Ele julgue e defenda a minha causa, e me livre das tuas mãos.»
Logo que David acabou de falar, Saul disse-lhe: «É esta a tua voz, ó meu filho David?» E Saul elevou a voz, soluçando.
E disse a David: «Tu portas-te bem comigo, e eu comporto-me mal contigo.
Provaste hoje a tua bondade para comigo, pois o Senhor havia-me entregado nas tuas mãos e não me mataste.
Qual é o homem que, encontrando o seu inimigo, o deixa ir embora tranquilamente? Que o Senhor te recompense pelo que fizeste comigo!
Agora eu sei que serás rei e que nas tuas mãos estará firme o reino de Israel.


Salmos 57(56),2.3-4.6.11.

Tem compaixão de mim, ó Deus, tem compaixão,
porque em ti me refugio
e me abrigo à sombra das tuas asas,
até que passe a tormenta.

Clamo ao Deus Altíssimo,
ao Deus que faz tudo por mim.
Que Ele me envie do céu a sua ajuda e me salve  
que Ele envie do céu o seu amor e fidelidade

Ó Deus, revela nas alturas a tua grandeza,
e sobre toda a terra a tua glória.
porque aos céus se eleva avossa bondade
e até às nuvens a vossa fidelidade.



Marcos 3,13-19.

Naquele tempo, Jesus subiu  a um monte. Chamou os que Ele queria e foram ter com Ele.
Estabeleceu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar,
com o poder de expulsar demónios.
Estabeleceu estes doze: Simão, ao qual pôs o nome de Pedro;
Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais deu o nome de Boanerges, isto é, filhos do trovão;
André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu,
e Judas Iscariotes, que o entregou.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Concílio Vaticano II
Decreto sobre o ministério dos sacerdotes, «Presbyterorum ordinis», § 2

Estabeleceu estes doze

O Senhor Jesus, a quem o Pai santificou e enviou ao mundo (Jo 10,36), tornou todo o seu Corpo místico participante da unção do Espírito com que Ele mesmo tinha sido ungido (Mt 3,16; Lc 4,18; Act 10,38): nele, com efeito, todos os fiéis se tornam sacerdócio santo e real, oferecem vítimas a Deus por meio de Jesus Cristo, e anunciam as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua luz admirável (1Ped 2, 5.9). Não há, portanto, nenhum membro que não tenha parte na missão de todo o corpo, mas cada um deve santificar Jesus no seu coração (1Ped 3,15), e dar testemunho de Jesus com espírito de profecia (Ap 19,10).

O mesmo Senhor, porém, para que formassem um corpo, no qual «nem todos os membros têm a mesma função» (Rom 12,4), constituiu, dentre os fiéis, alguns como ministros que, na sociedade dos crentes, possuíssem o sagrado poder da Ordem para oferecer o Sacrifício, perdoar os pecados e exercer oficialmente o ofício sacerdotal em nome de Cristo a favor dos homens. E assim, enviando os Apóstolos assim como Ele tinha sido enviado pelo Pai (Jo 20,21), Cristo, através dos mesmos Apóstolos, tornou participantes da sua consagração e missão os sucessores deles, os Bispos, cujo cargo ministerial, em grau subordinado, foi confiado aos presbíteros, para que, constituídos na Ordem do presbiterado, fossem cooperadores da Ordem do episcopado para o desempenho perfeito da missão apostólica confiada por Cristo.

O ministério dos sacerdotes, enquanto unido à Ordem episcopal, participa da autoridade com que o próprio Cristo edifica, santifica e governa o seu corpo. Por isso, o sacerdócio dos presbíteros, supondo, é certo, os sacramentos da iniciação cristã, é, todavia, conferido mediante um sacramento especial, em virtude do qual os presbíteros ficam assinalados com um carácter particular e, dessa maneira, configurados a Cristo sacerdote, de tal modo que possam agir em nome de Cristo cabeça.