sexta-feira, 21 de março de 2014

Profecia do Dia


Sabado, dia 22 de Março de 2014

Sábado da 2ª semana da Quaresma

S. Zacarias, papa, +752, S. Saturnino, bispo e mártir, séc. III

Comentário do dia
São Romano: «Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha»

Miqueias 7,14-15.18-20.

Apascenta com o cajado o teu povo, o rebanho da tua herança, os que habitam isolados nas florestas no meio dos prados. Sejam eles apascentados em Basan e Guilead, como nos dias antigos.
Mostra-nos os teus prodígios, como nos dias em que nos tiraste do Egipto.
Qual é o Deus que, como Tu, apaga a iniquidade e perdoa o pecado do resto da sua herança? Não se obstina na sua cólera, porque prefere a bondade.
Uma vez mais, terá compaixão de nós, apagará as nossas iniquidades e lançará os nossos pecados ao fundo do mar.
Mostrarás a tua fidelidade a Jacob, e a tua bondade a Abraão, como juraste a nossos pais, desde os tempos antigos.


Salmos 103(102),1-2.3-4.9-10.11-12.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor,
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor,
e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

É Ele quem perdoa as tuas culpas
e cura todas as tuas enfermidades.
É Ele quem resgata a tua vida do túmulo
e te enche de graça e de ternura.

Não está sempre a repreender-nos,
nem a sua ira dura para sempre.
Não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.    

Como é grande a distância dos céus à terra,
assim são grandes os seus favores para os que o temem.
Como o Oriente está afastado do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados.



Lucas 15,1-3.11-32.

Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se de Jesus para O ouvirem.
Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles.»
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
Disse ainda: «Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.' E o pai repartiu os bens entre os dois.
Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada.
Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações.
Então, foi colocar-se ao serviço de um dos habitantes daquela terra, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
E, caindo em si, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome!
Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e vou dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti;
já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros.'
E, levantando-se, foi ter com o pai. Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.
O filho disse-lhe: 'Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.'
Mas o pai disse aos seus servos: 'Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos,
porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.' E a festa principiou.
Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
Disse-lhe ele: 'O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.'
Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse.
Respondendo ao pai, disse-lhe: 'Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos;
e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.'
O pai respondeu-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.'»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Romano, o Melodioso (?-c. 560), compositor de hinos
Hino 55

«Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha»

Muitos são os que pela penitência foram dignos do amor que tens pelo homem,

Tu, que justificaste o publicano pelo seu lamento e a pecadora pelo seu pranto (Lc 18,14; 7,50),

E, ao preveres e dares o perdão de acordo com imutáveis desígnios,

Te mostras rico de todas as misericórdias (Ef 2,4). Converte-me também a mim,

Tu que queres que todos os homens sejam salvos! (1Tim 2,4)


A minha alma enodoou-se ao vestir a túnica dos meus erros (Gn 3,21),

Mas Tu me alcançarás a graça de fazer jorrar fontes dos meus olhos,

A fim de que, pela contrição, seja purificada e digna das tuas núpcias (Mt 22,12).

Veste-me com o manto multicolor (Sl 45 [44],15),

Tu que queres que todos os homens sejam salvos!


Tem compaixão de mim, Pai celeste, tal como tiveste pelo filho pródigo,

Porque também eu me lanço aos Teus pés e como ele clamo: «Pai, pequei!»,

E rejubilarão os anjos com a salvação dum filho indigno (Lc 15,7).

Não me rejeites, Deus de bondade, Tu que queres que todos os homens sejam salvos!


Pois foi pela graça que fizeste de mim teu filho e teu herdeiro (Rom 8,17)

E, ao ofender-Te, me vejo cativo, escravo vendido ao pecado e desditoso!

Tem misericórdia da tua própria imagem (Gn 1,26), Salvador meu: resgata-me deste degredo,

Tu que queres que todos os homens sejam salvos!


Tendo chegado ao arrependimento, […] a palavra de Paulo encoraja-me

A não desfalecer na oração e a esperar (Col 4,2), sabendo que, se tardas,

É para me dares a ganhar o salário da perseverança. Sabedor da tua misericórdia

E da tua ânsia em socorrer-me (Lc 15,4), cheio de confiança Te suplico: vem em meu auxílio,

Tu que queres que todos os homens sejam salvos!


Permite que leve uma vida pura, Te celebre e Te preste glória para sempre, Cristo,

Todo-Poderoso, e para que depois Te cante […] um cântico puro (Sl 40 [39],4),

Concede-me que os meus actos correspondam às minhas palavras, único Senhor,

Tu que queres que todos os homens sejam salvos!