quarta-feira, 26 de março de 2014

Profecia do Dia


Quinta-feira, dia 27 de Março de 2014

Quinta-feira da 3ª da Quaresma

Santo Alberto Chmielowski, religioso, fundador, +1916, S. João do Egipto, eremita, +374, S. João Damasceno, presbítero, Doutor da Igreja, +749, Santo Alexandre, patriarca de Alexandria, +326

Comentário do dia
São João Eudes : «O Reino de Deus já chegou até vós»

Jer. 7,23-28.

Assim fala o Senhor: «A única ordem que dei ao meu povo foi esta: 'Ouvi a minha voz e Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo; segui sempre a senda que vos indicar, a fim de que sejais felizes.'
Eles, porém, não me ouviram, não prestaram atenção, seguiram os maus conselhos dos seus corações empedernidos; viraram-me as costas em vez de se voltarem para mim.
Desde o dia em que os vossos pais deixaram o Egipto até hoje, Eu vos enviei todos os meus servos, os profetas, dia após dia.
Eles, porém, não me ouviram, não me prestaram atenção; endureceram a sua cerviz e agiram pior que os seus pais.
Tudo isto lhes transmitirás, mas não te escutarão. Chamá-los-ás e não te responderão.
Então dir-lhes-ás: 'Esta é a nação que não ouviu a voz do Senhor, seu Deus, não aceitou as suas advertências. A sua lealdade desapareceu, foi banida da sua boca.'


Salmos 95(94),1-2.6-7.8-9.

Vinde, exultemos de alegria no Senhor,
aclamemos o rochedo da nossa salvação.
Vamos à sua presença com hinos de louvor,
saudemo-lo com cânticos jubilosos.

Vinde, prostremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
Pois ele é o nosso Deus
e nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.
Quem dera ouvísseis hoje a sua voz:

«Não endureçais os vossos corações,
como em Meriba, como no dia de Massá, no deserto,
quando os vossos pais me provocaram
e me puseram à prova,
apesar de terem visto as minhas obras.»



Lucas 11,14-23.

Naquele tempo, Jesus estava a expulsar um demónio mudo. Quando o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada.
Mas alguns dentre eles disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demónios.»
Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu.
Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa.
Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios.
Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas se Eu expulso os demónios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança;
mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João Eudes (1601-1680), presbítero, pregador, fundador de institutos religiosos
O Reino de Jesus, 3-4 (trad. Breviário)

«O Reino de Deus já chegou até vós»

Devemos continuar a completar em nós os estados e mistérios da vida de Cristo e pedir-Lhe continuamente que Se digne consumá-los perfeitamente em nós e em toda a sua Igreja. Os mistérios de Jesus não chegaram ainda à sua total perfeição e plenitude. Chegaram certamente à sua perfeição e plenitude na pessoa de Jesus, mas não em nós, que somos seus membros, nem na Igreja, que é o seu corpo místico (Ef 5,30). Na verdade, o Filho de Deus deseja […] prolongar em certo modo os seus mistérios em nós e em toda a Igreja […]; quer completá-los em nós. Por isso diz São Paulo que Cristo realiza a sua plenitude na Igreja e que todos nós contribuímos para a sua edificação e para a idade da sua plenitude (Ef 4,13) […]. Também noutro lugar diz o mesmo apóstolo que completa na sua carne o que falta à Paixão de Cristo (Col 1,24).

Deste modo, o Filho de Deus determinou consumar e completar em nós todos os estados e mistérios da sua vida. Quer levar à plenitude em nós o mistério da sua encarnação, do seu nascimento, da sua vida oculta, e realiza-o formando-Se em nós e renascendo em nossas almas pelos santos sacramentos do baptismo e da sagrada eucaristia, e fazendo-nos viver uma vida espiritual e interior escondida com Ele em Deus. Quer completar em nós o mistério da sua Paixão, morte e ressurreição, fazendo-nos padecer, morrer e ressuscitar com Ele. Finalmente, quer realizar em nós o estado da sua vida gloriosa e mortal, quando nos fizer viver com Ele e nele uma vida gloriosa e imortal nos céus. […]

Neste sentido, os mistérios de Cristo não chegarão à sua plenitude senão no fim dos tempos, por Ele determinado para a realização plena dos seus mistérios em nós e na Igreja, isto é, no fim do mundo.