terça-feira, 1 de abril de 2014

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 02 de Abril de 2014

Quarta-feira da 4ª semana da Quaresma

S. Francisco de Paula, eremita, fundador, +1507, Santa Maria do Egipto (Egipcíaca), eremita, séc. V

Comentário do dia
Odes de Salomão : «Os mortos hão-de ouvir a voz do Filho de Deus»

Is. 49,8-15.

Assim fala o Senhor: «Eu respondi-te no tempo da graça, Eu  socorri-te no dia da salvação. Defendi-te e designei-te para renovar a aliança do povo, para restaurares o país e repartires as heranças devastadas,
para dizeres aos prisioneiros: 'Saí da prisão!' E aos que estão nas trevas: 'Vinde à luz!' Ao longo dos caminhos encontrarão que comer, e em todas as dunas arranjarão alimento.
Não padecerão fome nem sede, e não os molestará o vento quente nem o sol, porque o que tem compaixão deles os guiará, e os conduzirá em direcção às fontes.
Transformarei os meus montes em caminhos planos, e as minhas estradas serão alteadas.
Vede como eles chegam de longe! Uns vêm do Norte e do Poente, e outros, da terra de Siene.»
Cantai, ó céus! Exulta de alegria, ó terra! Prorrompei em exclamações, ó montes! Na verdade, o SENHOR consola o seu povo, e se compadece dos desamparados.
Sião dizia: «O SENHOR abandonou-me, o meu dono esqueceu-se de mim.»
Acaso pode uma mulher esquecer-se do seu bebé, não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, Eu nunca te esqueceria.


Salmos 145(144),8-9.13cd-14.17-18.

O Senhor é clemente e compassivo,
é paciente e misericordioso.
O Senhor é bom para com todos,
a sua misericórdia se estende a todas as criaturas,

e o seu domínio estende-se
por todas as gerações.
O Senhor ergue todos os que caem
e reanima todos os abatidos.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos
e misericordioso em todas as suas obras.
O Senhor está perto de todos os que o invocam,
dos que o invocam sinceramente.



João 5,17-30.

Naquela tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha intensamente, e Eu também trabalho em todo o tempo.»
Perante isto, mais vontade tinham os judeus de o matar, pois não só anulava o Sábado, mas até chamava a Deus seu próprio Pai, fazendo-se assim igual a Deus.
Jesus tomou, pois, a palavra e começou a dizer-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: o Filho, por si mesmo, não pode fazer nada, senão o que vir fazer ao Pai, pois aquilo que este faz também o faz igualmente o Filho.
De facto, o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que Ele mesmo faz; e há-de mostrar-lhe obras maiores do que estas, de modo que ficareis assombrados.
Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e os faz viver, também o Filho faz viver aqueles que quer.
O Pai, aliás, não julga ninguém, mas entregou ao Filho todo o julgamento,
para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não é sujeito a julgamento, mas passou da morte para a vida.
Em verdade, em verdade vos digo: chega a hora e é já em que os mortos hão-de ouvir a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão,
pois, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, também deu ao Filho o poder de ter a vida em si mesmo;
e deu-lhe o poder de fazer o julgamento, porque Ele é Filho do Homem.
Não vos assombreis com isto: é chegada a hora em que todos os que estão nos túmulos hão-de ouvir a sua voz,
e sairão: os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida; e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação.
Por mim mesmo, Eu não posso fazer nada: conforme ouço, assim é que julgo; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a daquele que me enviou.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Odes de Salomão (texto cristão hebraico do início do século II)
Nº 42

«Os mortos hão-de ouvir a voz do Filho de Deus»

[Fala Cristo:]

Os que não Me reconheceram não beneficiaram;

Eu estava oculto aos que não Me possuíam.

Estou perto dos que Me amam.

Todos os meus perseguidores morreram;

Os que Me sabiam vivo procuraram-Me.

Ressuscitei, estou com eles,

Falo pela sua boca.

Eles repeliram os que os perseguem;

Sobre eles lancei o jugo do meu amor.

Como o braço do noivo sobre a sua noiva (Ct 2,6),

Assim é o meu jugo sobre os que Me conhecem.

Tal como a tenda dos esponsais se ergue em casa do noivo,

O meu amor protege os que crêem em Mim.

Não fui amaldiçoado,

Mesmo que assim tenha parecido.

Não pereci,

Embora assim o tivessem imaginado.

A mansão dos mortos viu-Me

E foi vencida,

A morte deixou-Me partir;

E a muitos comigo.

Fui para ela fel e vinagre;

Desci com ela à sua mansão,

Até ao mais fundo.

A morte deixou-Me

não conseguiu suportar o meu rosto.


Tive entre os seus mortos

Uma assembleia de vivos (1Ped 3,19; 4,6).

Falei-lhes com lábios vivos,

De forma que a minha palavra nunca foi vã.

Os que estavam mortos correram para Mim;

Gritaram e disseram: «Tem piedade de nós,

Filho de Deus, age connosco segundo a tua graça.

Faz-nos sair das cadeias das trevas,

Abre-nos a porta, para sairmos para Ti.

Vemos que a nossa morte

não se aproximou de Ti.

Sejamos nós também libertos contigo,

pois és o nosso Salvador.»


Quanto a mim, escutei as suas vozes,

recolhi a sua fé no meu coração.

Nas suas frontes escrevi o meu nome ( Ap 14,1);

eles são livres e pertencem-Me.







S. José de Anchieta

É com muita alegria que vos transmitimos uma notícia editada ontem pela agência Zénite. A todos os nossos leitores brasileiros (e não só) um abraço muito amigo.

"No dia 2 de abril de 2014, o pe. José de Anchieta, cofundador da cidade de São Paulo,  é  canonizado sem os dois milagres geralmente necessários; um para a beatificação e outro para a canonização propriamente dita. Os canonistas chamam este procedimento de “canonização equipolente” (equivalente), pois ela equivale ao processo normal para declarar que determinada pessoa falecida se encontra junto de Deus, no céu, intercedendo pelos que ainda vivem na terra.

O papa Francisco assina um decreto, canonizando o jesuíta. O processo de Anchieta teve início em 1597, ano de sua morte e se arrasta há 417 anos. Houve muitos percalços, incluindo dificuldades financeiras e até a supressão da Companhia de Jesus em 1773. No entanto, recentemente, o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal Angelo Amato, vislumbrou a possibilidade de se mudar de estratégia, com a canonização equipolente.

Na canonização equipolente deve-se ater a três requisitos básicos: 1) a prova do culto antigo ao candidato a santo, 2) o atestado histórico incontestável da fé católica e das virtudes do candidato, 3)  a fama ininterrupta de milagres intermediados pelo candidato. Destarte, pe. Anchieta preenche sobejamente as três condições. Com efeito, são inúmeros os milagres e graças atribuídos à intercessão dele. Veneram-no como bem-aventurado (que está no céu)  gente de São Paulo e fiéis do Brasil todo, bem como Ilhas Canárias, local onde Anchieta nasceu.

A canonização de José de Anchieta é um acontecimento social e religioso. Deveras, a pujança, a desenvoltura da cidade de São Paulo em muito é tributária da operosidade dinâmica dos jesuítas. Da mesma forma que a Companhia de Jesus se expandiu avassaladoramente em pouquíssimo tempo, São Paulo progrediu miraculosamente, talvez graças ao toque inicial de São José de Anchieta e pe. Manoel da Nobrega."

Da Zenit, 31.3.2014