segunda-feira, 7 de abril de 2014

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 08 de Abril de 2014

Terça-feira da 5ª semana da Quaresma

Santa Júlia Billiart, virgem, fundadora, +1816, Santa Cacilda, princesa moura, eremita, +1007

Comentário do dia
São Narsés Snorhali : «Vós sois deste mundo; Eu não sou deste mundo»

Núm. 21,4-9.

Naqueles dias, os filhos de Israel partiram do monte Hor para o mar Vermelho, contornando a terra de Edom.  
O povo falou contra Deus e contra Moisés: «Porque nos fizestes sair do Egipto? Foi para morrer no deserto, onde não há pão nem água, estando enjoados com este pão levíssimo?»
Mas o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que mordiam o povo, e por isso morreu muita gente de Israel.
O povo foi ter com Moisés e disse-lhe: «Pecámos ao protestarmos contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor para que afaste de nós as serpentes.» E Moisés intercedeu pelo povo.
O Senhor disse a Moisés: «Faz para ti uma serpente abrasadora e coloca-a num poste. Sucederá que todo aquele que tiver sido mordido, se olhar para ela, ficará vivo.»
Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e fixou-a sobre um poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, vivia.


Salmos 102(101),2-3.16-18.19-21.

Senhor, escuta a minha oração
e chegue junto de ti o meu clamor!
Não me ocultes o teu rosto
no dia da aflição.
Inclina para mim o teu ouvido;
no dia em que te invocar,
responde-me sem demora.

Os povos honrarão, Senhor, o teu nome,
e todos os reis da terra, a tua majestade.
Quando o Senhor reconstruir Sião
e manifestar a sua glória, 
há-de voltar-se para a oração do indigente
e não desprezará as suas súplicas.

Os povos reverenciarão o nome do Senhor,
e todos os reis da terra, a Vossa majestade.
Quando o Senhor restaurar Sião,
e manifestar a sua glória

atenderá a súplica do infeliz
e não desprezará a sua oração.
Escreva-se tudo isto para a s gerações futuras
e o povo que há-de formar louvará o Senhor.

Debruçou-se do alto da sua morada
lá do Céu o senhor olhou para a terra,
para ouvir o gemido dos cativos,
para libertar os condenados à morte.



João 8,21-30.

Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: «Eu vou-me embora: vós haveis de procurar-me, mas morrereis no vosso pecado. Vós não podereis ir para onde Eu vou.»
Então, os judeus comentavam: «Será que Ele se vai suicidar, dado que está a dizer: 'Vós não podeis ir para onde Eu vou'?»
Mas Ele acrescentou: «Vós sois cá de baixo; Eu sou lá de cima! Vós sois deste mundo; Eu não sou deste mundo.
Já vos disse que morrereis nos vossos pecados. De facto, se não crerdes que Eu sou o que sou, morrereis nos vossos pecados.»
Perguntaram-lhe, então: «Quem és Tu, afinal?» Disse-lhes Jesus: «Absolutamente aquilo que já vos estou a dizer!
Tenho muitas coisas que dizer e que julgar a vosso respeito; mas do que falo ao mundo é do que ouvi àquele que me enviou, e que é verdadeiro.»
Eles não perceberam que lhes falava do Pai.
Disse-lhes, pois, Jesus: «Quando tiverdes erguido ao alto o Filho do Homem, então ficareis a saber que Eu sou o que sou e que nada faço por mim mesmo, mas falo destas coisas tal como o Pai me ensinou.
E aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou só, porque faço sempre aquilo que lhe agrada.»
Quando expunha estas coisas, muitos creram nele.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Narsés Snorhali (1102-1173), patriarca arménio
Jesus, Filho Unigénito do Pai, §§ 708-724; SC 203

«Vós sois deste mundo; Eu não sou deste mundo»

Por causa do pecado, Tu, inocente,

Foste levado ao tribunal dos condenados!

Quando vieres na glória do Pai

Não me julgues com eles! (Mt 25,31ss)


Pela vergonha do primeiro homem, esse impudente,

Foste achincalhado com os escarros do sacrilégio!

Apaga-me do rosto o meu pecado

Com que ele se cobriu de vergonha! […]


Puseram aos teus ombros o manto escarlate

E foste revestido de púrpura,

Qual desonra e afronta!

Assim pensaram os soldados de Pilatos (Mt 27,28).


Afasta de mim o cilício do pecado,

A púrpura escarlate cor de sangue,

E reveste-me das vestes da alegria

Como no princípio fizeste ao primeiro homem!


Dobrando o joelho, eles escarneciam

Na galhofa e na risota!

E ao ver tudo isso, as hostes celestiais

Adoravam a tua Majestade, temerosas.


Tudo isso suportaste para da nossa natureza de Adão,

Esse amigo do pecado, retirares a vergonha

E da minha alma e consciência

Extraíres essa vergonha cheia de tristeza. […]


Depois do veredicto do juiz,

Recebeste os terríveis golpes da flagelação

Sobre o teu corpo todo

E todos os bocados do teu corpo!


A mim que dos pés à cabeça

Sofro dores intoleráveis

Vem de novo curar-me,

Como aquando da graça do baptismo!


Em vez dos espinhos do pecado

Que por nossa causa a maldição fez surgir (Gn 3,18),

Os vinhateiros de Jerusalém (Mt 21,33ss)

Na tua cabeça enterraram a coroa de espinhos!


Arranca de mim os espinhos do pecado

Que o Inimigo plantou em mim,

E cura-me dessa chaga purulenta

Que me deixaram os estigmas do pecado!