terça-feira, 15 de abril de 2014

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 16 de Abril de 2014

4a-FEIRA DA SEMANA SANTA

S. Bento José Labre, peregrino, +1783, Santa Engrácia de Saragoça, virgem, mártir, +305, Santa Bernadette, vidente de Lourdes, +1879

Comentário do dia
Beato John Henry Newman : «Em verdade vos digo: um de vós Me há-de entregar»

Is. 50,4-9a.

«O Senhor Deus ensinou-me o que devo dizer, para saber dar palavras de alento aos desanimados. Cada manhã desperta os meus ouvidos, para que eu aprenda como os discípulos.
O Senhor DEUS abriu-me os ouvidos, e eu não resisti, nem recusei.
Aos que me batiam apresentei as espáduas, e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me ultrajavam e cuspiam.
Mas o Senhor DEUS veio em meu auxílio; por isso não sentia os ultrajes. Endureci o meu rosto como uma pedra, pois sabia que não ficaria envergonhado.
O meu defensor está junto de mim. Quem ousará levantar-me um processo? Compareçamos juntos diante do juiz! Apresente-se quem tiver qualquer coisa contra mim.
O Senhor DEUS vem em meu auxílio; quem ousará condenar-me? Cairão todos esfrangalhados, como roupa velha, roída pela traça.»


Salmos 69(68),8-10.21bcd-22.31.33-34.

Por causa de ti, tenho sofrido insultos,
o meu rosto cobriu-se de vergonha.
Tornei-me um estranho para meus irmãos,
um desconhecido para os filhos de minha mãe.

Porque o zelo da vossa casa me consumiu,
e os insultos daqueles que vos ultrajam caíram sobre mim.
Esperei compaixão, mas em vão,
alguém que me consolasse,

mas não encontrei.
Por alimento servem-me veneno,
por bebida contra a minha sede dão-me vinagre.
Louvarei o vosso nome com cantares,
glorificar-Vos-ei em acção de graças.

Vós, humildes, olhai e alegrai-vos
buscai o Senhor e o vosso coração reanimará.
O Senhor ouve o os pobres
e não despreza os cativos.



Mateus 26,14-25.

Naquele tempo, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes
e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata.
E, a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»
Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: 'O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos.'»
Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.
Ao cair da tarde, sentou-se à mesa com os Doze.
Enquanto comiam, disse: «Em verdade vos digo: Um de vós me há-de entregar.»
Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-lhe, cada um por sua vez: «Porventura serei eu, Senhor?»
Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse me entregará.
O Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito acerca dele; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue. Seria melhor para esse homem não ter nascido!»
Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» «Tu o disseste» respondeu Jesus.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Meditações e Orações, Parte III, 2, 2 «Nosso Senhor recusa a simpatia», § 15

«Em verdade vos digo: um de vós Me há-de entregar»

Quando Se separou de sua mãe, Jesus escolheu amigos humanos – os doze apóstolos – como se tivesse desejado pôr neles a sua simpatia. Escolheu-os, diz Ele, para serem, não servos, mas amigos (Jo 15,15). Fez deles seus confidentes; confiou-lhes coisas que não disse a outros. Era sua vontade favorecê-los, mostrar-lhes toda a sua generosidade, como um pai para com os seus filhos dilectos. Pelo que lhes revelou, satisfê-los mais do que aos reis, aos profetas e aos sábios da Antiga Aliança. Chamou-lhes «filhinhos» (Jo 13, 33); para lhes conferir os seus dons, preferiu-os aos «sábios e entendidos» deste mundo (Mt 11,25). Manifestou a sua alegria e elogiou-os por permanecerem consigo nas provações (Lc 22,28) e, como sinal de reconhecimento, anunciou-lhes que um dia se haviam de sentar em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel (v.30). Já perto da suprema provação, encontrou conforto na sua amizade.


Reuniu-os à sua volta na última Ceia, como que para ter o seu apoio naquela hora solene. «Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer» (Lc 22,15). Havia pois entre o Mestre e os seus discípulos uma mútua afeição, uma simpatia profunda. Mas era sua vontade que os amigos O abandonassem, O deixassem só – uma vontade verdadeiramente digna de adoração. Um traiu-O; outro negou-O; os restantes fugiram, deixando-O nas mãos dos inimigos […]. Esteve pois só quando pisou as uvas no lagar. Sim, Jesus, o todo-poderoso e bem-aventurado, Aquele que tinha a alma repleta da plena glória da natureza divina, quis submeter a sua alma a todas as enfermidades da nossa natureza. Assim como rejubilara com a amizade dos seus, aceitou a desolação e o abandono. E, quando quis, escolheu privar-Se da luz da presença de Deus.







Cristo, nossa Páscoa

Prezados assinantes,
Acabamos de entrar na Semana Santa. Preparemo-nos para reviver intensamente, unidos a Nosso Senhor Jesus Cristo, o combate entre a Luz e as Trevas, entre a Vida e a Morte. Conscientes das nossas faltas, recordemo-nos de que Cristo morreu para nos salvar. «Cristo curou as tuas feridas sobre essa cruz em que durante tanto tempo sofreu as suas; curou-te da morte eterna sobre essa cruz em que se dignou morrer de ume morte temporal. Mas terá ele morrido, ou foi antes a morte que nele morreu? Que morte foi esta que matou a própria morte!» (S
anto Agostinho)

Tenhamos a coragem de responder ao amor infinito de Jesus e participemos plenamente na alegria da ressurreição!

Queridos assinantes, desejamo-nos uma santa Semana Santa e excelentes festas pascais!

A equipa do Evangelho Quotidiano em língua portuguesa

www.evangelhoquotidiano.org

«Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna» Jo 6, 68