sábado, 26 de abril de 2014

Profecia do Dia


Domingo, dia 27 de Abril de 2014

2º Domingo da Páscoa (Divina Misericórdia) - Ano A

S. Pedro Canísio, presbítero, doutor da Igreja, +1597, Santa Zita, virgem, +1278

Comentário do dia
São Pedro Crisólogo : «Meu Senhor e meu Deus!»

Actos 2,42-47.

Os irmãos eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações.
Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos.
Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum.
Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um.
Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração.
Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação.


Salmos 118(117),2-4.13-15.22-24.

Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Aarão:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia.

Empurraram-me com violência para eu cair,
mas o Senhor veio em meu auxílio.
O Senhor é a minha fortaleza e o meu cantar,
é a minha salvação.
Ressoam vozes de alegria e de vitória
nas tendas dos justos.

A pedra que os construtores rejeitaram,
tornou-se pedra angular.
Isto se fez por obra do Senhor,
e é um prodígio dos nossos olhos.
O Senhor actuou neste dia
cantemos e alegremo-nos n'Ele.



1 Pedro 1,3-9.

Bendito seja Deus, Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo, que na sua grande misericórdia nos gerou de novo através da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma esperança viva,
para uma herança incorruptível, imaculada e indefectível, reservada no Céu para vós,
a quem o poder de Deus guarda, pela fé, até alcançardes a salvação que está pronta para se manifestar no momento final.
É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações;
deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo.
Sem o terdes visto, vós o amais; sem o ver ainda, credes nele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante,
alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas.


João 20,19-31.

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor.
E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»
Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»
Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio.
Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.»
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!»
Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.»
Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto».
Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 84

«Meu Senhor e meu Deus!»

Tomé, ouvindo dizer que os seus companheiros tinham visto o Senhor, respondeu: «Se eu não vir o sinal dos pregos e não meter a minha mão no seu lado, não acreditarei.» Porque é que Tomé exige estes sinais de fé? […] O poder do diabo decaiu, a prisão do inferno foi aberta, as cadeias dos mortos foram quebradas, abriram-se os túmulos daqueles que ressuscitaram (Mt 27,52) […], a pedra do sepulcro do Senhor foi rolada, o sudário foi afastado, a morte fugiu diante da glória do Ressuscitado. […] Porque é que apenas tu, Tomé, exiges com tanto rigor que as feridas te sejam apresentadas, apenas a ti, como prova de fé? […]


Irmãos, foi o seu fervoroso amor que o pediu. […] Porque Tomé não curava apenas a dúvida do seu coração, mas a dúvida de todos os homens. Destinado a levar esta novidade às nações, como mensageiro consciencioso procura as bases sobre as quais fundaria a proclamação de uma verdade de fé tão importante. […] Portanto, este discípulo adquiriu para os outros o sinal que reclamou por causa do seu atraso.


«Jesus veio, pôs-Se no meio deles, e mostrou-lhes as mãos e o lado.» Na verdade, dado que entrou estando todas as portas fechadas e foi considerado pelos seus discípulos como um espírito, Ele não poderia provar a quem duvidasse que era mesmo Ele, a não ser pelos sofrimentos do seu corpo, pelas marcas dos seus ferimentos. Por isso, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito, para que estas feridas abertas de novo por ti difundam a fé sobre a terra, como já verteram água para a purificação e sangue para a redenção dos homens» (Jo 19,34). Tomé disse: «Meu Senhor e meu Deus!» Venham os hereges, oiçam e, como o Senhor disse, não sejam incrédulos, mas crentes. Porque Tomé proclama que, não só este corpo de homem, mas as dores sofridas por este corpo, mostram que Cristo é Deus e Senhor. E Ele é realmente Deus, Ele que vive após a morte, que ressuscita dos seus ferimentos e que, depois de ter sofrido tais suplícios, vive e reina pelos séculos dos séculos. Ámen.