domingo, 4 de maio de 2014

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 05 de Maio de 2014

Segunda-feira da 3ª semana da Páscoa

Santo Ângelo, presbítero, mártir, +1220

Comentário do dia
Beato Charles de Foucauld : «A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou.»

Actos 6,8-15.

Naqueles dias, cheio de graça e força, Estêvão fazia extraordinários milagres e prodígios entre o povo.
Ora, alguns membros da sinagoga, chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e da Ásia, vieram para discutir com Estêvão;
mas era-lhes impossível resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava.
Subornaram, então, uns homens para dizerem: «Ouvimo-lo proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.»
Provocaram, assim, a ira do povo, dos anciãos e dos escribas; depois, surgindo-lhe na frente, arrebataram-no e levaram-no ao Sinédrio.
Aí, apresentaram falsas testemunhas que declararam: «Este homem não cessa de falar contra este Lugar Santo e contra a Lei,
pois ouvimo-lo afirmar que Jesus, o Nazareno, destruiria este lugar e mudaria as regras que Moisés nos legou.»
Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto era como o rosto de um Anjo.


Salmos 119(118),23-24.26-27.29-30.

Ainda que os grandes conspirem contra mim,
o vosso servo meditará nas vossas leis.
Os vossos preceitos são as minhas delícias;
são eles os meus conselheiros.

Exponho-vos os meus caminhos;
Vós me atendeis
ensinai-me as vossas vontades.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas.

Afastai-me dos caminhos da mentira,
fazei que seja fiel à vossa lei.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos.



João 6,22-29.

Depois de Jesus ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n'O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que ficara do outro lado do lago reparou que ali não estivera mais do que um barco, e que Jesus não tinha entrado no barco com os seus discípulos, mas que estes tinham partido sozinhos.
Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades até ao lugar onde tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças.
Quando viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, a multidão subiu para os barcos e foi para Cafarnaúm à procura de Jesus.
Ao encontrá-lo no outro lado do lago, perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste cá?»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-me, não por terdes visto sinais miraculosos, mas porque comestes dos pães e vos saciastes.
Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que Deus, o Pai, confirma com o seu selo.»
Disseram-lhe, então: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?»
Jesus respondeu-lhes: «A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Notas de retiro, Nazaré, Nov. de 1897

«A obra de Deus é esta: crer naquele que Ele enviou.»

Os sentidos são curiosos: a fé não quer conhecer nada, ela […] quereria passar toda a sua vida imóvel ao pé do tabernáculo. Os sentidos amam a riqueza e as honras; a fé tem-lhes horror […]: «Bem-aventurados os pobres» (Mt 5,3). Ela adora a pobreza e a abjeção de que Jesus Se cobriu toda a sua vida, como duma veste inseparável. […] Os sentidos temem daquilo a que chamam perigos, daquilo que pode trazer dor ou morte; a fé nada teme, sabe que só lhe acontecerá o que Deus quiser — «até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados» (Mt 10,30) — e que o que Deus quer será sempre para o seu bem — «tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus» (Rom 8,28). Assim, aconteça o que acontecer, tristeza ou alegria, saúde ou doença, vida ou morte, fica antecipadamente contente e não tem medo de nada. […] Os sentidos inquietam-se com o amanhã, perguntam-se como se viverá amanhã; a fé não tem inquietação alguma. […]


A fé ilumina tudo com uma luz nova, que não é a luz dos sentidos, que é mais brilhante ou diferente dela. Assim, aquele que vive de fé tem a alma plena de pensamentos novos, de gostos novos, de juízos novos; há horizontes novos que se abrem à sua frente, horizontes maravilhosos iluminados por uma luz celeste e de uma beleza divina. Envolvido por estas verdades tão novas que o mundo nem imagina, começa necessariamente uma vida nova, oposta ao mundo, para o qual os seus actos são uma loucura. O mundo está nas trevas, imerso numa noite profunda. O homem de fé está em plena luz, o caminho luminoso em que anda não se vê com os olhos dos homens; para eles, é como se ele caminhasse no vazio, como um louco.