sexta-feira, 9 de maio de 2014

Profecia do Dia


Sabado, dia 10 de Maio de 2014

Sábado da 3ª semana da Páscoa

São Damião de Veuster, apóstolo dos leprosos, +1889, S. João de Ávila, presbítero, Doutor da Igreja, +1569, Santo Antonino de Florença, Bispo e Confessor, +1459

Comentário do dia
São Cirilo de Alexandria : «Tu tens palavras de vida eterna!»

Actos 9,31-42.

Naqueles dias, a Igreja gozava de paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, crescia como um edifício e caminhava no temor do Senhor e, com a assistência do Espírito Santo, ia aumentando.
Pedro, que andava por toda a parte, desceu também até junto dos santos que habitavam em Lida.
Encontrou lá, estendido num catre, havia oito anos, um homem chamado Eneias, que era paralítico.
Pedro disse-lhe: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te! Levanta-te e arranja a enxerga.» E ele ergueu-se imediatamente.
Todos os habitantes de Lida e da planície de Saron viram isso e converteram-se ao Senhor.
Havia em Jope, entre os discípulos, uma mulher chamada Tabitá, que significa «Gazela.» Era rica em boas obras e nas esmolas que distribuía.
Ora, nesses dias, caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado, depositaram-na na sala de cima.
Como Lida era perto de Jope e ouvindo os discípulos dizer que Pedro estava lá, mandaram-lhe dois homens com o seguinte pedido: «Vem depressa ter connosco!»
Pedro partiu imediatamente com eles. Logo que chegou, levaram-no à sala de cima e encontrou lá todas as viúvas, que choravam e lhe mostravam as túnicas e mantos feitos por Dórcada, enquanto ela estava na sua companhia.
Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Voltando-se depois para o corpo, disse: «Tabitá, levanta-te!» Ela abriu os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se.
Tomando-a pela mão, Pedro ajudou-a a erguer-se. Chamando então os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.
Toda a cidade de Jope soube deste acontecimento e muitos acreditaram no Senhor.


Salmos 116(115),12-13.14-15.16-17.

Como retribuirei ao Senhor
todos os seus benefícios para comigo? 
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. 

Cumprirei com as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.

Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva,
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.




João 6,60-69.

Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram: «Que palavras insuportáveis! Quem pode entender isto?»
Mas Jesus, sabendo no seu íntimo que os seus discípulos murmuravam a respeito disto, disse-lhes: «Isto escandaliza-vos?
E se virdes o Filho do Homem subir para onde estava antes?
É o Espírito quem dá a vida; a carne não serve de nada: as palavras que vos disse são espírito e são vida.
Mas há alguns de vós que não crêem.» De facto, Jesus sabia, desde o princípio, quem eram os que não criam e também quem era aquele que o havia de entregar.
E dizia: «Por isso é que Eu vos declarei que ninguém pode vir a mim, se isso não lhe for concedido pelo Pai.»
A partir daí, muitos dos seus discípulos voltaram para trás e já não andavam com Ele.
Então, Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?»
Respondeu-lhe Simão Pedro: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna!
Por isso nós cremos e sabemos que Tu é que és o Santo de Deus.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de João, 4, 4; PG 73, 613

«Tu tens palavras de vida eterna!»

«A quem iremos nós, Senhor?» pergunta Pedro, querendo dizer: «Quem nos ensinará como Tu os mistérios divinos?», ou ainda: «Junto de quem encontraríamos melhor? Tu tens palavras de vida eterna!» Não são palavras intoleráveis, como dizem outros discípulos. Pelo contrário, são palavras que conduzem à realidade mais extraordinária de todas, a vida sem fim, a vida imperecível. Estas palavras mostram-nos realmente que devemos sentar-nos aos pés de Cristo, tomando-O como nosso único mestre, e mantendo-nos constantemente junto dele. […]


O Antigo Testamento também nos ensina que é preciso seguir Cristo, sempre unidos a Ele. Com efeito, no tempo em que os israelitas, libertos da opressão dos egípcios, se apressavam a ir para a Terra Prometida, Deus não permitiu que avançassem desordenadamente. Aquele que lhes deu a sua Lei não lhes permitiria ir a qualquer lado, à sua vontade; com efeito, sem guia, ter-se-iam dispersado completamente. […] Os israelitas encontraram a salvação permanecendo com o seu guia. Também nós fazemos hoje o nosso caminho recusando-nos a separarmo-nos de Cristo, pois foi Ele que Se manifestou aos antigos sob as aparências duma tenda, da nuvem e do fogo (cf Ex 13,21; 26,1ss) […]


«Se alguém Me serve, que me siga, e onde Eu estiver, aí estará também o meu servo» (Jo 12,26). […] Ora o caminho em companhia e no seguimento de Cristo Salvador não se faz num sentido material, mas através de obras de virtude; nelas se empenharam firmemente e de todo o coração os discípulos mais sábios […], que com razão diziam: «A quem iremos ?» Por outras palavras: «Ficaremos sempre contigo, apegar-nos-emos aos teus mandamentos, acolhendo as tuas palavras, sem nunca recalcitrar. Não acharemos, como os ignorantes, que os teus ensinamentos sejam difíceis de entender. Pelo contrário, diremos: "Como são doces ao meu paladar, as tuas palavras! Mais doces do que o mel para a minha boca"» (Sl 119,103).