domingo, 11 de maio de 2014

Profecia do Dia


Segunda-feira, dia 12 de Maio de 2014

Segunda-feira da 4ª semana da Páscoa

Beata Joana de Portugal, virgem, +1490, Santos Nereu e Aquiles (ou Aquileu), mártires, séc. III, S. Pancrácio, mártir, +304

Comentário do dia
São João Paulo II : O bom pastor

Actos 11,1-18.

Naqueles dias, os Apóstolos e os irmãos da Judeia ouviram, entretanto, dizer que também os pagãos tinham recebido a palavra de Deus.
E, quando Pedro subiu a Jerusalém, os circuncisos começaram a censurá-lo,
dizendo-lhe: «Tu entraste em casa de incircuncisos e comeste com eles.»
Pedro expôs-lhes, então, o caso, do princípio ao fim, dizendo:
«Estava eu em oração na cidade de Jope quando, em êxtase, tive uma visão: um objecto semelhante a uma grande toalha, descia do céu, preso pelas quatro pontas, e chegou até junto de mim.
Fitando os olhos nele, pus-me a observar e vi os quadrúpedes da terra, os animais ferozes, os répteis e as aves do céu.
Ouvi também uma voz que me dizia: 'Vamos, Pedro, mata e come.'
Mas eu respondi: 'De modo algum, Senhor! Nunca entrou na minha boca nada de profano ou impuro!'
A voz fez-se ouvir do Céu, pela segunda vez: 'O que Deus purificou não o consideres tu impuro.'
Isto repetiu-se três vezes; depois, tudo foi novamente elevado ao Céu.
Nesse instante, apresentaram-se três homens na casa em que estávamos, enviados de Cesareia à minha presença.
O Espírito disse-me que os acompanhasse, sem hesitar. Vieram também comigo os seis irmãos, aqui presentes, e entrámos em casa do homem.
Ele contou-nos que tinha visto um anjo apresentar-se em sua casa, dizendo-lhe: 'Envia alguém a Jope e manda chamar Simão, cujo sobrenome é Pedro;
ele dir-te-á palavras que te hão-de trazer a salvação, a ti e a toda a tua casa.'
Ora, quando principiei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, como sobre nós, ao princípio.
Recordei-me, então, da palavra do Senhor, quando Ele dizia: 'João baptizou em água; vós, porém, sereis baptizados no Espírito Santo.'
Se Deus, portanto, lhes concedeu o mesmo dom que a nós, por terem acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para me opor a Deus?»
Estas palavras apaziguaram-nos, e eles deram glória a Deus, dizendo: «Deus também concedeu aos pagãos o arrependimento que conduz à Vida!»


Salmos 42(41),2-3.43(42),3.4.

Como suspira a corça pelas águas correntes,
assim a minha alma suspira por ti, ó Deus.
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!
Quando poderei contemplar a face de Deus?

Envia a tua luz e a tua verdade,
para que elas me guiem e conduzam
à tua montanha santa, à tua morada.
Eu irei ao altar de Deus,

ao Deus que é a alegria da minha vida.
Ao som da harpa te louvarei,
ó Deus, meu Deus.




João 10,11-18.

Naquele tempo, disse Jesus: «Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as,
porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas.
Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me,
assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor.
É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois.
Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João Paulo II (1920-2005), papa
Homilia de 16/10/2003, para o 25º aniversário do seu pontificado

O bom pastor

«O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas» (Jo 10,11). Enquanto Jesus pronunciava estas palavras, os Apóstolos não sabiam que Ele falava de Si próprio. Não o sabia nem sequer João, o apóstolo predilecto. Compreendeu-o no Calvário, aos pés da Cruz, quando o viu oferecer silenciosamente a vida pelas «suas ovelhas». Quando chegou para ele e para os outros Apóstolos o momento de assumir esta mesma missão, recordaram-se das suas palavras; deram-se conta de que, unicamente pelo facto de lhes ter garantido que Ele mesmo agiria por meio deles, os colocaria em condições de realizar a missão. Disto estava bem consciente sobretudo Pedro, «testemunha dos sofrimentos de Cristo» (1Ped 5,1), que admoestava os mais idosos da Igreja: «Apascentai o rebanho que Deus vos confiou» (1Ped 5,2).


Ao longo dos séculos os sucessores dos Apóstolos, guiados pelo Espírito Santo, continuaram a reunir o rebanho de Cristo e a conduzi-lo para o Reino dos céus, conscientes de poder assumir uma responsabilidade tão grande apenas «por Cristo, com Cristo e em Cristo».


Tive esta mesma consciência quando o Senhor me chamou a desempenhar a missão de Pedro nesta amada cidade de Roma e ao serviço de todo o mundo. Desde o início do Pontificado, os meus pensamentos, as minhas orações e as minhas acções foram animadas por um único desejo: testemunhar que Cristo, Bom Pastor, está presente e age na sua Igreja. Ele está continuamente à procura de todas as ovelhas perdidas, para as reconduzir ao redil e lhes tratar as feridas; para curar a ovelha débil e doente e proteger a que é forte. Foi por isso que, desde o primeiro dia, nunca deixei de exortar: «Não tenhais medo de receber Cristo e de aceitar o seu poder!» Repito hoje com vigor: «Abri, antes, escancarai as portas a Cristo! Deixai-vos guiar por Ele! Tende confiança no seu amor!»